Capítulo 10

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  Caminho até o garoto encostado na árvore. 

- Ei, me desculpe o atraso -digo me sentando ao seu lado- Tive alguns problemas no refeitório.

- Tudo bem -ele sorri fazendo meu coração derreter.

- Liam, eu sei que não conversamos muito ultimamente mas... -paro para examinar seu rosto.

Os cabelos loiros, os olhos azuis e sua boca levemente rosada. Me perco do assunto.

- Mas? -ele incentiva.

- Eu... -meu olhar passa de seus olhos para seus lábios- Dane-se.

Eu me aproximo e o beijo. Ele retribui surpreso mas profundo. Minhas mãos descansam em seu peito enquanto as suas apertam minha cintura.

Todas as vezes parecem a primeira.

Nos separamos pela falta de ar, apesar de nossas testas estarem coladas.

- Na festa, no baile de máscaras -ele respira ofegante- Eu tenho que te perguntar uma coisa... E você vai dançar comigo porque vou te dar algo em troca. Pode ser? -Liam coloca sua mão em minha bochecha. Assinto com a cabeça olhando no fundo de seus olhos.

- Posso te fazer um pergunta um pouco estranha? -pergunto me apoiando na árvore e colocando minha cabeça em seu pescoço.   

- Claro.

- Ontem a noite... Por acaso... -limpo minha garganta- A gente... conversou? Eu fui no seu quarto?

Ele me olha confuso.

- Não que eu saiba. A menos que você tenha me drogado e abusado do meu corpo -damos risada juntos- Porque?

Puta. Merda.

- Nada.

Surpreendentemente ele segura minha mão e entrelaça nossos dedos.

Ficamos ali até o fim do almoço. Hoje, particularmente, Liam estava com um perfume maravilhoso, o que só me fez mais confortável naquela posição.

No resto das aulas não encontrei com a Malia. O Pack pareceu não querer falar sobre o que houve e também achei que foi melhor assim. Quando acabou, fiquei esperando Lydia no meu carro porque ela tinha que falar com sua mãe.

Nesse meio tempo recebi uma  mensagem de um número anônimo dizendo que tinha consulta hoje. Logo percebi que era Maran e respondi dizendo que sem problemas.

Depois de 15 minutos eu estava encostada no carro mexendo no celular.

- Vamos? -dou um pulo deixando o aparelho cair no chão.     

-  MEU DEUS LYDIA! -digo com a mão em meu peito olhando para ela- Você quase me matou do coração!

Me agacho e pego o celular. Ainda bem que não quebrou.

- Desculpe, não foi a intenção. Você não me ouviu? -a ruiva pergunta confusa.

- Não. Estava distraída. Agora vamos logo, tenho uma sessão com a irmã do Deaton ainda hoje.     


- Então, me conta, o que tem incomodado minha banshee preferida? 

Estávamos em minha cama jogando um pouco de conversa fora. Eu estava encostada na cabeceira com pernas de índio e Lydia estava deitada de barriga para baixo com as mãos segurando seu queixo.

- Eu tenho tido esses sonhos e eles são bem estranhos. Eu estou em um tipo de porão escuro, onde a única luz vem de um fresta na janela. Eu olho em volta tentando achar alguma saída mas não consigo achar. Quando volto pra janela eu vejo três pessoas. Seus rostos estão embaçados então não consigo ver direito. A da ponta direita é um homem e a da esquerda é uma mulher, com cabelos curtos.

- E a pessoa do meio? -pergunto acompanhando o raciocínio.

- Eu acho que esse é o problema -ela diz devagar- A pessoa do meio eu não consigo ver direito. Tem um tipo de áurea em volta dela, uma áurea negra.

- Uau

- E eu sinto Meg. Eu sinto o mal daquela áurea e daquela pessoa -a ruiva diz preocupada.

- E você acha que pode ser sua intuição de banshee?

- Eu não sei. Só sei que é perigoso. Sem contar a voz.

- O que ela fala? E quem é ela?

- A maioria das vezes eu não entendo mas quando eu consigo entender ela fica repetindo a mesma coisa -Lydia faz uma pausa- "Agora eu tenho a rainha"

Tento entender o que a frase significa.

- Sabe o que significa? 

- Não tenho a mínima ideia, nunca ouvi isso antes. E as vezes eu tenho a impressão de que é o Stiles falando.


Bato na porta da clínica e espero. 

Depois de deixar Lydia em sua casa vim direto para cá, para a sessão.

A porta se abre e minha psicologa aparece sorrindo.

- Entre -ela abre espaço e eu entro. Ela fecha a porta e vai para a mesma sala da última vez. Maran se senta em sua cadeira e eu me sento a sua frente.

- Podemos começar? -assinto com a cabeça- Certo -ela tira seu bloco de notas e sua caneta- Hoje eu quero te conhecer melhor Megan. Como vai?

- Bem. Eu tenho uma festa amanhã.

- Que legal -ela diz e franze o cenho.

Percebo agora que ela olha para o meu pescoço.

Que vergonha, meu deus!

- Por acaso você tem algum interesse amoroso?

Bom, já que ela é minha psicologa, não tem problema.

- Tenho -abaixo a cabeça envergonhada- Liam Dunbar, ele veio comigo na primeira vez.

- Isso é bom  -ela anota no bloco- Me fale um jogo de tabuleiro você goste.

- Xadrez.

- Uma história que você goste.

- O lobo e a raposa.

- O que você acha de pessoas que dirigem bêbadas?

- Que são irresponsáveis e um risco para a sociedade -digo depois de pensar um pouco.

- O que acha da pena de morte? 

- Válida dependendo do crime -dou de ombros. Ela anota mais um vez em seu bloco.

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Pardus - Lose Your MindOnde histórias criam vida. Descubra agora