Mal Resolvidos: Capítulo IX

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Mal resolvidos: Capítulo IX

Dois meses depois.

Eduardo chegou no restaurante La Nostra pela manhã. O salão estava sendo limpo. As cadeiras estavam sobre á mesas sem toalhas Ele ficou em silencio observando cada detalhe do restaurante. A decoração requintada, os lustres de cristais espalhados pelo salão decorado em vermelho e prata. Era o sonho do seu amado irmão realizado. Em cada detalhe era o Edgar expressando umas das maiores paixões, a gastronomia, porque a outra paixão dele Eduardo conhecia bem e dividia com ele.

-Edu? Edgar disse chamando a atenção do irmão que estava distraído.

-Ed! Ele disse indo em direção do irmão e dando duas tapinhas nas costas.

-Quanto tempo. Você sumiu. Edgar disse retirando cadeiras de cima de umas das mesas.

-Esses últimos meses foram bem corridos. Tinha muita coisa na empresa. Eduardo disse colocando as mãos nos bolsos da calça.

-Percebi você não apareceu mais no futebol.

-Eu fui semana passada. Mas o pessoal disse que você estava em São Paulo há semanas.

-A Duda não comentou?

-Na verdade com o trabalho, entre outras coisas estou ficando pouco tempo em casa... Eduardo não queria magoar o irmão dizendo que passava mais tempo na casa de Sofia do quê na mansão Sampaio.

-Entendo. Edgar respondeu irônico.

-Mas então o que trás aqui.

-Ah, eu estava com saudade. Achei que podíamos fazer algo, juntos. Eduardo disse sincero. -A galera quer organizar uma trilha, e como já faz tanto tempo que não vamos á uma, pensei que talvez?

-Impossível. Não sou vice presidente de uma construtora, mas tenho muito trabalho também a ser feito. Disse colocando uma toalha de lindo sobre a mesa.

-Não precisa atirar pedras, Ed. Eu vim em paz. Além do que não haja como se tivesse me apoderado da empresa. Você sabe que se quisesse teria tanto espaço quanto eu lá.

-Será que filho bastardo teria essa chance mesmo? Será que o papai escolheria a mim como vice presidente, ou você? Algo me diz que eu não seria escolha dele.

-Bastardo? É serio isso? Você nunca foi tratado assim, sempre ficou claro que nós dois éramos iguais.

-Bem, a sua mãe não concorda com esse seu ponto de vista.

-Foda-se! O que ela acha. Você é meu irmão, e sempre foi assim. A frustração de mulher traída da minha mãe nunca pesou em nada para mim e nem para Duda.

-É fácil para você, não sabe como os amigos, os convidados das festas, como todos me olhavam. Pausa. -Você nunca foi a segunda opção Eduardo. Não sabe como é.

Eduardo disse rendido:

-Porque parece que não estamos falando só da nossa família. Porque parece que estamos falando da Sofia.

-Você que chegou a essa conclusão sozinho. Ele mudou a expressão. – Consciência pesada?

-Culpa, por quê? Tenho que me sentir culpado por está ao lado da mulher que amo.

-Você a destruiu uma vez, agora destruiu a Mari. Culpa é o mínimo que possa se sentir em seu lugar. Edgar disse acusador.

-Você acha que eu me orgulho disso. Eu pensei que pudesse conversar com você civilizadamente. Que você pudesse me dizer como a Mari está. Eu não sou um mostro. –Eu adoro a Mari e nunca quis feri-la, por isso que tentei por cinco anos fazê-la entender que não ia dar certo. Mas ela sempre está lá me apoiando. Dizendo-me que poderia haver felicidade sem a... A Sofia.

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