Rilany.

Nós estávamos no carro ainda, eu estava muito pensativa, como Braian conseguiu dar um soco no Richard, quer saber, vou pergunta para ele.

- Braian, como você conseguiu bater no Richard? - ele balança a cabeça negativo com um sorriso de canto, olhando para o chão do carro.

- É porque eu fazia boxe.-responde

- Hmm, por isso seu tanquinho- esperai, eu disse isso alto, ai meu Deus ele seu risada,

- Obrigado.- meu Deus o que eu disse, você só fala besteira Rilany.

Braian.

Eu estava rindo muito por dentro, mas por fora estava um pouco sério, sei lá, a expressão que estava por dentro, não era a mesma, não sei porque eu estava assim. Chegamos na casa da Rilany, estacionei e a mesma desceu do carro, fiquei sentado, pois não queria descer do carro, Rilany viu que eu não desci do carro, e a mesma vira-se para mim.

- Se não vai descer?- ela levanta as duas mãos, como de que não sabe o que está acontecendo.

- Não vou ficar aqui.- coloquei um sorriso no meu rosto, mas durou um segundo, e voltei a ficar sério e um pouco pensativo, o que ta dando em mim.

- Eu vou demorar- fez uma cara de tipo ''sério mesmo que você vai fazer isso?''.

- Ta- Bufei e revirei os olhos e logo depois desci do carro e tranquei a porta.

Fomos entrando, eu parecia muito triste, parecia que tinha um buraco no meu coração, parecia que faltava alguma coisa, e olho para Rilany, e a mesma percebe que eu estou meio estranho.

- Ta, oque ta acontecendo com você? Desde que eu falei aquilo para você, e que fiquei toda envergonhada, você está estranho desse jeito.

- Para falar a verdade, eu não sei.

- Hm.

Ficamos em silêncio, até que começamos andar, entramos na sala, e já dava para Perceber que não tinha ninguém, mas Rilany fez questão de ficar gritando por alguém.

- Tem alguém aí? Alguém?

- Rilany, se você não percebeu, não tem ninguém em casa.

- Pois é, vou me arrumar, e então nós grava um pouquinho e vai para o shopping.- fala subindo as escadas.

- Eu tenho escolha?- grito por que ela já está subindo para o quarto

- Não -Grita já no seu quarto.

Fiquei olhando a casa, até que me deparei com uma foto do meu pai com uma mulher, muito bonita, Rilany desce, e a mesma me vê olhando a foto e para na ponta da escada e fala:

- Essa é minha mãe com seu melhor amigo na faculdade, na verdade ele era amigo da minha mãe e do meu pai.

- E o que aconteceu com ele?- falei como se não soubesse o que tinha acontecido.

- Ele morreu tem um mês, meu pai foi no enterro dele, mas porque tanto interesse?

- Porque ele é meu pai.- eu estava segurando as lágrimas, mas não fui forte o suficiente, foi quando eu percebi porque eu estava triste, porque o aniversário do meu pai estava chegando, e eu estava com muita saudade dele.

- Nossa sério, então você deve conhecer meu pai? Você foi no enterro do seu pai?

- Que pergunta né Rilany, claro que sim, mas eu nunca vi seu pai, não tem como eu saber, mas teve um homem que era amigo do meu pai, só que nem perguntei o nome por causa do momento.- ela balançou a cabeça positivo, enquanto lágrimas caiam do meu rosto.

Escutamos um barulho da porta, e Rilany se levanta e vai até onde vem o som, até que ela some conforme as paredes, mas ainda dá para escutar ela falando com alguém:

- Nossa você chegou bem na hora.- quem?

- Porque? Eu estou cansado.- aparece Rilany puxando alguém, quem será? A não. não pode ser.

- Você não é o filho do Den Rose?- é o mesmo cara do enterro do meu pai.

- Sim, mas eu esqueci de perguntar, qual é seu nome?- eu estava surpreso com tudo aquilo.

- Ah, meu nome é Fred, Fred Watson- então ele é o famoso pai da Rilany, Fred Watson, gostei.

Depois disso ficamos conversando durante muito tempo, mais ou menos, uma hora.

-Então filha, se não vai falar para o Braian de como você sabe falar fluentemente o português.- nossa, parece que a patricinha sabe muita coisa.

- Nossa, eu também!- por essa vocês não esperavam, né?

- Eu aprendi porque eu quero se mudar para lá, é praticamente meu sonho, depois de ser atriz, é claro- quando ela falou isso, Fred revira os olhos.

- Também, eu quero estudar lá, não sei porque?

- Também- demos risada- Eu to pensando eu ir depois da peça.

- Nossa, sorte a sua.

- Vai com ela, sou eu que vou pagar para ela ir mesmo, e não quero que minha filha fica longe de mim e sozinha ainda, então eu te pago para você ir.- meu Deus, jura

- Jura! Você não sabe como eu vou ser grato a você se você fizer isso!

-Tudo bem, eu faço isso por você!- ele colocou a mão no meu ombro enquanto falava.

Pelo jeito o shopping tinha sido cancelado tinha que voltar para casa, pois já era 19hrs, só de pensar em voltar para a casa de ônibus e cheio, mas quando vou falar que eu vou embora...

- Então né gente, vou indo nessa, obrigado por tudo Sr. Watson.

- Senhor não, Fred tá? E como você vai? Não vi seu carro lá fora.

- Não, meu carro esta em casa, eu vim com a Rilany, e eu posso ir de ônibus.

- Que nada, eu te levo, e é bom que eu falo com sua mãe sobre a viagem.

- Tá bom, já que insisti.

Dei tchau para Rilany, e eu e o Fred saímos, entrei no carro, e Fred deu partida e saiu andando com o carro, não demorou muito para nós chegarmos na minha casa. Desci do carro e fui para a porta de casa, Fred fez o mesmo. Assim que eu entrei, fui falar com minha mãe, e a mesma estava sentada tomando um café e vendo uma revista, quando me viu logo parou de fazer o que estava fazendo.

- Posso saber onde o mocinho estava?- fala me encarando.

- Eu estava na casa da Rilany, e tenho duas surpresas, a primeira já está entrando- e então Fred entra.

- Fred?- ela se levanta com uma cara de dúvida.

- Sim, sou eu, quanto tempo.- os dois se abraçam.

- Desde o enterro do Den.

- Pois é, bom, seu filho te contou?

- Ainda não, mas vou contar agora, mãe lembra do meu sonho de ir para o Brasil.-digo.

- Sim, porque?

- Ele vai com a Rilany, e eu que vou pagar.-diz Fred.

- Sério? Nossa, mas esperai, você é o pai da Rilany?

- Sim.-diz Fred.

Subi para meu quarto e deixei os dois conversando, entrei no banheiro e tomei um banho, depois sai e coloquei uma roupa, deitei na cama e escolhi um livro para ler, e resolvi ler um de romance lá, mesmo não sendo minha praia, acabo dormindo com o livro em meu peito.

Juntos pelas diferençasOnde histórias criam vida. Descubra agora