Eternizados: Capítulo XVIII

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Eternizados: Capitulo XVIII

Uma hora depois Alexandre, e Marli e Regina chegaram. Sofia estava sentada em silêncio sem nenhuma lágrima. Brígida estava sedada. Enquanto Regina, ajudava a Cezar com os tramites legais. Marli e Alexandre conversavam com ela que nem piscava, até que depois de alguns segundos ela se manifestou.

-Eu quero vê-lo.

-Sofia minha filha, ele não está mais no quarto meu amor.

-Eu sei, eu vou ao necrotério.

-Sofia, você não precisa passa por isso. Alexandre disse em tom de tristeza.

-Eu quero vê-lo me despedir, antes que o coloquem naquela caixa de madeira. Depois eu prometo que vou para casa.

Marli olhou para Alexandre com cara de interrogação.

-Tudo bem, eu te levo.

Sofia entrou na sala do necrotério acompanhado por um enfermeiro que a levou até uma mesa de pedra que trazia um corpo coberto por um lençol. O enfermeiro descobriu o corpo do abdômen para cima. E Sofia teve que comandar o seu auto reflexo que foi de cair ao chão ao ver o rosto de Eduardo inerte, pálido e rígido. O enfermeiro saiu e ela se aproximou da mesa de mármore que jazia o corpo de Eduardo. Ela tocou no braço dele retraído o dela como se estivesse com dor. Ele estava gelado. Sofia levou a mão até o abdômen dele que trazia as marcas de bala e pontos das cirurgias que ele foi submetido.

-Oh, meu amor, me perdoa! Lágrimas saiam como gosta de sangue. –Eu deveria ter dito antes. Mas você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Você me fazia me sentir viva. Ela acariciava o corpo gélido dele. –Eu sei que fui muito cruel e agora vou pagar o preço por isso. Você me disse que poderia ser tarde de mais e agora é mais que tarde. Ela tocou o rosto sem vida dele. –Você vai levar a minha alma com você Eduardo. Sofia chorava a ponto de lhe faltar o ar. - Até depois de respirar lembra? Ela tocou na mão dele e sentiu que os dedos estavam duros como pedra. A mesma mão que lhe tocou tantas vezes com paixão e desejo, que lhe segurou em meios a discussões, que lhe tocou o rosto e que ela segurou firme em resposta. Ela fechou os olhos segurada á mão dele. Sofia se viu descendo do carro em frente a praia da Barra assim que chegou do interior e Eduardo segurando a sua mão, ela se viu tropeçando no clube e levantando a cabeça e o vendo, o viu sorrindo para ela no coquetel enquanto ela subia os degraus até ele.

-Sofia, vamos! Alexandre disse se aproximando dela.

-Eu já vou. Ela abriu os olhos.

-Eu vou pedir para colocarem uma roupa bem quentinha como as calças do pijama de algodão que você gosta. Ela acariciava novamente o rosto dele que mantinham os olhos fechados. Alexandre estava usando de todas as suas forças para não chorar. -Você sempre foi tão friento, e sei que deve estar sentindo frio. Ela se aproximou dele e deu um selinho nos lábios pálidos e agora frigidos de Eduardo. –Eu te amo. Eu sei que é escuro aí, mas espera que chego já.

-Sofia vamos, por favor, Sofia!

-Eu não quero deixa-lo sozinho! Não quero.

-Sofia! Alexandre não segurou mais as lágrimas que se rebelavam. Vamos.

-Você vai levar tudo que tenho de bom com você, amor.

Ele a puxou e a levou para fora enquanto o enfermeiro se aproximava do corpo dele e o cobria.

Ao sair Sofia viu Edgar sentado no banco sem mover. Viu que Paula conversava com ele depois se afastara. Sofia foi até ele, e Alexandre foi atrás.

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