Capítulo dois

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Voltei para casa e sentei-me à mesa novamente, a Manu e o Silas estavam conversando e anunciaram ali mesmo que estavam namorando meus pais super aprovaram, pois eram amigos da família da Manu e por ela ser uma moça cristã.

Depois de ajudar a mamãe a lavar e guardar a louça eu fui para o meu quarto. Tomei um banho frio deitei na cama e comecei a pensar na minha vida e em tudo que estava acontecendo dentro de mim.

-Que carinha é essa? –ela falou entrando no quarto.

-Nem sei mãe.

Ela sentou na cama e eu deitei em seu colo sem dizem nada eu apenas me derramei em lagrimas eu não sabia explicar, mas com o namoro dos meus irmãos eu percebi que sentia falta de ter alguém comigo. Desde que tinha me decepcionado com um garoto que fingia gostar de mim, mas apenas ficou comigo por uma aposta e logo que eu me apaixonei ele me traiu e me deixou abandonada eu me retrai para o amor.

-O que foi meu amor? – minha mãe perguntou fazendo cafuné em mim.

-Será que eu vou ficar sozinha para sempre? –falei a encarando.

-Claro que não meu amor, tudo tem um tempo.

- Mas a Aninha só tem 17 anos eu tenho quase 23 e ainda estou sozinha.

-Porque desses pensamentos bobos? –Ela me encarava.

-Eu sou grata a Deus por tudo que eu tenho e pela pessoa que me tornei graças a Ele e graças a vocês, eu sempre foquei nos estudos e por isso me formei cedo e hoje vivo para obra de Deus e para o meu trabalho. Será que eu não falhei deixando minha vida sentimental de lado?

-Claro que não Liza, você colocou como prioridade aquilo que deveria ser colocado e não se esqueça de que você tem apenas 22 anos ainda tem tempo para viver muita coisa.

-Mãe, como você soube que o papai era o cara certo? –Perguntei.

-Eu cresci na igreja e desde cedo minha mãe me ensinou a esperar em Deus e quando eu tinha 17 anos eu comecei a namorar um rapaz, mas não demos certo juntos fiquei sozinha por uns três anos. Um dia estava sendo assaltada e seu pai me salvou e então nos tornamos amigos e aos poucos fomos descobrindo que não seriamos apenas amigos, mas que já existia paixão e amor entre nós. Eu soube que ele era o cara certo quando eu percebi que ele amava mais Deus do que a mim e sempre enfrentou os riscos que era viver ao meu lado, ele me respeitou buscando honrar a Deus no nosso relacionamento.

-Espero viver uma história de amor como a de vocês, quero alguém que me ame como o meu pai ama você e cuida tão bem da nossa família.

-Com certeza se você esperar e descansar em Deus ele vai te dar um amor bem mais bonito que o nosso. –Falou depositando um beijo em minha testa.

-Mãe! –Chamei e ela já estava na porta para sair.

-Que foi amor? –Falou me encarando.

-Eu te amo! –Disse.

***

As semanas correram e logo minhas férias acabaram e eu voltei a trabalhar ensinar não é fácil muito menos para crianças requer entrega, dedicação, paciência e muito amor pelo que faz, pois sem esses requisitos é impossível.

Ser professor no Brasil te deixa quase que a margem da sociedade, mesmo sendo a mais ou uma das mais importantes profissões, no Brasil ela não tem o devido valor que merece. Eu me formei aos 21 e trabalho em duas escolas uma municipal pela manhã e uma particular pela tarde.

-Pró! –Ela veio correndo e me abraçou pelas pernas.

-Oi Clarinha tudo bem? –Falei pegando ela no colo.

Fiz o mesmo com todos os outros alunos que tinham entre 4 e 5 anos e naquele dia não passei atividade apenas brinquei com eles e quis saber como foi as férias de cada um. A manhã passou rápido e eu peguei meu carro e dirigi até a outra escola que não ficava muito longe, almocei com a Taci que trabalhava próximo e fui direto para a escola.

-Eliza você está ainda mais bonita! –A diretora da escola falou me abraçando.

-Imagina, são seus olhos, mas muito obrigada! Você também está ótima emagreceu?

-Sim! 5 quilos. –Disse com um sorriso largo no rosto.

-Parabéns! E como vão as coisas aqui?

-Temos um professor novo veio para ficar no lugar da Ana, ele deve ter a sua idade é um gato!

-Nanda! –Disse repreendendo ela.

-Não é pecado achar um homem bonito e além do mais o Celso não se importa. –Falou se referindo ao esposo.

-Bom, eu tinha ficado com o primeiro ano B está confirmado isso?

-Sim, e a Malena está na sua turma.

-Que ótimo! –disse sorrindo.

A Malena era filha dela e eu a conheci desde pequenina quando comecei a estagiar naquela mesma escola.

Fui para minha turma e fiz as apresentações, tinha alunos novos e foi um pouco difícil lidar com eles e gravar seus nomes, mas eu me sair bem ele pareceram gostar de mim. Fui para sala dos professores e reencontrei meus colegas de trabalho.

-Liza esse é o professor novo que te falei. –Ela fala referindo a um rapaz que estava de costas conversando com o Gabriel.

Ele se virou e ficou de frente para mim, aquela imensidão azul que parecia ter pressão sobre mim estava me encarando.

-Liza! –Ele falou sorrindo.

-Oi Fred! –respondi completamente surpresa por vê-lo ali.

*****

Oiiie gente! me contem o que espera dessa história e quais tem sido as primeiras impressões de vocês, estou aberta a sugestões. Beijos da Maii <3

Descobri o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora