Havia alguém de pé diante de mim . Meus olhos se abriram e o rosto de Curran entrou em foco. Ele estava encostado contra a parede ao lado da cama, olhando para mim.
— O quê?
— Ele ligou — disse Curran. Sentei na cama.
— Ele decidiu que quer lutar?
— Sim . E colocou Derek na linha. Ele quebrou as pernas do garoto e o mantém em pernas de aço para os ossos não cicatrizarem .
Cada vez melhor.
— Bono lhe disse os termos?
— Eu, o Cruzado e você. Hoje à noite.
Que ótimo. Uma festa para os três primeiros mais procurados na lista do upir.
— Onde?
— Estação de energia sudeste. Ele diz que vai nos avisar quando chegarmos
lá.
— Você vai levar reforços?
— Não — disse ele. Ele não mencionou motivo algum, mas eu conhecia todos: sua palavra, seu orgulho, seu dever, o fato de que o upir mataria Derek. Qualquer um desses era suficiente.
Esfreguei o sono do rosto.
— Que horas são?
— Meio-dia.
As patrulhas me pegaram às sete da manhã e eu tinha ido para a cama por volta das oito, o que me dera um total de quatro horas de sono.
— Quando temos que sair?
— Às sete e meia.
— Tudo bem, me acorde às sete horas então.
— Então, você vai?
— Esperava que eu ficasse escondida aqui?
— Ele se referiu a você como seu lanchinho.
— Ele é um fofo.
— E também é louco para transar com você. Levantei a cabeça o suficiente para olhar para ele.
— Olhe só, Curran, o que você quer de mim?
— Por que ele quer acasalar com você?
— Eu sou boa de cama. Vá embora, por favor. Curran ignorou minha gracinha.
— Quero saber por que ele tem tanto tesão em engravidar você.
Havia um trocadilho nessa frase em algum lugar, mas não parecia que ele estivesse disposto a perceber.
— E como é que eu vou saber? — disse. — Talvez a ideia de torturar um filho meu o excite. Eu só tive quatro horas de sono. Preciso de pelo menos mais quatro, Curran. Vá embora.
— Vou descobrir. — Ele disse isso como se fosse uma ameaça.
— Você está dando muita importância a isso.
— Como eu encontrarei o Cruzado?
— Ele estará aqui em algumas horas. Achou que receberia um convite. Por favor, não tire suas armas desta vez. Ele vem por vontade própria.
Curran saiu do quarto. Respirei fundo e forcei minha mente para que ficasse em branco.
Nick entrou pela porta vinte minutos antes das quatro horas. Eu estava acordada e calçando minhas botas.
Ele fechou a porta e se encostou contra ela. Seu rosto tinha ganhado uma barba e seu cabelo parecia oleoso de novo.
— O que você faz com o cabelo?
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Sangue Mágico - Kate Daniels Vol 01.
FantasiSe não fosse pela magia, Atlanta seria uma boa cidade para viver. No momento em que a magia domina, os carros param e as armas falham. Quando a tecnologia assume, os feitiços de proteção já não protegem sua casa dos monstros. Aqui, os arranha-céus s...