Capítulo II

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Boas vindas! Que bom que está aqui!

Estamos no segundo capítulo da história, novamente eu vou dividi-lo em três partes, para que não fique cansativo para vocês... As partes dois e três vou publicar amanhã e terça, por esse horário.

Já que está por aqui, fique a vontade e aproveite para contemplar a desenvoltura de Samuel na batalha... Ah, e antes de sair, deixe seu voto e seu comentário, ele é muito importante para mim!

***

Naquela manhã, o rei Anthony se levantara antes da hora costumeira e por isso estava com um péssimo humor. Apesar do dia ensolarado que fazia, o rei não podia sair, pois dentro de alguns minutos começariam a chegar os súditos do reino, para lhe fazer pedidos relacionados a terras, cargos, reclamar da fome, seca, entre outras coisas.

Anthony não gostava daquela função, mas ela se tornou obrigatória depois do anúncio da guerra, para que o povo não começasse a se revoltar dizendo que o rei não se importava com a opinião e os problemas deles. Assim, todo o domingo de manhã ele ficava na sala do trono e ouvia pacientemente o que seus subordinados tinham a dizer.

Naquele momento a porta se abriu, mas não foi um camponês que entrou por ela e sim o vice-real do rei, Tadeu, um homem com seus trinta e poucos anos, cabelos e olhos castanhos, de baixa estatura e sempre sério.

- Com vossa licença, majestade.

O rei, sentado ao trono com ar cansado, fez sinal para que ele entrasse.

- Diga o que quer, Tadeu. Algo errado com os a vinda dos camponeses?

- Na verdade não, senhor.- o homem parecia nervoso, embora tentasse disfarçar.

Anthony esperou que ele começasse a falar, mas como o outro não o fez, ele se exasperou e disse:

- Por Deus, homem; o que tem para me falar?

Tadeu ainda hesitou por algum tempo até que começou a dizer, retorcendo as mãos:

- É sobre a princesa, senhor.

O rei se levantou num solavanco, dizendo.

- O que houve com Emili?

O vice-real engoliu em seco antes de prosseguir:

- Ela fugiu do castelo.

- De novo? – o rosto do rei ficou muito corado, que era característica sua, resultado de sua pele branca. Dessa forma seus cabelos e barba ruivos tomaram mais destaque.

- Sim, meu senhor, receio que esteja certo. Os guardas procuraram em todos os lugares e ela não foi achada.

Anthony era um homem avantajado e alto, andou de um lado para o outro, extremamente nervoso. Sua filha já fizera isso outras vezes, mas os guardas sempre a encontravam antes que ele sequer soubesse da proeza. E outras tantas vezes que os soldados impediram-na de escapar nos portões do castelo.

- Como ela fugiu? – perguntou depois de um tempo, os olhos castanhos brilhando de aflição.

- Por meio de uma corda feita com lençóis. - respondeu o vice-real timidamente - Mas senhor, os guardas já foram enviados para o vilarejo principal e para as outras vilas. Certamente é uma questão de tempo para encontrá-la.

Anthony ainda andou pela sala por mais algum tempo e por fim sentou-se no trono, dizendo:

- Pois bem, dos males o menor. Pelo menos a rainha não acordou ainda.

Guerra de EmoçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora