Catléya é uma jovem que não tem mais nada na vida, e vive perambulando de casa em casa, roubando comida para se manter viva. E em um de seus roubos, em uma grande fazenda, ela se vê na situação mais complicada de todas: ser levada por um ladrão de g...
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Caminhamos até sua casa e fico encantada com o jardim deles. As flores são lindíssimas, e parecem brilhar ainda mais com o cair da noite. Reed observa os lindos vagalumes em nossa volta, eles são enormes.
Na entrada, havia uma piscina com algumas cadeiras na beirada. A casa é feita de um tipo de pedra branca, toda moderna e belíssima. Noto que o ETsão me olha de rabo de olho, mas sempre quando o encaro ele desvia o olhar.
- O que foi? - Pergunto à ele.
- Nada. Anda logo. - Ele abre a porta pra mim. - Entre e fique quieta, não diga uma só palavra.
- Tá bem. - Falo revirando os olhos.
Vejo Anny Lee segurando umas coisas na mão, acho que são frutas ou verduras. Um cheiro maravilhoso toma conta do lugar, e faz meu estômago revirar de fome. Na cozinha, bem iluminada e arejada, encontro um lindo casal um pouco mais velhos, deduzo que são os pais do ETsão.
- Olá, minha querida. - A dona de cabelos negros e olhos verdes me dá um abraço caloroso. - Seja bem vinda à nossa casa. Meu nome é Aryadne, sou mãe do Dante.
- Olá, meu nome é Ivan, muito prazer em conhecê-la. Sou pai do Dante. - O senhor de olhos azuis e cabelo preto meio grisalho se apresenta.
- M-meu nome é Catléya, fico muito feliz em conhecê-los. Finalmente, o Dante não pára de falar em vocês. Não é Dante? - Dou uma espetada nele enquanto Anny pega Reed pra colocá-lo em um lugar mais silencioso. Ele ainda dormia.
O ETsão me olha confuso, acho que deixei ele meio sem jeito.
- Sim, sim. Mas deixamos essas coisas de lado, e vamos logo terminar esse jantar. Estou com muita fome. - Ele me puxa pelo braço, acho que ele gosta de fazer isso, só pode. - Preciso falar com você um minuto.
Ele praticamente me arrasta até a sala. E me dá uma bronca sussurrando.
- Que idéia é essa? Porque falaste aquilo? Eu não lhe disse que era pra ficar calada? Não quero que fale mais nada.
- Tá bem, Dante. - Respondo com cara de inocente, eu iria obedecê-lo de agora em diante. Só que não.
Voltamos para a cozinha. Estão cozinhando algum tipo de ensopado, que está com um cheiro maravilhoso.
- Pode me ajudar aqui um minuto, Catléya? - Ela pergunta docemente.
- C-claro... O que a senhora quer que eu faça? - Fico meio constrangida ao notar que todos olhavam pra mim. Estou me sentindo um ET, que irônico.
Ajudo um pouco, mas não o suficiente. Fico basicamente olhando aquela sopa borbulhando, e meu estômago ronca alto, eles ouvem e riem o tempo todo por isso. Droga, esqueci que todos têm uma audição extremamente boa. Fico desconfortável, mas explico que faz algum tempo que não sinto um cheiro tão bom de comida.