Juntos pelas diferenças

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A cerimônia começou e Fred começar a andar com Rilany até lá na frente, logo atrás vai os padrinhos e madrinhas, leva mais ou menos 10 minutos até todos estarem na frente. Quando faltava pouco para todos os padrinhos estarem lá na frente, minha mãe chega em toda nervosa.

- Braian, entra comigo?

- Mas é claro mãe, não vou perder esta oportunidade.- digo e logo a musica da noiva começou, o que indicava que nós deveríamos entrar.

Todos se levantaram e ficaram olhando para a gente, minha mãe fecha os olhos e respira e logo abre e dá um sorriso. Começamos a andar até Fred que estava olhando com uma expressão de orgulho. Chegamos até ele, dei um abraço nele e fui para o lado dele, ficava de frente para Rilany que estava do lado de minha mãe. A cerimônia foi linda, os votos de minha mãe, de Fred, confesso que escorreu uma lagrimazinha.

Depois de mais ou menos 2 horas de cerimônia (sim, durou tudo isso), fomos para uma casa no meio da praia. Seria lá a festa. Era linda estava tudo pronto, DJ, Open bar, pista de dança, tudo mesmo, nós já chegamos com um som bem alto, bem a cara de Fred fazer um CASAMENTO assim. A festa estava muito legal bem no começo, ficamos dançando até o final da tarde, era uma festa bem agitada.

Lá para as 17h fomos todos sentar nas mesas, algumas era reservada, a minha com o pessoal tinha uma plaquinha muito engraçada, estava escrito "Reservada para os Brasileirinhos", mas lá sentou tanto meus amigos brasileiros quanto os americanos. Os garçons entregaram a janta e Rilany chega perto de meu ouvido e diz:

- Acho que está na hora de fazer o seu brinde.- ela tinha razão, nem tinha lembrado desse brinde.

PLINNN-esse era o som do garfo batendo na taça, todos da minha mesa riram e eu percebi que isso era muito brega.

- Gente, gostaria fazer um brinde.- digo isso quase que gritando porque estava muito barulho no salão de gente conversando, então todos olharam para mim.- Por onde posso começar? hmm... Ah, gente eu nunca vi um homem de atitude igual esse Fred viu, ficou apenas 3 meses com minha mãe e já estão casados, sei que minha mãe é a mulher mais bonita que vocês vão ver, mas também não era para tanto viu. Sem brincadeiras agora, estou feliz que homem que agora sempre vai estar do lado da minha mãe vai ser o Fred, sinto que minha mãe está em mãos seguras, porque Fred além de ser o meu melhor amigo, pai do amor da minha vida, vai ser o melhor marido que alguém pode ter, então meu brinde é:- todos ergueram as taças.- Ao Fred, que se ele magoar minha mãe eu contrato varios caras para te baterem até você morrer, e a minha mãe, que nunca mais falte tristeza na sua vida, porque a senhora merece.- todos tomaram um gole e logo depois bateram palmas.

Logo depois que jantamos, os noivos com seus padrinhos fomos para a pista de dançar uma musica bem lenta. Estávamos lá, eu e Rilany, dançamos, nem ligava que aquele momento era dos noivos, só via ela, meus os olhos só eram para elas, parecia que estávamos em um lugar único, só para nós dois.

As festas foi passando, gente dançando, curtindo, foi uma festa dos sonhos. Estava sentado na minha mesa, quando sinto falta de Rilany, porque a mesma tinha sumido, fico olhando para a festa até que vejo Agatha vindo na minha direção. A mesma chega e fala no meu ouvido -pois estava muito barulho na festa e não dava para conversar normalmente.

- A Rilany pediu para você encontrar com ela no quarto 487, toma aqui a chave, fica no segundo andar.- ela me entrega a chave e eu mesmo vou para o segundo andar.

Foi difícil de achar, pois a sobriedade não estava mais sobre mim, não sabia direito o que estava fazendo. Encontro o quarto e destranco, nele tinha uma cama bem chique, pelo menos é o que eu me lembrava. eu estava com uma garrafa de cerveja na mão, sentei na cama e fico analisando tudo que tinha lá- eu acho.-. Escuto barulho da porta, deduzi que era Rilany, me ajeito na cama e fico olhando para a porta. Quando a pessoa entro eu fico surpreso.

- Agatha? Cadê a Rilany?- pergunto quando Agatha entra no quarto.

- Ela não irá poder vir.

- Por que?-pergunto tentando parar de ficar enjoado.

- Também não sei, mas de uma coisa eu sei, você precisa ser cuidado.- ela diz isso e logo sobe no meu colo.

- Agatha, o que você está fazendo? Cadê a Rilany?- digo tentando tira-lá de cima de mim, mas era inútil pois estava fraco por conta do álcool em meu organismo.

- Braian, esquece a Rilany, fica quietinho vai.- ela diz isso me empurra me deixando deitado na cama e me dá um beijo. Faço de tudo para tira-lá, mas como disse antes, era inútil. Mas minhas forças não foram mais necessárias, pois ela mesmo saiu de cima de mim no susto quando escuta alguém entrando no quarto.

- Rilany!- digo quando a vejo na porta com os olhos cheio de lágrima, parece que o álcool tinha saído de um jeito tão rápido.- Calma, amor, não...

- Não é o que eu estou pensando? Era isso que você iria dizer? Amor? Braian, nunca mais eu quero ouvir você dizendo isso para mim, não, eu nunca mais vou querer te ver.- ela diz todas essas palavras e saí fechando a porta, antes mesmo que eu possa responder. Tento me levantar mas Agatha segura no meu ombro.

- Esquece ela, vamos voltar para onde nós estávamos.

- Eu só não te dou um tapa no meio da sua cara porque vagabunda não merece isso, merece coisa pior.- digo isso e me levanto e saio pela porta.

Tudo está em câmera lenta, vejo as pessoas dançando, mas não a encontro em lugar nenhum. Vejo minha mãe e Fred preocupados.

-Mãe! Cadê a Rilany?

- Desculpa filho, ela me pediu para eu não falar.

- CARAMBA MÃE! CADÊ A RILANY?!- percebo que estava muito nervoso e minha mãe continuou calma mas parecia triste.

- Braian, vai para a casa, você precisa descansar.

- Não mãe, preciso...

- Braian, eu falo com você amanhã, agora não é um bom momento.

Saio de lá com muita raiva, mas minha mãe tinha razão, eu não estava bem e fui para casa. Pensei em ir de carro mais eu não estava bem para dirigir, então peguei o ônibus. Não me aguentei, chorei muito, muito mesmo, todos dos ônibus estava olhando para mim, deveriam estar pensando "foi abandonado no altar" ou"deve ter ido no casamento do amor da sua vida". Isso não importava mais.