Acordamos com a turbulência do avião, Rilany se espreguiça e eu faço o mesmo, depois que o avião pousa, nós pegamos nossa bolsas de mão e descemos do avião.

Estávamos indo para a saída do avião, até que Rilany me segura e diz:

- Você não vai chamar o táxi?

- Vou.- respondi, pego meu celular e lembro que não sei o nome do aeroporto. Vejo um segurança e vou lá perguntar:

- Licença moço, em que lugar nós estamos?

- Aeroporto de Guarulhos- respondeu ele.

- Obrigado.

Ligo para o táxi e informo nossa localização, e o mesmo diz que chegará entre 10 a 15 minutos. Ficamos lá esperando, e como ele diz, chegou em 15 minutos, entramos no táxi e dei o papel que estava escrito o endereço do nosso apartamento, e logo perguntei:

- Moço, esse lugar que tá escrito aí, é perto daqui? Ou é longe?

- Não é muito longe, mais também não tão perto, uns 10 minutos de viagem- respondeu ele.

Chegamos no nosso apartamento, e que lugar lindo, Fred se superou. Perguntei para o moço quanto que deu a viagem, ele disse o preço, pago ele- pois lá no aeroporto, tinha uma casa da moeda, onde eu troquei meus dólares por reais-, descemos do carro e entramos no apartamento. Logo tinha um porteiro que lia um livro que não estava enxergando o título.

- Licença -falo interrompendo sua leitura.

- O que posso ajudar?

- Nós somos o novo morador do apartamento... - olho para o papel - 123.

- Ah, Braian e Rilany, certo?

- Sim.

- Então toma aqui sua chave, é no sexto andar.

- Obrigado.

Peguei a chave e fomos para o elevador, apertei no botão do sexto andar e começamos a subir.

- Pois é, realizando nossos sonhos.- disse Rilany.

- Verdade.- falei com um sorriso no rosto.

Quando chegamos, estava lá nossa nova casa, apartamento 123, paramos em frente de nossa casa, Rilany para em frente do apartamento do lado, o 122, enquanto eu pego minha chave, alguém do apartamento 122 abre a porta, e a mesma bate na cabeça de Rilany.

- Aí minha cabeça.- diz ela.

- Desculpa. - falo um cara alto, moreno, olhos castanhos escuros, parecia ter minha idade.- Vocês devem ser os novos moradores do 123.

- Sim - fala Rilany esfregando a cabeça- Prazer meu nome é Rilany.

- E o meu é Braian.- digo.

- Higor.

- Ana. - fala uma menina, tamanho de Rilany, cabelos escuros e cacheados, corpo bonito, olhos verde claros. - Sou Namorada do Higor.

- Vocês moram aqui? - pergunto.

- Eu sim, ela não. - Ana dá um tapa em Higor- Ainda não.

Demos risada, os dois foram embora, achei a chave, abro a porta e entramos, já estava tudo com móveis, entramos na sala, tinha o sofá que fazia um L, uma estante bem bonita,uma televisão gigante e uma mesinha de vidro no meio disso tudo, na sala bem no canto tinha uma mesa com quatro cadeiras, fomos para a cozinha, não tinha uma parede que separa a sala da cozinha, e sim um balcão, nesse balcão tinha uma fruteira com frutas dentro, uma pia e logo do lado um fogão, daqueles que fica em cima de uma pia, sem gás nem nada, e uma geladeira que já estava abastecida. Fomos para o quarto, que aliás tinha dois, mas o outro não tinha nada, no quarto tinha uma cama de casal, uma porta, que eu suponho que seja o banheiro, dois armários e uma televisão na parede.

Começamos a desfazer as malas, quando termino, vou para o banheiro com uma roupa e uma toalha, quando entro vejo que o banheiro é chique, ligo o chuveiro e vou para o banho. Quando saio coloco minha roupa num sexto e vejo que Rilany já terminou de fazer as malas, peguei uma coberta e deito na cama e durmo.

Acabei sonhando com uma festa, era aniversário de Rilany, chego numa casa e abro a porta, Subo uma escada na esperança de encontrar Rilany, mas só encontro pessoas que nunca vi, passo pela cozinha e sigo um pequeno corredor que separa a cozinha da sala. Finalmente encontrei com ela, ela estava espetacular, seu cabelo solto, uma maquiagem básica, que na minha opinião era desnecessário, ela usava um óculos que eu não tinha visto, quando saiu de trás da mesa, ela estava com um vestido branco, que ia até o joelho, ela estava esplêndida. Ela me viu e me deu um abraço que eu não queria que soltasse nunca, mas eu não era o único que tinha chegado. A festa foi passando, e eu e meus amigos estava sentado em volta de uma mesa, até que Rilany desce e senta do meu lado, ela deita no meu ombro, sinto meu coração bater, mas de um jeito que nunca senti na minha vida, começamos a conversar, o problema do sonho, foi que toda hora ela tinha que subir para dar "Oi" para as pessoas que chegava, o final do sonho foi no momento que fui embora, dou um beijo em seu rosto, aquele coração que batia de felicidade, começou a bater por tristeza.

Acordo lá para 20h da noite, levanto e vou para a sala, onde se encontra Rilany, ela estava com uma blusa de frio, que aliás era minha, estava com um shorts por baixo, estava com um coque, que parece que foi feito de qualquer jeito, segurava uma caneca, que eu tenho quase certeza que era suco. Deito em seu colo.

- Nossa Braian, seu cabelo tá todo embaraçado.- fala colocando a caneca na estante, logo depois que começa a mexer no meu cabelo, tentando desembaraçar.

- Sonhei com você hoje.- digo olhando nos olhos delas.

- Hm, e eu estava como?- fala Rilany.

- Com óculos.

- Óculos? Não uso.- fala fazendo uma cara de "Nada ver".

Levanto, vou para a estante e abro a gaveta, onde tem uma caixa de guardar óculos.

- Aé, e essa caixa de óculos, bom o meu é falso e não precisa desta caixinha.

- Tá, eu uso óculos, e sem eles não enxergo nada, por isso uso lente de contato.

- Nossa, isso daria uma boa notícia para meu documentário.

- Ta, mas como foi o sonho?

- Ah! Era seu aniversário, e você estava linda. Me fez perceber uma coisa.

- O que? Que você está apaixonado por mim?

- Sim.

- Nossa eu estava brincando.- faz uma cara de tímida.

- Mas eu não. - digo chegando mais perto de seu rosto, encarava sua boca e a Rilany fazia a mesma coisa, ela parecia estar com medo, como se aquele fosse o nosso primeiro beijo, quando estávamos quase se beijando, certo alguém nos interrompe tocando a campainha, Rilany se levanta.

- Finalmente chegou.- fala atendendo a porta.

- Quem?- faço essa pergunta, que não ganhei resposta, mas também vejo Higor do outro lado segurando um prato.

- Desculpa a demora- fala Higor entrando em casa.- Eu estava sem leite condensado, tive que ir no mercado compra.

- Ué, por que não veio pega aqui?- perguntou Rilany.

- Você já está fazendo o bolo, e ainda tinha que me empresta o leite condensado.

- Bolo e brigadeiro?- perguntei.

- Sim aqui no Brasil é muito comum colocar Brigadeiro nos bolos, principalmente de cenoura, e é o que a gente tá fazendo.

O bolo ficou pronto, Higor fez os últimos preparos. Comemos, e estava uma delícia. Ficamos conversando por bastante tempo.

- Então. Quanto tempo estão namorando?- olhamos um para o outro e demos risada.- Que foi?

- Não estamos namorando- disse eu- Mas bem que eu queria- Rilany olha para mim- Brincadeira.

- Então esperai. Vocês moram junto, dorme na mesma cama, e não namoram nem nada?

- Sim.- disse Rilany.

Ficamos conversando por bastante tempo nem vimos a hora passar.

Juntos pelas diferençasOnde histórias criam vida. Descubra agora