Catléya é uma jovem que não tem mais nada na vida, e vive perambulando de casa em casa, roubando comida para se manter viva. E em um de seus roubos, em uma grande fazenda, ela se vê na situação mais complicada de todas: ser levada por um ladrão de g...
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Caminhamos pelas ruas, o planeta possui dois sóis o circundando. O dia está lindo para dar um ótimo passeio, se não fosse pelas circunstâncias e meu completo desânimo nesta manhã.
Me vender. Olha só a audácia dessa criatura.
Dante pode até ser dono de uma beleza estonteante por fora, mas por dentro é um ogro. Seu coração é vazio, e suas palavras são frias e duras como seu coração de gelo. Será que ele se importa com mais alguém, além dele mesmo?
Seres extraterrestres nos observam estranhamente enquanto andamos em direção da nave. O ETsão me dá sua jaqueta para me cobrir. Ele me diz que eu chamo muita atenção indesejada.
Apenas o olho e não falo nem sequer uma palavra. Não obedecendo seu pedido, ele apenas coloca a jaqueta sobre meus ombros, e resmunga alguma coisa.
- O que foi? - Ele me pergunta como se nada tivesse acontecido.
- Nada. Não disse nada. - Suspiro chateada.
- Por isso mesmo. És tão tagarela, que estou estranhando por não reclamar de alguma coisa ou me xingar por algum motivo.
Apenas dou de ombros, e continuo o seguindo. Mas paro de andar ao passarmos por um beco, onde havia uma criaturinha chorando e sendo espancada por três aliens maiores.
- Hey! Deixem esse pobrezinho em paz. - Corro na direção das criaturas.
- Issa não ser de sua conta. - Um deles fala tentando amarrar o pequenino que chora sem parar.
- Seus covardes. - Brado novamente, e eles se aproximam com suas armas.
- O que está acontecendo aqui? - Dante chega por trás de mim, já empunhando sua arma também.
- Um izlojiniano por aquê? - Um deles diz enquanto o bichinho se desvencilha dele, correndo pro nosso lado. - Não. Voltar aquê seu vermezinho asqueroso.
O alien tenta correr atrás da pequena criaturinha e atira pra cima de nós. Dante o acerta no braço, e no traseiro dos outros dois, e eles fogem.
- Mas o que foi aquilo? - Pergunto me virando pro ETsão, quando aquele pequeno ser que defendi pula em meus braços.
- Bligado. Homem mau pegar mim. - Aquela fofura me fala olhando nos olhos.
O ETzinho é uma espécie de dragão. Sua cor é lilás e ele conversa enrolado. Percebo se tratar de um bebê. Dante me fuzila com os olhos e diz pra ficar longe do filhote.
- Não. Eu não vou deixar ele aqui sozinho e indefeso. - Protesto. - Ele é só um bebê. Vamos ficar com ele.
- Acho que você não está me entendendo. - Dante olha para os lados. - Esses caras com certeza roubaram esse filhote do planeta Azlany, e sabes qual o tamanho dos pais deste bebê?
- Não importa. Não deixaremos ele sozinho aqui. Ou leva ele com a gente, ou eu fico aqui com ele. - Digo decidida e batendo o pé.
O ETsão bufa, fica pensativo, mas logo prosseguimos para a nave. O pequeno dragãozinho nos acompanha, porém, uma de suas asas está severamente machucada.
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Depois da pequena humana ter a ousadia de me enfrentar, penso bastante e acabo deixando ela cuidar do filhote Azlanyano. Afinal, ele precisa de uma mãe até conseguir devolvê-lo ao seu planeta.
Aqueles malfeitores devem ter o sequestrado do planeta Azlany, para ser vendido na feira da cidade. Uma cria de dragão poderia valer muito por aqui.
Caminhamos até a nave, Catléya seguia juntamente com o filhote, atrás de mim. O senhor Anísio já estava me aguardando. Ele apenas me repassa o valor do conserto da nave e eu o pago.
Tudo pronto para partirmos, porém Catléya me fala que precisa do meu regenerador celular, para uma das asas do dragãozinho.
...
- Pronto, minha fofura. Está novinho em folha, agora já pode voar. - Ela fala carinhosamente com aquela criaturinha, depois de passar o regenerador.
- Eu não saibo vuar. Mamãe ensinando mim.
- Awnmm... Dante, você não sente pena dele? - Ela me olha com inocência. - Você sabe seu nome, meu fofura?
- Eu chamar Reed. Toi com sono. - Ele esfrega os olhinhos e boceja.
- Vem cá Reed, vou te dar um banho e te por pra dormir. - Ela balança ele nos braços com todo cuidado.
- Vou acrescentar isso aos seus dotes. Além de virgem, sabes cuidar muito bem de uma cria. - Digo a ela, que apenas revira os olhos e vai para o quarto.
Melhor assim. Me odeie mesmo, não quero que a pequena humana nutra algum sentimento por mim, ou o contrário.
Será melhor devolvê-la ao seu planeta natal antes de acabar me apegando ainda mais à ela, por isso tenho que ser rigoroso com a mesma.
Direciono a nave para o meu planeta. IZLOJ está próximo.
O único problema é o que minha família iria pensar à meu respeito. Ao invés de trazer apenas um rebanho de gado pro meu pai, trouxe junto comigo uma fêmea humana sexy e uma cria Azlanyana. Isso não iria ser nada bom para minha reputação.
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