Braian.

Entrei no carro logo depois de Rilany, sentei no banco da frente, ao lado de Fred, Rilany foi logo atrás de nós. Estava com meu not no colo vendo minhas redes sociais, fechei ele, pois não queria descarregá-lo, iria usar ele durante 9h no avião, então tinha que ter bastante bateria. Estava um silencio muito constrangedor, Rilany estava encostada na janela, parecendo quando a gente escuta uma música triste, e mesmo nós não estando triste, nós fica assim na janela, então, ela estava assim, olhei para ela, e a mesma olhou para mim, apontei com a cabeça para o seu pai, e a mesma revirou os olhos.

- Pai, desculpa, mas não é só eu que devo desculpas.

- Tudo bem, desculpa, é porque quando vejo você atuando, eu lembro da sua mãe, e quando lembro, só vem lembranças de que não quero lembrar, mesmo sendo boas, me dá um aperto no coração, só de pensa que você está se tornando igual a sua mãe, e isso é bom, mas não gosto muito de lembrar da época boa, desculpa filha, eu sei que o que eu fiz foi errado, se não quiser me perdoa, eu vou entender.

- Te perdoa? Você está de brincadeira,- nesse momento fiquei com medo.- Claro que te perdoo.

É tão bom quando pai e filha se acertam antes de se separarem, adoro ajudar pessoa. Levamos 30 minutos da minha casa até o aeroporto, Rilany estava dormindo, Fred pediu para eu acordá-la enquanto ele pegava as malas no porta-malas, acordei ela, e a mesma saia do carro enquanto eu ajudava o Fred, dei a mala de Rilany para ela, e peguei a minha, até parece que eu ia levar a mala da patricinha. Fred ia estacionar o carro, e falou para nós irmos para a lanchonete, que já ele nos encontra.

Estávamos sentados olhando o cardápio, para falar a verdade era só eu, Rilany estava olhando para o nada, e ficava pensando.

- Que foi Rilany?- falo tirando da transe.

- To lembrando daquele dia que você mentiu sobre o nosso primeiro ''beijo'', naquela festa de quando nó éramos pequenos.- fez movimentos com os dedos quando disse beijo.- Mas aconteceu os negócios de imagem na escola, e se eu não perdesse logo, ia mentir.

- Odeio esse negócio de imagem, antes você me via como o nerd chato, e agora o que você vê?

- Eu vejo um garoto que continua sendo nerd, mas um nerd que qualquer uma pode amar.- depois que ela disse isso, coloco o cardápio e seu rosto, me impedindo de vê-la.

- E você sabe o que eu achava de você?- falei tirando o cardápio de seu rosto- Eu te achava a menina mais patricinha da escola, a filhinha do papai, aquela que fazia de tudo para ser a melhor atriz, só para jogar na cara do outros que você foi melhor que eles -vejo uma lágrima cair de seu rosto- Mas sabe o que eu vejo agora?- falei limpando as lágrimas de seu rosto- Vejo uma garota que também continua sendo a patricinha, mas é uma patricinha que mora num lugar muito especial, meu coração, e essa não é uma daquelas que faz de tudo para ser melhor que todos, mas sim para orgulhar uma pessoa ela ama, e fique sabendo de uma coisa, você orgulha seu pai, e me orgulha também, com a garota linda e inteligente que você se tornou.

- Estou interrompendo algo aqui? Rilany você estava chorando? Braian o que você fez para ela?-diz Fred.

- Eu não fiz nada.- fiz sinal de rendição.

- Continue assim.- diz Fred colocando a mão em meu ombro.

- Como assim pai? Você quer que eu sofra?- Rilany fez uma cara de indignada, mas dava para ver que era brincadeira dela.

- Rilany, dá para ver na sua cara que essas lágrimas não são de tristeza, e sim de alegria, de felicidade, e você não fica feliz assim à toa e começa a chorar por causa disso, o Braian fez algo, mas não vou perguntar nada por que sei que isso são coisas de vocês.- disse Fred.

Ele se sentou e pedimos um lanche, logo em seguida fomos para o local de espera, Rilany mexia no celular, e eu estava quieto, vendo pessoa se despedirem das pessoas, Fred parecia impaciente, sempre olhava para o relógio. Estávamos esperando por muito tempo, até que vem uma voz de uma mulher dizendo:

- Passageiros do voo para o Brasil, já podem entrar no avião, que o mesmo irá decolar daqui 10 minutos.

Todos nós levantamos, dei um abraço em Fred e disse para ele cuidar da minha mãe, logo sai e entreguei meu passaporte para a moça que estava na porta, olhei para trás e Rilany estava abraçada com seu pai. Entrei no avião, procurei meu lugar, Rilany chega logo depois de eu sentar, ela olha para a cadeira que eu estava sentado e olha para seu papel.

- Você não está no lugar errado?

- Não, número 38, porque?

- Então meu pai pegou os assentos separados, por que o meu é número 40, vai ficar ruim uma pessoa no meio de nós dois.

- Owwt! Ela só quer ficar do meu ladinho né?

- Nossa Braian, como você é besta.- fala se sentando.

- Um besta que qualquer uma pode amar, não é mesmo?- ela só dá risada, mas não responde.

Abro meu notebook, e um garoto senta do meu lado. se passa 1 hora, e eu acabei descobrindo um negócio.

- Rilany, você não sabe o que eu descobri.- o menino do meu lado estava dormindo, e acabou acordando conforme eu falei.

- Quer trocar de lugar comigo, para você ficar com seu namorado?- fala para Rilany, e a mesma concorda.

- Uau, você nem retrucou o menino por falar que nós somos namorados.

- Cala a boca e me fala o que você descobriu.

- Ariana vai ta no Brasil e nós vamos na turnê dela.

- Mas com qual dinheiro?

- Com o que eu ajuntei, topa? É mês que vem.

- Claro!

Fechei meu notebook e fiquei olhando a passagem pela a janela, Rilany está dormindo em meu ombro, acabei dormindo durante a viagem.

Juntos pelas diferençasOnde histórias criam vida. Descubra agora