Capítulo 21 - Tire sua máscara de sob controle

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Gaara estava impaciente. Já fazia uma semana que não tinha notícias de Ino, e, para piorar, Hinata havia lhe mostrado uma revista da semana anterior em que seu nome havia aparecido com promessas de que logo mais seriam divulgados mais dados sobre ele. Desde aquele dia, havia tomado ainda mais cuidado, preferindo dormir na Akatsuki mesmo para não ser surpreendido com um fotógrafo qualquer o seguindo de casa até o trabalho. Ligara para Ino, mas, ao que parecia, ela já sabia da revista e pareceu dar tanta atenção ao fato quanto daria à uma mosca voando à quilômetros de distância. Por um momento, tinha ficado até que aliviado com o descaso da artista, mas, se ela realmente não se importava, por que estavam já há uma semana sem qualquer tipo de contato?

Uma semana, uma maldita semana, uma semana inteira!

Nesse tempo, até mesmo Naruto já havia voltado para a Akatsuki, os hematomas estavam sobre a pele, marcas amareladas, algumas ainda esverdeadas, mas que já poderiam ser confundidas pelos leigos e embriagados com qualquer marca recebida em uma noite de sexo mais violenta. Jiraya, pelo menos, havia permitido que o amigo se mantivesse apenas como modelo enquanto os ossos das costelas não estivessem cem por cento recuperados.

E, é claro, ter Naruto ali o ajudava, parecia diminuir um pouco seu estresse, mas, ainda assim, era uma semana toda sem notícias de Ino.

— Está tudo bem? — a cliente no quarto lhe perguntou ao sentar-se sobre seu colo.

Gaara sorriu malicioso, embora não estivesse nem um pouco excitado com a imagem da mulher sobre si enquanto o marido dela saía de perto do mini bar e deixava o casaco pesado pelo caminho.

Esforçou-se para não parecer entediado, para não deixar que o desconforto transparecesse em seu rosto ou se traduzisse em atos à medida que era usado como a mais nova diversão do casal.

Ao fim, permaneceu deitado, fingindo dormir enquanto ouvia a conversa deles ao irem embora. O som da porta se fechando o fez se levantar rapidamente e ir ao banheiro. Ligou o chuveiro, deixando a água o mais fria possível, e então apertou as mãos contra a cabeça, puxando os cabelos enquanto sufocava um grito de raiva.

Deixou o quarto assim que se vestiu. Não se despediu de Hinata, não falou nada a ninguém e entrou no carro sem tomar o cuidado de não bater a porta com violência ao fechá-la. Precisava dormir, ir para casa, afastar-se daquele lugar imundo. E assim o fez. Um suspiro de puro alívio saiu de seus lábios ao passar pela porta de casa, deixou a mochila que carregava no chão mesmo e seguiu roboticamente até a cama.

O celular tocava. Não queria o atender. Continuava tocando. Sua cabeça doía. Tocava insistentemente.

— Mas que inferno! — Arremessou o celular contra a parede.

O barulho cessou. Sentou-se na cama e balançou a cabeça de um lado ao outro. Seus ombros pesavam, seu corpo latejava em dor, sua mente mal funcionava direito... Colocou-se de pé e se arrastou até onde o celular estava desmontado. Soltou um palavrão ao ver a tela trincada e encaixou a bateria para poder testar e verificar se o aparelho ainda ligava.

Xingou-se durante os segundos de espera, mas ficou menos irritado quando o celular não só ligou como parecia não ter sofrido nenhum dano fora a tela trincada. Destravou-o e checou rapidamente as ligações perdidas. Hinata e Naruto. Não havia avisado a ninguém para onde ia, seus amigos deviam estar morrendo de preocupação. Enviou mensagens breves dizendo que estava em casa e colocou o celular para carregar.

Olhou o horário, eram três da manhã já. Retirou os tênis e a camisa, ligou o ventilador de teto e deitou na cama com os olhos pesados. Resolveria tudo no dia seguinte. Chega daquilo. Não aguentava mais. Precisava de uma resposta, Ino lhe devia uma, não sabia exatamente resposta a que, mas ela lhe devia alguma explicação por aquele sumiço! Ou não. Ele quem devia parar de pensar nela, quem devia seguir em frente e entender de uma vez por todas que a brincadeira havia chegado ao fim.

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