Capítulo nove

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Oiiie! como vai minha gente? Espero que bem, eu estou cansada, mas bem. Demorei mais estou de volta e postando esse capítulo lindo cheio de revelações, comentem o que estão achando e votem nesse capítulo, ok? beijocas da Maii

***

Eu gritei o mais alto que pude, mas estava próximo demais o carro a pegou em cheio quando a vi estirada no chão pálida e ensanguentada meu coração foi tomado por arrependimento e uma dor que nunca senti me apertava o peito enquanto lágrimas que a tanto tempo não faziam esse trajeto descia sobre o meu rosto. Corri ao seu encontro e me ajoelhei ao seu lado, clamei seu nome, mas ela já não me ouvia a respiração já estava fraca e seu corpo quase frio.

-Meu Deus! Por favor, não deixa ela morrer! –Gritava em prantos repetidas vezes.

A ambulância chegou e a levou, fui com ela segurando sua mão enquanto lágrimas não paravam de descer dos meus olhos.

"Será que eu a amava? Será aquela moça decidida e sincera tinha me mudado?"

Liguei para a Aninha e para o Victor e pedi para que ligassem para os pais dela, quando chegamos ao hospital eles chegaram juntos, pois moravam próximo ao hospital.

-Fred! Você está chorando? –O Victor me perguntou surpreso.

A última vez que chorei em público foi no enterro do meu avó paterno e isso quando eu tinha no máximo uns 8 anos de idade.

-Amor! –A aninha falou o repreendendo. –Como ela está? –Perguntou.

-Não deram noticias ainda do estado de saúde dela, mas ela veio desacordada. –disse segurando o choro.

Sentei-me em uma das cadeiras da sala de espera e curvei minha cabeça pedi perdão a Deus por ter agido de forma errada com Ele e com a Eliza e pedi para que não lhe tirasse a vida eu aceitaria se ela não falasse mais comigo, mas não queria perdê-la de vez.

-Familiares de Eliza Clark Maia.

-O que ela tem doutor? –A mãe dela perguntou aflita.

-Ela sofreu um acidente muito grave e por isso está em coma infelizmente não sabemos quando ela vai acordar e se vai acordar.

Meu mundo parou e meu chão desceu. Como assim não vai acordar? E o sonho que ela tinha de viajar para o México, conhecer o Canadá e os Estados Unidos? E o sonho que tinha de criar uma ONG ou uma creche para ajudar crianças carentes? E o casamento dos sonhos que tinha em mente? Não ela não podia morrer eu nunca me perdoaria por isso.

Depois que o médico autorizou a família a ir no quarto onde ela estava eu pedi para os pais dela me deixarem ir junto de inicio o pai dela resistiu, mas por insistência da esposa deixou que eu entrasse.

Eles saíram do quarto e eu entrei, lá estava ela com a aquela pele branca pintada por inúmeras sardas, os cabelos ruivos que de tão naturais pareciam tingidos, estava descansando tinha apenas poucos arranhões no rosto, mas estava usando aparelhos em todas partes do corpo.

Segurei sua mão que não estava mais gelada e levei até minha boca deixei ali um beijo demorado na expectativa de que assim como nos contos de fada ela pudesse despertar.

-Desculpa! Eu não queria que você estivesse aqui e nesse estado, mas posso lhe garantir ainda continua linda. –Disse acariciando seu rosto.

-Namorado dela? –Um médico que entrou na sala no momento perguntou.

-Fui idiota a tal ponto de nem permitir que isso acontecesse. –falei sincero.

-Ela discutiu antes do acidente? –perguntou.

-Sim, descobriu o quão canalha que eu sou. –Falei limpando uma lágrima solitária que insistia em descer.

-Prazer, meu nome é Thales eu sou o médico que vai acompanhar a Eliza.

-Me chamo Frederico.

***

Fui para casa já quase madrugada, depois de tomar um banho frio eu deitei na cama para dormir, mas não conseguia parar de pensar na Eliza e na culpa que tinha só de pensar que aquele acidente só aconteceu porque ela brigou comigo.

A Eliza era a garota mais linda que conhecia, pois era linda por dentro e por fora seu sorriso meigo me encantava, sua voz arranhada me alucinava, seus cabelos ruivos e as inúmeras sardas, aqueles olhos verdes tudo nela era lindo, mas era seu amor e dedicação a Deus o que mais me chamava atenção nela.

No início eu queria estar com ela apenas para desmoraliza-la e faze-la minha maior conquista já que foi a única mulher que me deu um não na vida. No começo eu era apenas um dom Juan e queria conquista-la a qualquer custo, queria ter o prazer de a deixa quando conseguisse o que queria aquela menina boazinha não seria assim a vida toda, aquela marra e ironia não resistiria para sempre.

Cada dia ao lado dela, cada mensagem, cada ligação, cada vez que a via meu coração batia acelerado, minhas mãos suavam e um sorriso involuntário brotava em meus lábios. Percebi que meu plano de apenas usa-la caiu por terra quando ela me beijou, eu sabia que ela estava apaixonada por mim, sabia o quanto ela acreditava na minha mudança e foi a partir daquele dia que eu descobri que eu também já gostava dela.

A Eliza sempre foi muito sincera e colocou seus interesses diante de mim e eu percebi o quanto ela confiava em mim, me disse que estava apaixonada por mim e pediu que eu lhe desse um tempo para orar a Deus sobre esse relacionamento, me contou alguns de seus sonhos, planos e projetos futuros.

Eu já gostava dela de um modo anormal cada dia que a conhecia fazia eu ter certeza de que ela era diferente de todas as outras, que ela era uma perola, uma joia rara que eu tinha em mãos e que precisava cuidar. Mesmo assim a minha carne falava mais alto, achava que por ela ser apaixonada por mim ela cederia as minhas vontades e aos meus caprichos. Era difícil beija-la e saber que nossa relação se resumiria apenas a isso, eu queria tê-la por inteiro, por completo, queria poder explorar seu corpo e poder dormir e acordar olhando para o seu rosto cheio de sardas.

Eu não gostava da ideia de ter que me casar com ela para que isso acontecesse, eu era jovem, apenas 24 anos de idade e futuro inteiro pela frente, não queria me prender a alguém pelo resto da vida, mesmo que esse alguém fosse a Eliza. Mas sem perceber eu me apaixonei por ela por seu sorriso bobo, pelo brilho dos seus olhos verdes, pela atenção com que tratava as pessoas, por tudo que fazia e como fazia, mas infelizmente só percebi isso depois do acidente.

Depois do acidente percebi que o quão idiota eu fui em tentar algo a mais com ela, cada dia que passei ali durante os oito meses em que esteve de coma foram de extremo aprendizado e fez eu descobri que era apaixonado por ela como nunca pensei que poderia ser por alguém.

Pedi perdão a Deus pelos meus erros e resolvi me redimir ao ir mais para os cultos e procurar fazer o que era certo. Tinha medo de que ela não acordasse tinha medo de não poder dizer para ela o quanto eu era apaixonado, o quando eu a amava, e que dessa vezes eu esperaria a eternidade se fosse preciso mais eu não mentiria mais para ela e eu faria o que fosse preciso para que acreditasse em mim.

Todas as tarde no horário do meu almoço eu ia visitá-la, ela parecia tão serena, tão calma queria que ela acordasse o quanto antes e orava para que isso acontecesse logo.

-Ah minha Ruiva, eu te amo tanto como eu não percebi isso antes? –falei pegando sua mão e segurando. –Queria tanto voltar no tempo e fazer tudo diferente, ter sido sincero e verdadeiro com você, todos os dias da minha vida irei me lembrar do mal que te fiz. Mas estou orando para que você acorde logo e torne a iluminar o mundo com seu sorriso e com seu jeito de ser.

Sabia que talvez ela não me perdoasse, que talvez ela nem mesmo se lembrasse de mim, mas eu lutaria para ela ao menos me perdoasse por todos os males que eu lhe fiz. Eu a amava e provaria isso ao tentar mudar minhas atitudes queria que ela se orgulhasse de mim e algum dia pudesse me ver como o Fred por que um dia ela foi apaixonada.

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