Capítulo 35

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Após deixar Moisés em casa, voltei para a casa de Jeferson.

Anna:- Tem certeza de que a voz do Moisés é a mesma?

Jeferson:- Sim! Se quiser, ligamos agora para ele! Talvez assim você acredite.

Anna:- Eu não sei...

Jeferson:- Anna, você prefere acobertar um namorado louco ao invés de ajudar-me?

Anna:- Eu só acho que não é necessário...

Eu estava tentando não acreditar que era o Moisés. Eu estava tentando acreditar que seria um engano, alguém que pegou o celular dele ou algo do gênero. Não queria acreditar que era o meu Moisés o culpado.

Jeferson:- Vamos ligar. Se ele falar alguma coisa, você já sabe.

Respire fundo. Eu sabia no que isso daria.

Anna:- Está bem.

Ele pegou o celular e ligou para o número.

Ligação..

Moisés:- Eu não avisei para que ficasse longe dela? Aí hoje descubro que vocês se encontram frequentemente! Não se surpreenda se eu quase lhe matar na próxima.

Anna:- Matá-lo por que, Moisés?

Senti meu coração parar. Logo voltou acompanhado de uma dor insuportável.

Moisés:- Anna?

Anna:- Por que, Moisés? Por qual motivo você fez isso?

Moisés:- Olha só... Eu posso explicar. Eu não suportei ver esse cara te abraçando e fazendo aquelas coisas.

Anna:- Então dizer que te amo durante esses meses não adiantou de nada? Não adiantou eu mostrar que te amo? Eu já sabia disso há tempos. Eu teria ficado menos chateada, muito menos magoada, se você contasse a mim hoje.

Moisés:- Eu tive medo de te perder.

Anna:- Então morra sem mim! Esse namoro acabou aqui e agora.

Ligação.

Desliguei na mão do Jeferson. Eu não queria mais falar com aquele cara. Eu já estava chorando antes de terminar a frase.

O Jeferson largou o celular e me abraçou. Eu queria um abraço, carinho, colo. Mas agora eu estava determinada a somente uma coisa.

Anna:- Vamos agora na delegacia.

Jeferson:- É o quê?

Anna:- Vamos! Temos que denunciar esse espancador.

Levantei do sofá limpando algumas lágrimas e pegando meu celular que esqueci jogado na mesinha de centro.

Jeferson:- Tem certeza?

Anna:- Sim! Total certeza! Vamos logo antes que eu queira voltar atrás.

Ele concordou e fomos para meu carro. Fui até a delegacia mais próxima na velocidade mais alta permitida. Saí de dentro do carro enfurecida.

Jeferson:- Anna! Espere-me! Não consigo... Correr.

Parei no mesmo instante. Caramba, eu estava tão magoada que esqueci do meu melhor amigo.

Anna:- Desculpe, Jeferson. Quer ajuda?

Jeferson:- Quero sim, por favor.

Ajudei-o a entrar na delegacia e, um pouco depois, fomos chamados para fazer o B.o.

Diferentes Mas IguaisOnde histórias criam vida. Descubra agora