Aprisionados: Capítulo II

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Maria Eduarda acabara de chegar em casa. E se deparou com Mariana no sofá desligando o telefone.

-Estava com o estilista no telefone, é uma grife que ganhou um ótimo espaço no mercado em pouco tempo.

- Não perguntei. Cadê minha mãe?

- Ela foi a um chá na casa da Leona.

-E você não foi? Como a fiel escudeira, acho que cometeu um erro gravíssimo.

- Eu queria que você pudesse ceder uma trégua. Eu não estou tomando lugar de ninguém.

-Não mesmo, porque você nem encontrou o seu lugar, como pode tirar o de outra pessoa. Com licença.

Maria Eduarda olhou para trás já no meio da escada.

-Ah, o Gaia pediu que você ligasse para decidir os docinhos.

-Ah, obrigada. Só você chama o Edgar de Gaia, e o Eduardo de Ed.

-É na verdade se você se lembrar com cuidado era a Sofi que chamava assim. Depois eu. Era algo nosso.

-É mesmo, agora que você disse consigo me lembrar.

-Deve ter sido difícil para você ter atuado por tanto tempo? Enfim, vocês eram amigas.

-Não ,eu era amiga do Eduardo e do Edgar, gostava da Sofia porque seu irmão gostava dela.

- Quanto sacrifício. Enquanto a Sofia acreditava na sua amizade você era o bode expiatório da minha mãe? Você é patética e sonsa. Nunca haverá trégua.

-É este o motivo? Mariana disse abismada. -Nunca armei nada contra a Sofia.

-Se eu fosse você eu preparava com mais calma esse casamento... Tanta coisa pode acontecer.

-Não me torture desta forma, acha que já não estou insegura o suficiente. Que não penso o tempo todo nisso, que ele tenha uma recaída. Porque a Sofia era isso para seu irmão, um vício.

-E você acha que o libertou? Maria Eduarda disse irônica.

-Eu só quero amar seu irmão e ser amada por ele.

- Você me apresenta duas situações. A primeira tenho minhas duvidas posso estar enganada, quanto a segunda não passa de uma hipótese.

Ela prosseguiu, subindo a escada. Mariana sentou-se no sofá com impacto das últimas palavras.

Já estava escurecendo, mas a noite estava quente. Antes passar em casa ela se sentou no calçadão da praia. Era bom olhar o mar. Ela não sabia o que aquele breve momento no restaurante significa para ela. Mas para Eduardo estava claro como alga cristalina. Nada, simplesmente nada. Dois anos de relacionamento, promessas, juras de amor e agora não significavam mais nada. Em oito anos de distância o seu primeiro encontro com ele foi como o último desprezo da parte dele. Como o dia que ele abandonara.

" Sofia estava se olhando em frente ao espelho, era um cômodo reservado para que as noivas se aprontassem no luxuoso salão reservado para festas de casamento. Era um lugar lindo ao ar livre. A festa estava toda pronta. Decorada com toda pompa de um casamento de um milionário. Mas não era o que importava para Sofia, ela só queria se olhar em seu lindo vestido. Um modelo indescritível de tamanha beleza. Ela estava linda como uma boneca de porcelana. Mariana e Regina a ajudavam com a cauda

-Você está tão linda, amiga. Nem acredito que você vai casar aos 20 anos. Disse Regina.

-Obrigada. Sofia sorriu desconcertada. - Estou com tanto medo de tropeçar de sair algo errado.

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