― Pelos deuses, ainda bem que você conseguiu se livrar daquela garota. ― Exclamou Elisie olhando apreensiva através da cortina da carruagem.
― Não foi um trabalho fácil, confesso. Agora vamos, você tem certeza que a rainha já está dando à luz?
― Sim, foi o que Briana me contou, como desconfia de alguém que pode entrar em todos os lugares?
― Certo, o que faremos mesmo?
― Primeiro esperaremos no castelo até que a criança nasça. Se Beatrice fez o que pedimos e ele nasça louro, voltaremos para nosso tempo.
― Mas caso ela não tenha feito isso... mataremos a criança. ― Continuou Briana. Alex suspirou.
― Sou parente de Beatrice. ― Revelou.
― Sim, sei disso. Beatrice é a mãe de Alexandre. Mas por que está trazendo isso à tona agora?
― Se Beatrice não for querida pelo rei, talvez eu não seja mais quem eu sou.
― Está com medo de sumir?
― Não, tenho medo de esquecer. ― Elisie colocou sua mão em cima da dele.
― Mesmo que você se esqueça, eu te farei lembrar. ― Elisie percebeu, finalmente o olhar apaixonado que Alex lançou para ela, isso a fez se afastar, engolir em seco. Não podia deixa-lo nutrir amor por ela.
Entraram no castelo escoltados por um dos mordomos, esse os levou até o salão, no qual toda a corte esperava ansiosa pela revelação, seria o futuro rei de Darkeng? Ou a primeira princesa do reino?
Zen estava ao redor da multidão, quando seus olhos se focaram em Elisie, e deslizaram para o lado onde Alex estava, suas feições endureceram de ciúmes.
― Minha Laura, por que não me avisou que viria ao castelo? Eu teria ido buscá-la, é para essas coisas que um noivo serve também.
― Desculpe, eu estava com pressa e o senhor Macléia estava por perto.
― Beatrice. ― Sussurrou Briana. Elisie puxou suas mãos do aperto de Zen, e olhou em varias direções até encontrar a bruxa.
― Zen, com licença, preciso conversar com a senhora Beatrice. ― Ela não esperou resposta, simplesmente seguiu a longas passadas até a bruxa.
― Beatrice. Você... você fez o que pedi?
― Sim, não quero ser forçada a usar aquela maldição nunca. Mas, não sei se a poção fez efeito na criança. Comecei a dar algumas semanas antes dele nascer, sinto que é pouco tempo para mudar o cabelo. ― Elisie suspirou.
― Obrigada, Beatrice, realmente muito obrigada.
Não houve tempo para aflição, o médico real surgiu no alto do segundo andar, ao seu lado duas parteiras sujas de sangue encararam a multidão no andar de baixo.
― Diga, no reino foi abençoado com um grandioso príncipe ou com uma delicada princesa? ― Gritou o general, pai de Zen. O médico limpou o suor da testa, Elisie rangeu os dentes, odiava como as pessoas adoravam um suspense.
O rei surgiu no alto carregando o embrulho nos braços, Elisie analisou ansiosa as feições do rei. Não parecia possesso de ódio, nem triste. Ele ergueu a criança, que chorava desesperadamente. A manta descobriu sua cabeça, era loiro como o rei. Elisie começou a chorar, correu para onde Alex observava a cena inexpressivo, ela o abraçou.
― Não haverá mais dor. Todos estão livres de suas maldições. Nem acredito que foi tão simples. ― Ele a ergueu do chão, e em um momento de pura excitação a beijou, mas foi tão breve que ninguém além deles se deu conta disso.
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Princesa Feroz (Livro II )
FantasiaElisie Allen Leican tornou-se rainha, a rainha infértil que assassinou seu marido, tomou como seu, o filho de uma concubina e se tornou a pior das mulheres ao casar-se novamente. Era o que diziam os nobres, mas Elisie pouco se importou, sabia que er...