Saia daqui!

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Com as mãos grudadas em meu pescoço, a velha grunhia enquanto me encarava. Face a face, deitada sobre meu corpo. A boca desdentada estava aberta, mostrando aquela língua nojenta. Seus dentes estavam à mostra, próximos a minha bochecha. A saliva escorregava pelos lábios e respingava sobre o meu rosto. Já em prantos, pressionei minhas mãos contra o seu rosto, mas seus olhos permaneciam fixos em meu pescoço. O cheiro de merda do seu hálito causava ânsia. Sua respiração ofegante próxima ao meu ouvido, causou um tipo muito peculiar de aflição, soava como acompanhar o rastejar de cobra. Tentei resistir, meus braços tremiam de tanta força. Pensei em desistir, rezando para suportar a dor da mordida e morrer logo.

Sara agarrou a mulher, ou seja lá o que ela havia se transformado naquele momento, envolvendo seus ombros por trás com os próprios braços e puxando-a. Seu rosto expressava muita força ao puxar a velha demônio em cima de mim. Arrastando-a pelo chão, enquanto a coisa-ruim se contorcia. Em seguida, Sara pegou a tábua redonda que já foi uma mesa, deixando o grande símbolo tribal voltado para a velha e dizendo palavras estranhas. Sara cobriu o demônio com a tabua e montou sobre ela com as mãos e os pés enganchando-se nas extremidades da borda.

Respirei aliviada por estar livre da velha demônio e comecei a rastejar pela casa. Me escondi atrás do sofá, mantendo a cabeça exposta para poder continuar vendo as duas fazerem sanduíche recheado com aquela tábua. A velha se debatia com tanta força que o corpo de Sara saltava sobre tábua como um boneco de pano. Ela se agarrava firmemente ao escudo feito com o tampão da mesa, continuando a dizer umas palavras estranhas. Sara continua a repetir o que parecia ser uma frase, até o corpo da velha ficar imóvel, então olhou para mim com os olhos estalados e a respiração ofegante.

Sara saiu de cima da tábua e levantou, caminhando até mim — Eu disse para não sair do círculo — Em seguida voltou até a cadeirinha e pegou sua filha, acariciando-a sobre o peito e cessando o seu choro. Cessando também o único som do ambiente.

Sentei no sofá, juntando as mãos entre os joelhos — O que foi isso?

A Imperatriz de LevronOnde histórias criam vida. Descubra agora