*Algumas explicações rapidas: Eu acabei ficando doente estilo de cama, uma infecção intestinal horrivel (cuidado com o que comem e bebem, abiguinhas) e não tive como postar por motivos de estar morrendo, me desculpem e não desistam de mim <3
Espero que curtam o capitulo que eu fiz com amor, boa leitura ;)
------------------------------------------------------"Onde você está?" - Ed. 13:47 am.
Leu a mensagem e sentiu um aperto na boca do estomago, a sensação de que estava fazendo algo muito errado á acompanhava desde que botara os pés para dentro do carro do tio e só piorara a cada minuto que estava em companhia do Diaz.
- Jovens e sua tecnologias - ouvir a voz levemente rouca do tio soar atrás de si quando desceu do carro - vamos lá, Catt, garanto que só por hoje conseguira sobreviver sem estar...como vocês chamam mesmo? On...on the line!
- Online, tio - abaixou os olhos para a tela mandando uma resposta rápida dizendo que estava na casa de Amber e que não podia falar no momento por causa dos trabalhos, guardou o celular na bolsa e caminhou calmamente ao lado do homem mais velho, a rua em que se encontravam ficava no Gueto de Nova York mais especificamente na parte Latina da área, a luz forte do sol era possível ver adolescente e crianças acompanhadas pelos pais voltando para casa calmamente, todos com a pele amarronzada, cabelos escuros e olhos também, todos seus, segundo seu pai. Suspirou forte tentando manter afastado esse tipo de pensamento, não conhecia essa gente e mesmo que conhecesse, o que se deixar envolver com uma máfia faria mudança na vida dessas pessoa?!
- Venha Catt, bem-vinda ao lar - bateu levemente no portão, sabia que tinha alguém olhando para ambos através do olho magico localizado através da estrutura de ferro, um clique pode ser ouvido e um homem de cerca de dois metros abriu o portão a expressão ainda fechada com uma postura impecável á fez lembrar de militares que assistirá em filmes.
- Gonzalez? - o homem apontou com a cabeça para a casa e grudou seus olhos em Cattalina, sentiu os olhos dele descerem por todo seu corpo e pararem atentamente em seu rosto, continuou firme sem se deixar abater, os olhos fixos no grandalhão como se o desafiasse, observou um repuxar mínimo no canto dos lábios finos antes de ser puxada pelo tio até a estrutura amarelada, por trás da fachada séria e quase aconchegante ela sabia que se escondia coisa horríveis, a casa era amarelada, alguns detalhes brancos e muito bem cuidada, não era a mesma casa de quando era criança, não que fosse inocente o suficiente para achar que o pai voltaria para a casa que fora preso, mas algo dentro de si ficou levemente decepcionada com a mudança, algo que no momento ela não dava a mínima para entender. Homem e garota entraram na casa, tudo parecia tão normal e limpo, mas ela sabia que nada disso era real, era só uma fachada bem cuidada escondendo a podridão, ela tinha de manter isso em mente, aparência nesse mundo era tudo, o que você representava ou no mínimo fingia representar era o que atraia e confortava quem estivesse de fora. Era tudo superficial.
- Ora, ora, parece que temos uma reunião de sangue nessa casa hoje - o homem descia as escadas calmamente, uma bermuda e uma daquela camisas colocirdas com flores havaianas cobriam o seu corpo e de repente, Catt enxergou seu pai, o mesmo pai que nos fins de semana abandonava todo e qualquer traje mais formal e se vestia com camisas coloridas e malucas por que isso fazia a filha pequena rir, o pai que brincava de bonecas com ela, um pai que não á assustava e que pelo contrario, a fazia sentir saudade, sentir conforto. Plástico, Catt. Tudo sobre aparências, lembra?
Ao alcançar o piso amadeirado da mesma sala que Catt se encontrava Gonzáles abriu os braços, um sorriso escondido nos fios espessos do bigode escuro e se aproximou da garota que no momento era um mar de sentimentos conflitantes.
- Minha ninã, enfim no seu lugar - apertou a filha nos braços e Catt timidamente envolveu o corpo robusto do pai, ainda era estranho tanta proximidade física com alguém - esse é o seu lar Cattalina, você...-
- Não! - o tio a puxou por um dos braços pra longe do abraço do homem - nada disso, nada sobre trabalho ou tentar convencer a garota de ficar ao nosso lado, hoje é sobre nós, sobre a nossa família, sobre os Diaz e apenas sobre isso, me prometeu isso Gonzy - riu do apelido que Tio Thomaz sempre usará com o irmão mais novo.
- Bueno! - caminhou para a cozinha com ambos atrás de si - imagino que ainda não tenha almoçado, Catt? - sorriu ao ouvir a negativa - pois bem, eu fiz seus Tamales favoritos, com a massa da Mammá! - se direcionou até o forno pegando enquanto passava uma luva de proteção térmica, Catt sentiu o estomago urrar fortemente, as bochechas esquentaram quando os dois homens riram do som que havia saído da garota, faia anos que não comia uma daquelas belezinhas, desde que a vó falecerá nunca conseguira achar um tamale tão bem feito e com o sabor ao menos parecido com o de dona Madalenna e saber que finalmente provaria da massa coma mesma receita de sua vó, meu Deus, era sim um bom motivo de um estomago eriçado.
- Gostei disso, continua a mesma Catt que pedia Tacos toda vez que me via passar pela porta - o tio riu ao perceber a feição indignada da garota
- Lembra da época em que ela cismava em por Guacamole em tudo? Até nas panquecas do café da manhã - o pai fez careta parecendo achar graça da recordação - foram meses difíceis tendo de esconder todo e qualquer abacate da vista de Cattalina.
Os dois homens riram baixo e Catt não pode impedir de se sentir aquecer por dentro, o jeito que eles compartilhavam histórias, histórias sobre ela, histórias que ela ao menos se lembrava e parecia ter tanto carinho, um ambiente cheio de afeição e conforto cercava Catt não tinha como tudo ser uma grande encenação, certo? Afinal, eles ainda eram família.
O pai retirou os Tamales do forno, enfim, os servindo no centro da mesa.
- Querida, pode pegar os pratos por favor? - apontou o armário em cima de sua cabeça, Catt assentiu ainda confusa e esticou-se até a louça, pegou três pratos e distribuiu automaticamente em cada lugar á mesa de centro, observou o tio correr até o outro armário retirando de lá talheres e copos, o pai agpra já se dirigia á geladeira trazendo de lá uma garrafa de refrigerante, a mesa era pequena mas ficou graciosamente familiar com a comida ao meio num recipiente de vidro, todos se sentaram, se acomodando em suas cadeiras, o pai do seu lado e o tio á sua frente, antes que pudesse se dirigir a comida, as mãos foram esticadas e as cabeças abaixadas, enquanto tinha a mão envolvida por sua família e ouvia a prece de seu pai ressoar pela cozinha, se sentiu mais uma vez em casa e não pode deixar de se repreender por isso.
O almoço fora o mais suave e divertido o possível, Catt se sentiu numa família comum que sentava a mesa e relembrava histórias de sua infância, os assuntos giraram basicamente em quando Catt era uma pequena criança arteira, suas confusões pareciam ser coisa memoráveis o suficiente para serem contadas durante a degustação das massas divina de Dona Madalenna, Catt riu e se divertiu como não sabia ser possível há um longo tempo, quando pediu para ser levada embora Gonzales se levantou, envolveu a filha num abraço apertado enquanto lhe beijava o topo da cabeça sussurrando palavras de adeus, mas antes que ela pudesse retribuir a porta da frente foi aberta, a parede que servia de guarda costas entrou na sala, ao seu lado um garoto que não devia chegar aos 14 anos apertava as mãos aflitamente, os olhos inchados de um choro mal escondido e o rosto numa súplica silenciosa.
- O que houve? - a postura do pai já se tornará outra, agora quem falava era o Líder Diaz.
- Senhor Diaz, este rapaz disse que precisava vê-lo com urgência.
Os olhos do rapaz se tornaram mais aflitos quando o mesmo começou á falar.
- Senhor Diaz, peço desculpas por interromper, mas eu preciso de sua ajuda, te suplico, não tem mais ninguém que possa me ajudar.
- Se acalme, rapaz, me diga seu nome.
- Ah, claro - torceu mais forte as mãos parecendo envergonhado - Junior, Junior Pontes.
- O que posso fazer por você, senhor Pontes? - a voz saia tranquila, como se fosse comum ocorrer uma situação assim no dia a dia de Gonzáles.
- Os Mara Juan* senhor, eu me meti com coisas que não devia e agora eles estão atrás de minha mão, não sei mais a quem recorrer senhor, eles podem me matar, mas minha mãe não fez nada senhor Diaz, ela pe um senhora trabalhadora, não merece que algo...
- Calma, filho - chegou perto do rapaz - vocês são do bairro, certo? - o menino assentiu rapidamente - ninguém mexe com o meu povo, não se preocupe, você estará seguro e sua mãe também, quando somos jovens estamos propensos á escolhas erradas, eles não deviam mexer com crianças como você - os olhos fixos no garoto miúdo o faziam confiar ainda mais no homem á sua frente - você é um dos meus, rapaz, pertence á minha gente, ninguém te machucará.
Olhou sob o ombro do garoto para homem vestido de preto atrás dele.
- Lino, chame os outros homens, quero vocês dentro da casa do nosso Junior aqui, dois fazendo a segurança dentro da casa e mais cinco monitorando as redondezas - se afastou do rapaz ficando de costas para ele, o olhar baixo enquanto dava ordens - não quero descuidos nem erros, são pessoas inocentes e não permitirei falhas, entendido?
- Certo, chefe. - o agora com nome, Lino, se adiantou guiando o garoto até fora da casa, antes que chegasse a porta o garoto levantou a cabeça, o olhar banhado em gratidão.
- Muito obrigado senhor Diaz, não terei como lhe pagar nunca o que está fazendo.
Com os olhos fixos em Cattalina e ainda de costas para a porta Gonzalez responde as palavras que se fixariam na mente da garota por vários dias.
- Não me agradeça rapaz, você é um dos meus - sorriu suave - e eu cuido dos meus. Los Michos** estão de volta.* Mara Juan é a gangue/máfia rival à de González
** Los Michos é o nome da máfia de González
*** As duas máfias são inspiradas em facções reais pelo mundo, duas das mais poderosas máfias.
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Se pudesse definir o seu dia em uma palavra com certeza seria: Insano.
Depois de toda aquela cena seu tio a trouxe pra casa, um sorriso suave no rosto de quem sabia que algo estava mudando dentro da garota ao seu lado no carro.
Ela tinha se sentido balançada, diabos, como não se sentiria? Alguns anos atrás aquele garoto podia ter sido ela, pedindo apenas ajuda para salvar a mãe, quantas vezes não se sentira perdida sem ter á quem correr quando Shirley se drogava tanto que nem era capaz ao menos de reconhecer a própria filha? Ajuda era o que mais queria e o que menos teve em toda sua vida, ver seu pai ajudando uma criança que estava em situações tão complicadas quanto ela já esteve havia sim a deixado balançada, ele queria proteger os seus, de um jeito nada convencional mas ainda assim, era o único que oferecia ajuda e proteção para aqueles que não tinham á quem correr.
Bufou já deitada na própria cama, a casa ainda vazia, mandará uma mensagem avisando a Ed que chegará em segurança, ouvira um bipe com a resposta mas não queria conversar com Ed, não quando a culpa já se infiltrava em cada partícula do seu ser, ela o estava traindo de alguma forma, mas não podia contar, sabia que não podia prejudicar o pai, a maneira era ficar neutra dos dois lados, mas como quando você é o ponto que traz a guerra?
Pegou o celular e ignorando o aviso de mensagem brilhando na tela discou o único numero que podia ligar quando as coisas se tornavam pesadas demais.
- Boa noite Cattlicious - sorriu com o apelido idiota que Amber acabará de lhe dar.
- Eu preciso conversar.
- Sou toda ouvidos - o tom se tornará mais sério e confortante, então Catt contará. Desde o inicio, a vida difícil com a mão, a prisão do pai, o abrigo na casa de Ed, seus sentimentos pelo gigante, a volta do pai á sua vida e a ultima visita daquele dia á casa dos Diaz.
- Meu Deus, eu sabia que você escondia algo, mas garota você é um baú de segredos!
- Eu sei.
- Bom, o que você quer fazer agora?- Não sei Amber, me sinto culpada por esconder de Ed, mas não consigo entregar meu pai desse jeito, não sei o que fazer!
- Hey, calma garota, que tal deixar isso de lado por enquanto? Pense sobre o assunto mas não foque especificamente nisso, não acho que seja o momento certo pra trazer isso a tona, não acho que você esteja preparada pra uma decisão.
- Eu definitivamente não estou! - suspirou se sentindo um pouco mais aliviada com a compreensão da amiga
- Então acabou, tá tudo bem e quando você estiver eu vou estar do seu lado, você não tá mais sozinha nessa Catt.
- Obrigada Amber, não sei o que faria se não tivesse você.
- Explodiria, basicamente. - ouviu o riso da garota e não se impediu de rir junto. Tudo ficaria bem, de um jeito de outro as coisas tomariam o seu rumo.
Do outro lado da cidade uma detetive sorria animada com as informações que acabará de colher, a ligação da garota para a amiga iriam enfim dar um pontapé na sua investigação, Kayla MacKnnea já tinha com o que trabalhar, discando rapidamente para o numero que precisava MacKnnea informou.
- Detetive Jackson? Tem uma ligação que o senhor precisa ouvir.____________________________________
Hola personas!
Olha, esse cap foi sufoco pra postar, meu pc não queria postar de jeito nenhuma, quase essa autora que vos fala surtou, maaas consegui!!!
Bom, espero que vcs tenham gostado do cap e estejam ansiosas sobre a reação do nosso pequeno grande Jackson.
Comentários, estrelinhas, críticas construtivas e sugestões são muito bem vindos!
Sobre o grupo, essa semana sai! Amem!
Aproveitem que logo tem mais!
Até a próxima!
See yah! ;)
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Destinos Cruzados
RomansaATENÇÃO! ESTA ESTÓRIA CONTÉM CONTEÚDO ADULTO! Ed Jackson tinha uma vida sossegada e sem grandes emoções além do trabalho como detetive da Homicídios da cidade de Nova York, aos 38 anos leva uma vida solitária e isenta de paixões, já cansado de decep...