Prólogo

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Esperar por ti foi uma invenção

Um capricho do corpo resgatado

Onde o vício foi medo e paixão

Depois de tudo ter acabado.

Espera – AntónioVilhena


O som das correntes, e das lanças balançando no ar, parecia algo de costume na prisão de ossos

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O som das correntes, e das lanças balançando no ar, parecia algo de costume na prisão de ossos. O silêncio sorumbático fazia com que aquele lugar afastasse as vidas selvagens que viviam além do pântano.

Porém, o som de uma canção nunca escutada por aquelas bandas, percorreu pelos ouvidos de uns, e penetrou no mais fundo do coração de outros, os olhos tornaram-se fixos no nada, enquanto ganhavam uma força sub-humana quebrando as grades e portas bem trancadas.

O prisioneiro mais fraco, balbuciando a canção como uma oração, se deixou ser guiado até o poço. Os olhos já brancos, levados pela morte apresada para ir colher outras almas revelava a falta de vida, apesar de falar e andar como quem vive. Ele se aproximou, lançou a cabeça para dentro daquele buraco soturno.

― Só se eu fosse belo você me amaria como ama os outros... ― cantou, acompanhando a voz doce de mulher, e ela se deliciava com a pele, depois com os músculos, depois as artérias, guardou os olhos, adorava olhos brancos como luas cheias sem brilho, observa-los apodrecer era um de seus passatempos prediletos.

― Ele o amaria como ama os outros... ― finalizou, arrastando-se novamente para dentro do poço, deixando o corpo sem pele e órgãos pendurado na murada. Dormiu.




( pessoal coloco aqui três capítulos, vou demorar para postas os outros capítulos, mas coloquei alguns para que saibam que eu não desisti ainda dessa continuação, embora, escreve-la esteja sendo quase impossível, pelo tempo e por minha criatividade que saiu de ferias e nunca retornou.)

Princesa Feroz  (Livro II )Onde histórias criam vida. Descubra agora