Catléya é uma jovem que não tem mais nada na vida, e vive perambulando de casa em casa, roubando comida para se manter viva. E em um de seus roubos, em uma grande fazenda, ela se vê na situação mais complicada de todas: ser levada por um ladrão de g...
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Irritante, bonito e arrogante, isso é o que o Dante é. Eu ainda estou pasma com o ETsão, não sei se gosto dele ou se o odeio por ter essa necessidade de se livrar de mim, me vendendo. Será que é preciso eu salvar sua vida pra tirar essa ideia da sua cabeça? Não é mais fácil ele me deixar em um planeta qualquer? Afinal, ele é o responsável por eu estar aqui. Se bem que eu não poderia nem reclamar tanto, porque estou bem melhor com ele do que no meu planeta, pois nada mais me prende à Terra. Absolutamente NADA.
Levo Reed pro banheiro e dou um banhozinho nele. Brincando com a água, o pequeno acaba me molhando toda. Claro, ele é apenas uma criança, um bebê, e não sabe o quão grave é a situação ao seu redor. O enxugo com todo cuidado, e procuro algum cobertor para embrulhá-lo, pois tremia de frio.
É até engraçado cuidar de um bebê dragão, que ainda por cima fala. Parece que eu estou em um filme de ficção científica dos mais insanos e incríveis que já vi. Ao contrário do que muitos pensam, um dragão não tem a pele gelada como a de um réptil, o Reed é bem quentinho e sente muito frio, como um bebê humano normal. São tantas coisas novas, fico super encantada com tudo o que está acontecendo comigo, apesar das desavenças com o senhor Dante.
Noto que Reed possui um cordão no pescoço, com um pingente de cristal vermelho, semelhante à uma pedra de rubi. Tiro seu cordão e guardo em minha mochila, afinal ele pode ser de grande ajuda pra encontrar os pais de Reed algum dia.
- Papai deu o coidão pa mim. - Ele fala enquanto eu guardo ele.
- Eu sei, meu lindo. Vou guardar pra você não perder, tá bom? - Ele abana a cabeça positivamente.
Depois de fazê-lo dormir, forro um cantinho no chão, e o coloco ali, ele está bem aquecido e confortável. Não o deixo na cama por medo dele fazer xixi e o ETsão brigar com o pobrezinho.
Logo após, vou até a sala de comandos. Nesta escuridão, não conseguia enxergar nada e acabo tropeçando, caindo com a cara no chão e torcendo o pé. Droga, nem havia me lembrado que tinham três degraus ali.
- O que foi isso, Cat? - Dante pergunta acendendo as luzes rapidamente.
- Eu caí da porcaria da escada. Não está vendo? - Respondo furiosa tentando me levantar, porém permaneço espatifada no chão com uma imensa dor no tornozelo e ele vem ao meu encontro.
- Criatura tola, não havia lhe dito que podes me chamar. Porque fica zanzando por aí, se não enxergastes no escuro?
- E porque não deixa essa droga de luz acesa? Ai... Ai... - Gemo de dor.
- Porque a nave é minha e eu faço o que eu quiser. - Ele diz me pegando no colo e me levando pra enfermaria.
Me segurei pra não mandar ele enfiar a nave naquele lugar. Pra sorte dele eu sou uma moça educada e direita.