Mês dez.

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A Mel continuava na mesma, mas eu estava mil quilos mais leve depois de saber que o Lawrence sumiria das nossas vidas pra sempre. Um mês sem saber daquele crápula era a minha maior alegria dos últimos tempos.

Um mês depois e as coisas continuavam iguais, menos para Elisa.

- Elias, os Hartman voltaram para a Califórnia.

Fui pego de surpresa pelos meus pais assim que cheguei em casa

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Fui pego de surpresa pelos meus pais assim que cheguei em casa.

- porque?

- porque a Elisa teve um surto. Eles precisaram interna-la em uma clínica, até pelo menos a Mel acordar.

- surto?

- ela andou tomando uns remédios e por pouco não teve uma overdose.

Sentei lentamente no sofá e tentei não surtar com a notícia.

Sentei lentamente no sofá e tentei não surtar com a notícia

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- overdose?

- o tempo está passando e as coisas só estão piorando. Nada melhora. - lamentou meu pai

- eu sei disso pai. eu sei muito bem disso.

- foi visitar a Mel?

- fui.

- e então?

- igual.

- da última vez em que fomos lá os sinais vitais dela estavam ótimos

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- da última vez em que fomos lá os sinais vitais dela estavam ótimos.

- eu perguntei hoje por isso. Tudo igual como sempre esteve.

Meu pai tentava me animar e me dar mais esperanças.

- vai fazer um ano pai. Um ano.

- eu sei Elias e você precisa ser forte.

- eu não sei mais o que fazer para ser forte

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- eu não sei mais o que fazer para ser forte.

- que tal viajar?

Fui pego de surpresa de novo.

Fui pego de surpresa de novo

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- viajar? Pra onde?

- você sabe que estamos abrindo mais uma filial do escritório no Canadá. Será nossa primeira filial internacional e eu preciso de você filho.

- não pai, não! Pelo amor de Deus! Você sabe que eu tenho que ficar aqui com a Mel.

- não pai, não! Pelo amor de Deus! Você sabe que eu tenho que ficar aqui com a Mel

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- Elias, os pais da Mel estão voltando pra cá essa semana. Você não precisa visita-la todos os dias. Eles estarão lá e...

- preciso sim!! - gritei

- Elias, se você surtar não vai poder ajudar ninguém, muito menos a Melissa.

Engoli seco e levantei sem dar uma resposta.

- filho...

Me virei para olha-lo totalmente desanimado.

- eu preciso de você. Por favor.

Como eu poderia dizer não ao meu pai e como eu poderia deixar a Mel aqui?

As coisas realmente só pioravam.

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