Atormentados: capítulo IV

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Ola! Gostaria muito de agradecer a cada novo leitor e leitora que venho conquistando. Vocês não fazem ideia de como me incentivam e da satisfação que dá a cada nova visualização, estrelinha e comentários de vcs! Isso só torna tudo mais apaixonante. Espero que apreciem o novo capítulo. 


 Elas entraram no elevador em silêncio. Sofia olhava para seus sapatos vidrada no pingente que ficava no bico do escarpam como se tivesse alguma relevância. Mariana estava tentando disfarçar o constrangimento o décimo quarto andar nunca pareceu tão longe. Ela olhava atentamente as luzes no painel de acender regressivamente. Décimo primeiro, decimo, nono, oitava, sétimo, no sexto andar ela rompeu o silêncio:


-O seu escritório ficou muito bonito. Mariana assentiu com cabeça como se tentasse convencer a si mesma que era melhor um diálogo do que que silêncio absoluto.


-Obrigada. Sofia respondeu seca.


Chegaram na confeitaria se sentaram e pediram um café para cada uma.


-Eu prefiro que seja sem rodeios, vamos direto ao ponto o que você tinha de tão importante para me falar?


-Certo, Sofia o motivo da nossa conversa não podia ser outro ao não ser o Eduardo. Respondeu firme.


Sofia gelou por dentro ao ouvir ela falar o nome dele com tanta propriedade, se arrependeu de ter vindo no momento que ela terminou a frase.


-O motivo não é uma surpresa para mim, por isso acho que eu nem deveria ter vindo. Sofia ia se levantando.


-Por favor, espere. Vamos conversar. Escute o que eu tenho para falar. A tanta coisa que você precisa ouvir e saber por mim. E não pelo que me jugam por todo esse tempo.


Sofia se sentou novamente. Desejava respostas.


-Eu sei que você deve ter pensado um milhão de coisas quando ficou sabendo do nosso casamento. Mas eu nunca agi sujo com você. Não foi e nem houve traição. Mesmo porque me tornei sua amiga por causa do Eduardo então não lhe tirei nada.


-Então você admiti que era só um jogo de gato e rato?


-Não, Sofia. Mariana indagou indignada.


-Já fazem oito anos você não acha um pouco tarde para lavar roupa suja?


-Você não muda mesmo, quando está com raiva não deixa ninguém falar, bem que o Edu dizia.


"Muita cara de pau dela, vim falar comigo de como ele me descrevia."


Marina continuou com voz calma: -Nós fomos nos envolver sim. Mas já havia cinco anos que você tinham terminado.


-Que ele tinha me feito de palhaça, você quer dizer? Sofia perguntou agressiva.


-Eu não agi certo quando não te procurei para saber como você estava. Meu apoio incondicional foi para ele. Porque ele era o meu melhor amigo, e acima de tudo ele era o homem que eu amava. E eu só podia estar perto dele vendo o sofrer por outra. Não ache que a decisão dele veio sem consequências. Ele sofreu muito.


-Aí que peninha. Sofia disse irônica.


-Juro que pensei que vocês iam se casar e iam ser muito felizes. Eu não desejei aquilo. E muito menos compactuei com a dona Brígida em nada contra você.


Sofia a encarou buscando o que dizer, então optou por ser sincera.


-Eu nunca pensei na verdade que tivesse. Sofia ia baixando a guarda. - Eu só não entendo... Por que me procurar agora? --O motivo mais forte de ter enfrentado essa situação é porque estou desesperada e preciso saber onde estou pisando.

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