Acordo e olho para lado e Rilany não estava, levanto, estou só de cueca, vou lá para fora e vejo algo na porta, vou andando com a mão na cabeça, pois estava com uma dor de cabeça. Era um papel grudado na porta, deduzi que era de Rilany,  dizia assim:

"Cheguei da festa e vi a porta aberta, pensei em não incomodar por causa dos barulhos que ouvia do quarto.
-Higor"

Nossa! Como fui esquecer aquela noite?

Não tinha ninguém na cozinha, então ela só podia ter saído para algum lugar. Resolvo ir para o banho,  pego minha toalha e abro a porta do banheiro. Levo um susto com Rilany abaixada no chão do banheiro, ela estava com a minha blusa que ela pegou assim que terminamos. Acordo ela e a mesma olha para mim com uma cara de dúvida, levanto uma sobrancelha para ela com um sorriso, e a mesma abaixa a cabeça de novo e diz:

- Me diz que não aconteceu o que parece.

- Aconteceu.

- Ah não! Meu Deus! Eu não lembro de como perdi minha virgindade.- dou risada.- Não tem graça.

- É isso que acontece quando se bebê muito, ah, e se você não se lembra, você me pediu em namoro.- quando digo isso, ela levanta a cabeça e vejo que a mesma está surpresa.- E não se lembra mesmo. Tanto que no começo, eu perguntei se era isso mesmo que você queria, e você disse: "Claro, é isso que namorados fazem né?".

- Então você aceitou?

- Sim. Eu sabia que estava bêbada, e eu também estava, e entrei na onda.

- Nossa meu!- ela diz e se levanta e sai do banheiro, começo a tomar banho.

[3 meses depois]

Estava eu fazendo o café da manhã, enquanto Rilany arruma a cama, ela vem para a cozinha e pergunta:

- O que vai ser para hoje?

- Waffles.

- Adoro!- diz e logo vai para a sala e senta no sofá.

Estava colocando as coisas do café, até quando alguém toca a campainha, peço para Rilany atender enquanto eu vou pegar as coisas, e a mesma levanta. Ela atende e da um grito, vejo ela dando um abraço em alguém.

- Menina! Quanto tempo.- diz Rilany, e assim que eu olho era Ana com um monte de mala.

- Verdade, não tinha dado para me despedir.- diz Ana.- E cadê o Braian?

- Aqui.- digo e aceno lá da cozinha. Ana vem e me dá um abraço.

- Higor me contou que o que tinha acontecido, sinto muito.- digo. O pai de Ana teve um ataque do coração e ficou internado por meses, ela viajou logo depois do baile à três meses.

- Obrigado, mas não quero tocar nesse assunto. Olha!- diz me dando uma carta.- O porteiro mando eu entregar para vocês.- era um convite de casamento, em frente estava escrito:

"Casamento dos Watsons"

- Olha Rilany! Parece que seu pai vai casar.- digo para Rilany e a mesma pega o convite e abre.

- E se sabe com quem? Desta vez eu apoio.- diz Rilany com um sorriso na cara.

- Quem?

- Com sua mãe.- digo isso e pego o convite de sua mão.

- Como é que é?- digo isso e Ana da risada.

Minha mãe irá se casar com o pai da Rilany. Antes que eu possa fazer um comentário, Ana chama Rilany para o quarto, talvez era para por o papo em dia, perguntar como foi aquele dia depois do baile, e aquele não foi a única vez que aconteceu aquilo, nos último 3 meses, nós transamos umas quatro vezes já, as vezes era logo depois de uma festa, ou até mesmo num dia normal, e para falar a verdade, Rilany é muito boa de cama. Assim que elas fecha a porta vou lá para trás dela e fico escutando o que ela falava.

- Então menina, o Higor me contou que estava escutando uns barulhos vindo do quarto depois do baile.- diz Ana.

- É aconteceu, sai do círculo da virgindade.- ela ri.- E não foi uma vez não, nesses últimos três meses, foi umas 4 vezes.

- Garota, tu passou de virgem santa, para a safadinha.- diz Ana e eu me ataco de ri.- Esperai, eu acho que o Braian está escutando.- assim que Ana diz isso eu saio correndo e vou para a mesa e sento lá sem fazer nenhum barulho.

- Botou o papo em dia?- digo fingindo que não fiz nada.

- Como se você não ouviu nada.- diz Ana.

- Claro que não, senta e vamos tomar um café.- digo para Ana.

- Não posso, Higor daqui a pouco chega em casa, e ele não sabe que eu cheguei, vou fazer uma surpresa, e se vocês escutarem um barulho vindo da casa, não se preocupe tá.- diz Ana com um sorriso malicioso.

- Tá vai embora.- digo e Rilany logo me da um tapa.

- Pode ir Ana. Tchau.

- Tchau.- diz Ana e logo vai embora.

Rilany se senta e toma café. Logo depois de uns dez minutos, Rilany está comendo com o convite na mão.

- Você vai?- Pergunta.

- Sim né.- digo com um pouco de comida na boca, engulo e término.- É meio que nossa obrigação irmãzinha.

- Besta.- diz ela arrancando um pedaço de pão e jogando em mim.- E olha! Adivinha o que eu vou ser?

- Dama de honra?

- Sim e você irá ser meu par.

- Tinha que ser.- fica um silencio na sala, vejo a reação de Rilany mudar do nada.

- E como fica nós?

- O que é que tem?

- Não vamos mas poder nos diverti, por que nós iremos virar irmão, e até onde eu sei, irmãos e nem meio irmãos transam.

- Simples, só pararmos.

- Então é assim, para você eu sou apenas uma diversão, sem mim ou comigo tanto faz, eu não fui nada para você. Ok, me diz que dia é o casamento.- diz Rilany se levantando.

- Rilany calma...

- Só me diz que dia é o casamento e que dia nós iremos para lá.- diz me interrompendo.

- Semana que vem, e nós vamos para lá depois de amanhã.- digo me levantando

- Tá bom.- diz saindo pela porta. A seguro e a mesma olha para mim, e está quase chorando.

- Onde você vai? Quero você aqui comigo, porque eu...- gaguejei na hora de falar.

- Diz, só sete palavras, cinco vogais, duas consoantes. Se você disser eu largo tudo só para ficar com você.- diz com um rosto já encharcado por causa das lágrimas.

- Não consigo.

- É por que meu amor não é correspondido.- Rilany se solta de mim e vai embora batendo a porta na minha cara. 

Naquele momento meu mundo caiu, por que eu não disse aquelas palavras. Sento no sofá e começo a chorar. Minha vida acabou naquele momento. Estou com ódio de mim, a cada segundo que passava era mais um momento que eu não queria viver. Foi quando eu recebo mensagem da minha mãe:

"Oi filho, recebeu o convite e as passagens?"

"Sim, posso levar 4 amigos meus? Eu pago a passagem deles."

"Claro, ficou feliz?"

"Para falar a verdade, não mãe, fiquei por você, que você encontrou o amor da sua vida, e que você vai passar o resto da sua vida com ele, sem nenhuma interferência. Mas quando eu ganho o amor da minha vida, quando parece que tudo vai dar certo, que só falta um pedido, ou dizer as malditas 3 palavras, ou até mesmo continuar do jeito que ta, ela acaba virando minha irmã, obrigado mãe, tomara que você seja feliz nesse casamento. "

Quando termino de escrever aquilo, jogo o meu celular na parede, fazendo com que ela quebra totalmente, mas não liguei para aquilo, minha cabeça estava muito cheia, e meu coração totalmente quebrado. Fico lá no sofá chorando por muito tempo.

Juntos pelas diferençasOnde histórias criam vida. Descubra agora