Capítulo quatro

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Na Sexta-feira o Victor foi lá em casa buscar a Aninha para sair, pois não tinha culto na nossa igreja e quem me aparece em casa? Sim! Aquele par de olhos azuis que passou a semana inteira me desprezando.

-Vim te pedir desculpa pela nossa última conversa e te convidar para ir no cinema comigo. –Falou me encarando me deixando no mínimo constrangida.

-Tá desculpado, mas eu não quero sair hoje não.

-Por quê?

-Porquê eu não quero. –Disse irônica.
-Será que dá para sair da defensiva? Eu estou querendo ser cavalheiro e gentil. –Falou fazendo uma cara tão “fofa”.

-Obrigada pela gentileza e cavalheirismo, mas eu não estou afim de sair. –Expliquei.

-Não liga não Cunhado essa daí vive enfurnada dentro de casa, só sai para o trabalho e para igreja. –A Aninha veio da cozinha.

-Mas um motivo para eu insistir, vamos eu prometo te pagar um açaí com bastante granola. –Disse com um sorriso no rosto.

-Quem te disse que eu gosto de açaí? –Perguntei surpresa.

-Tenho meus informantes. –Disse sorrindo. –Vamos, por favor. –falou quase implorando.

-Tudo  bem! Eu vou me trocar.

-Você está ótima assim.

-Até daqui a pouco. –Falei o ignorando e subindo para o quarto.

Vesti um vestido com estampa floral na altura do joelho, coloquei um colete jeans e  calcei meu tênis vans preto. Soltei meu cabelo cacheado que estava bem cheio  passei um batom rosa e coloquei perfume e desci.

A Aninha e o Victor já tinham saído, meus pais e o Silas não estavam em casa somente o Fred me esperava na sala.

-Ual! Você está maravilhosa! –Disse com um sorriso encantador.

-Obrigada! Vamos, antes que eu me arrependa. –Falei puxando ele para fora de casa.

Ele abriu a porta do carro dele e eu entrei e sentei no carona. É claro que eu orei antes de sair de casa e pedi proteção para nós dois e pedi também para Deus não permitir que eu criasse mais expectativas sobre o Fred e que somente eu tivesse por Ele uma amizade.

Ele escolheu o filme e graças a Deus não foi Terror, nem ação, foi uma comédia romântica que me fez derramar lágrimas e rir bastante. Nós conversamos nos divertimos e rimos bastante ele era muito divertido e bem menos chato do que eu pensava.

-Bom, foi uma ótima noite muito obrigada. –Disse.

-Eu que agradeço pela companhia. –Disse abrindo um sorriso.

Eu estava apoiada ao muro de frente para minha casa e ele passou o braço na minha frente me prensando completamente contra parede. Senti a respiração dele ofegante e bem próximo de mim. Meu coração estava acelerado e ele me encarava com aqueles olhos azuis que exercia uma estrema atração sobre mim que me fazia paralisar completamente. Meu corpo parecia não entender os comando que eu dava de tirá-lo de cima de mim e o afastar, minhas pernas estavam trêmulas e quanto mais perto ele chegava, mas eu ficava paralisada. Não conseguia olhar nada mais do que seus olhos eles eram como um mistério que eu queria desvendar, seu cheiro era bom e sua respiração quente e rápida sobre mim me fazia querer corresponder a tudo aquilo ele já estava quase me beijando quando um estalo na minha mente me fez despertar e eu me esquivei saindo de debaixo dos braços dele.

-O que você pensa que eu sou? Eu já te disse que eu não sou qualquer uma que você fica na hora quer e depois joga fora. –Falei caminhando em direção a minha casa e bati a porta.

Descobri o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora