O caminho entre a mansão e a Fábrica era realmente muito curto. Entre algumas curvas e contra curvas e já estávamos parados na entrada principal daquele que era o sitio que produzia os doces mais vendidos na América do Norte. Tal como a casa do Sr. Bieber, a Fábrica ficava também fora de uma civilização, entre matos e florestas, o que me levava a pensar que ele não deveria de gostar de muita confusão. Aquela empresa, literalmente doce, era enorme! E quando eu digo enorme, era mesmo! Tinha uma arquitectura de construção bem concebida com um aspecto antiquado, mas a sua estética e ordenamento eram bastante controversos, dando um ar moderno. O branco era a cor que ressaltava à vista de quem quer que fosse olhar para aquelas vastas paredes, onde se salientavam pequenos detalhes por entre as amplas portas e janelas em andares superiores, em madeira polida escura.
Quem passa-se por ali e solta-se o olhar por toda aquela obra, diria que à primeira vista era um Museu de arte antiga, caso não estivesse prensando sobre a porta principal, um logótipo maior que eu, a dizer "Bieberliciou's" e a indicar que era uma fábrica de doces.
Entretanto conheci Albert, o motorista pessoal de Justin Bieber. Pelas palavras do Sr. Bieber, ele preferia conduzir os seus próprios carros e usar Albert apenas em casos pontuais ou em eventos comerciais, mas tinha-o chamado naquele momento, para que eu o pudesse conhecer e usar os seus serviços. Hello! Evelyn Jones agora tem um motorista pessoal! Já só ficam a faltar as uvas e as massagens nos pés.
— Obrigada Albert! — Agradeceu Sr. Bieber após ter-mos saído do carro. — Mais tarde ligo-te para nos vires buscar.
— Até logo, menino! — Vi um aceno e um sorriso de Albert na minha direcção. Levantei a minha mão e acenei-lhe com um sorriso de volta. Para além de ser bastante simpático, era muito divertido. Era perceptível a adoração e o à vontade que ele tinha com o patrão, e ele igual.
Seguia aquele que era agora o meu patrão também, enquanto ele falava e explicava tudo à nossa volta. O cheiro a doces e bolos era tão forte e tão bom, que foi só a porta ser aberta para invadir todos os meus buraquinhos com aquele cheiro que não me importava nada de inebriar todos os dias. Todos os meus buraquinhos como quem diz, não é?! A Entrada dava-nos acesso à recepção de encomendas prontas para saírem da fábrica. Caixas e mais caixas, era o que nos rodeava, deixando-nos com certa dificuldade em andar por ali. Fui apresentada à senhora que estava sentada na parte de trás do balcão e continuei o caminho pelo corredor que não tinha mais nada, a não ser diplomas e certificados de doces. Alguns diplomas estavam apresentados em nome de Justin Bieber, diria até a maioria, mas pelo menos dois deles tinham o nome desconhecido por mim. Jeremy Bieber. O corredor não era pequeno e os quadros que guardavam aqueles prémios não eram poucos. Parece que eles eram mesmo bons naquilo que faziam. No fim daquele largo corredor, havia apenas um vidro que nos separava do grande espaço onde estavam máquinas assustadoramente grandes que vertiam líquidos – a maioria eram amarelos, brancos e castanhos. Supus ser as coberturas dos doces. Tanto para a minha esquerda, como para a minha direita, já não havia parede. Era somente aquele vidro que separava aquela zona.
— Aqui é onde tudo é produzido. É onde todas as ideias são postas em prática. — Explicou enquanto olhava fascinado e orgulhoso para lá do grande vidro. — Temos cerca de 360 trabalhadores e todos eles certificados em doçaria. — Assentia em cada palavra que ele dizia, enquanto seguia com o olhar o movimento circular de uma das maquinas que mexia leite no seu interior. Ele já fervia, o que me fez deduzir que a máquina estava a trabalhar numa alta temperatura. — Está pronta para ver como tudo se processa?
— Claro! — Eu tinha noção que parecia uma criança numa loja gigante de brinquedos. Acho que até mesmo com vinte e um anos, se eu entrasse numa loja de brinquedos da dimensão da fábrica, ficaria assim. Se tive dois brinquedos em toda a minha infância, foram muitos. — Vamos lá!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Irmã Teresa
FanfictionA Instituição de Belle Glade, gerida por as únicas três freiras da aldeia, passava por grandes dificuldades financeiras, correndo o risco de, futuramente, ficarem sem as crianças e sem a Instituição. A única pessoa que conseguia sustentar aquele lar...