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Na manha seguinte custei abrir os olhos,estavam inchados e vermelhos de tanto chorar, minha vida virou de ponta a cabeça e não estava sabendo lidar com isso tudo. Levantei e ao chegar ao berço da Luna vi refletida nela o verdadeiro significado do amor, foi ele quem me deu a maior alegria da minha vida,e eu era muito agradecida,apesar do rumo que as coisas foram tomando.
O dia estava lindo e ainda era bem cedo , a nevasca havia parado e o sol apareceu, ai que saudade de colocar um biquine e cair na piscina. A casa estava silenciosa ate minha filha começar a chorar desesperadamente querendo sua chupeta, revirei o quarto todo, ate que me lembrei!Droga! Esta no quarto do Bernardo, ele vive carregando as coisas dela para lá.
Acalmei um pouco a Luna e sai no corredor em direção ao seu quarto , estava nervosa ,com as mãos soando, sem saber porque estava assim, afinal so estava indo buscar uma chupeta. Fiquei na duvida se batia ou não,Desiré poderia estar ali com ele, mais decidi apenas entrar ,pegar a chupeta e sair de mansinho,eles nem iam me ver . Abri a porta e o quarto estava escuro, bem escuro, não se enchergava nada, como ia achar essa bendita chupeta? Caminhei apalpando os moveis e sabia que logo a frente deveria ter uma escrivaninha, la provavelmente estaria a chupeta, mas antes de chegar a ela , tropecei no patinho de borracha da Luna que fez aquele barulho estridente e irritante.
-Maldito pato!
Tentei caminhar novamente e agora foi a vez da minha canela encontrar a escrivaninha , e a dor explodiu e não pude ficar em silêncio.
-Aaaai! Escrivaninha estupida!
Bernardo acordou assustado , acendeu o abajur e me flagrou em posição de saci , segurando a canela que latejava.
-Que isso Liz?O que esta fazendo aqui? - Eu tentava responder mas estava em choque com que acabei de ver.
Bernardo estava de pé , só de cueca e com todos os seus maravilhosos músculos expostos, a dor até sumiu por um instante, meu Deus eu juro que estou tentando, mas o senhor não colabora, para que fazer um homem tão lindo assim?
-Liz? -Foi ai que sai do meu transe.
-Ah... Oi desculpa, a Luna não parava de chorar querendo aquela bendita chupeta, e imaginei que ela estivesse aqui, tentei não te acordar mas tropecei naquele maldito pato, e como sempre posso fazer melhor enfiei minha canela na escrivaninha também! - Falei tão rápido que fiquei até sem ar, estar em seu quarto, ve- lo daquele jeito de novo me deixou nervosa.
Bernardo explodiu em uma gargalhada alta e engraçada.
-Deixa eu ver isso aqui! - disse ele me ajudando a sentar na cama e analisando minha canela.
Quando ele alisou minha perna ,um frio percorreu minha espinha, fiquei arrepiada e me lembrei da primeira vez que me tocou no elevador, e depois quando fizemos amor, meu corpo ainda reagia da mesma maneira.
-Acho que vai ficar roxo!
-Ahn?- Ainda estava curtindo aquele choquinho que me dava quando me tocava.
-Sua perna Liz!- Ele me olhava nos olhos tao profundamente que não conseguia desviar, sua mão ainda percorria minha perna, e eu precisava urgentemente sair daquele quarto.
-A-a chupeta dela esta aqui ?- O encanto foi quebrado e ele desviou o olhar em direção a uma gaveta. Levantou, pegou ela e colocou em minhas mãos . Levantei mais que depressa em direção a porta ,foi quando ele me segurou.
-Espera Liz! - Ele me puxou para bem perto ,passou uma mecha do meu cabelo por trás da minha orelha.
-Você está tão linda!
-Bernardo eu preciso....
-Shiiiiiiiu.... apenas deixar eu te tocar...eu não posso.... eu preciso ficar perto de você, nem que seja por 5 minutos. -Apenas não consegui reagir, me corpo queria, ele gritava com todas as forças para apenas ficar ali recebendo seu carinho.
