Capítulo três

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-Liza! –Ele falou sorrindo.

-Oi Fred! –respondi completamente surpresa por vê-lo ali.

-Vocês se conhecem? – A Fernanda perguntou curiosa.

-Ele é irmão do namorado da Aninha.

-Sério?! Nossa, que coincidência! –Ela disse com um sorriso irônico no rosto.

Ele continuou me encarando.

-O que foi? Porque tá me olhando assim?

-Sua beleza me encanta. –Disse sincero.

Senti minhas bochechas arderem e podia jurar que estavam como dois pimentões vermelhos.

-Agora está mais linda ainda. –Disse rindo.

O sinal tocou e foi o que me salvou de ter que responder aos elogios do Fred que sem dúvidas alguma me deixava envergonhada.

-Tenho que ir! –Falei saindo apresada da sala.

Fui para casa sem me despedir do Fred ele não sabia, mas de alguma forma mexia comigo. Não tinha culto o que foi bom, pois estava totalmente cansada fora o turbilhão de pensamentos que me inundavam.

-Que cara é essa? –A Aninha entrou no quarto fazendo uma careta.

-Nada de mais. –Disse séria.

-Eu te conheço Eliza, o que foi? –Disse me encarando.

-Sabe quem é o professor novo da escola Nacional?

-Quem? O Igor?

-Não. –Disse rápida, nem lembrava do Igor que era um vizinho nosso também professor.

-Quem foi então?

-O seu cunhado.

-O Fred? Nossa!

-Sim, o próprio com aquele oceano nos olhos.

-Nossa! Humm!

-Não enche tá! –disse grossa.

-Meu cunhado é mesmo lindo, inteligente, mas não é um bom partido fica de olho.

-Porque não? –perguntei curiosa.

-Digamos que ele não seja um cristão tão exemplar, vai à igreja quando quer e já teve mais namoradas do que você tem namorados literários. –Disse com um meio sorriso.

-Entendo! –disse séria.

Depois de jantar, orei e dormir. Na verdade fiquei pensando na vida até o sono chegar de vez. Acordei cedo, fiz minha oração, me arrumei e tomei café.

Três dias passaram e cada dia o Fred parecia ficar mais lindo e mais galante, eram elogios por cima de elogios e por mais que não quisesse criar expectativas ou corresponder estava ficando cada vez mais difícil esconder que ele me atraia.

-Acordou mais cedo hoje? –Meu pai falou me dando um beijo na testa.

-Sim, tenho que arrumar as pastas dos alunos novos.

-Entendo, mas que carinha é essa?

Eu tinha a péssima mania de transparecer o que sinto e por mais que tente dizer que está tudo bem quando na verdade estou mal o meu rosto deixa claro a verdade eu era péssima em esconder sentimentos. Eu não sabia porque estava assim, mas toda vez que pensava no Fred ou até mesmo depois tê-lo encontrado toda vez que seu rosto vinha em minha mente meu coração se apertava e a sensação de estar próximo de um abismo me doía o peito e mesmo sendo completamente atraída por ele a minha razão me dizia que havia algo nele que eu não podia confiar.

Descobri o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora