Envolvidos -Capítulo VII

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Quinze dias se passaram. Com eles o ano novo. A chegada de 2012 foi bem comemorada. Sofia e os amigos passaram na praia para ver a queima de fogos. Ela contara o que acontecera para Leonardo e Regina com detalhes. E desde então fugia do assunto. Ela também tentava não pensar em tudo que acontecera nos últimos meses. Como tudo mudara de repente. E desde então Eduardo não a procurara mais. Sofia dizia assim mesmo que era o certo, o que ela queria. Mas na queima de fogos, havia tantos casais, tantas famílias, e ela sozinha. Em contra partida o administrativo da empresa dos Sampaios estava em recesso até o inicio de janeiro. Isso só fora um empurrão para Eduardo beber mais. Ele mal comia, ou saia do quarto. No dia 31 foi convencido por Armando a sair para jardim, mas não aceitou sair de casa. Disse que estava tudo bem, mas que só queria ficar só. Mudou de assunto quando Armando tocou no nome da Sofia.

A verdade mesmo que Eduardo não queria mais demonstrar o quanto estava sofrendo. Só que era inútil. No primeiro dia do ano tentou ligar para ela que não atendeu. No dia nove de janeiro o escritório de advocacia voltara a todo vapor. E Sofia se afundou no trabalho o mais fundo que podia. Estava muito envolvida no caso de Penélope.

Cezar Sampaio não voltara para o Brasil, cuidava das afilias estrangeiras, enquanto a do Brasil Eduardo estava mais empenhado para tentar ocupar o tempo tentar não ir atrás de Sofia e permitir que ela seguisse a vida em frente como queria.

Brígida estava mexendo na estufa enquanto refletia sobre a conversa que tivera com Sofia.

"-Eu e Eduardo somos água e óleo não se misturam, lembra?"

Brígida se lembrou do dia do casamento, Sofia estava saindo aos prantos do local que seria celebrado o casamento.

Quando Brígida se aproximou enquanto a mãe de Sofia e Regina arrumavam as coisas delas.

-Dona Brígida o que aconteceu com Eduardo? Ela perguntava sem ter plena certeza que era tão odiada pela sogra.

-Aí, Sofia como pode ter sido tão ingênua ao ponto de pensar que o Eduardo se casaria com você. Ela olhou para Sofia de cima a baixo com desdenho. -Menina olha para você, quem você é perto do meu filho? Vocês são como água e óleo, não misturam. Ela balançou a cabeça em negação.

-Você deve estar muito feliz? Sofia limpava as lágrimas.

-Feliz não, radiante, mas foi uma pena isso ter chegado tão longe por causa da impressa.

-Você é má, amargurada.

-Não sou que estou chorando por um noivo que me abandonou no dia do meu casamento.

Brígida deixou que uma rosa caísse no chão ao se lembrar de tão dura que ela fora com Sofia.

Sofia estava em sua sala com Regina.

-Sofi, a audiência do caso da Penélope é semana que vem.

-É eu sei, mas há tantas lacunas ainda. Já tenho por onde começar, só que me falta muita informação. Pelo menos consegui que ela respondesse o processo em liberdade. Eu vou me empenhar com todas as forças que eu tiver neste caso.

-Ajuda a silenciar seus outros pensamentos?

-Sim, alivia todo resto.

-Encontrei com o Armando e Karine no supermercado. Eles disseram que o Eduardo está desolando, mas está se esforçando para respeitar a sua decisão.

-Essa fase passa.

-Sofia você já viu a edição que saiu este mês na revista que Karine trabalha?

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