Capítulo quinze

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Por Fred

Acordei extremamente dolorido depois de tanto apanhar do Hugo, meu corpo e minha cabeça doíam como nunca antes, mas o que mais doía era o meu coração um arrependimento me tomou por completo quando o Victor me falou o que eu tinha feito com a Eliza. Minha ruiva agora nunca mais olharia para minha cara e me odiaria pelo resto da vida.

Eu ouvi o Hugo conversando com o Diego lhe dizendo o quanto era apaixonado pela Eliza coisa que não precisava de muito para perceber, sempre soube que o cuidado e a proteção que tinha com ela não era de apenas um melhor amigo e isso sempre me incomodou, eu amava e sabia que ele também a amava e o quanto ele se encaixava no que ela tinha sonhado para ela a vida inteira.

Eu sabia o quanto ela o tinha como herói, o quanto ela o defendia com um unhas e dentes, o quanto ela preferia o abraço dele do que o meu, conversar com ele do que comigo, eu sabia que ela o amava e era só questão de tempo para que percebesse isso e me doía o coração saber que eu iria perder a mulher que mudou meu coração e a minha vida por inteiro.

Tentei mudar e me tornar alguém melhor para ela, mas eu não era o que Deus tinha para ela, não conseguia ser o que ela precisava que eu fosse. Ela sempre cedeu e talvez eu tenha me acostumado a isso e nunca me esforcei para mudar, eu errava e ela perdoava, eu ia para igreja uma vez na semana e ela aceitava, não que a culpa tenha sido dela, mas era confortável para mim pisar na bola e saber que sempre teria ela ali para me perdoar e me aceitar como eu era.

Porém eu sabia que ela estava mal por isso , que ela não era mais a mesma que ela não sorria como antes, que ela não conversava como antes que o peso daquele relacionamento estava totalmente sobre as costas dela e me odiava imensamente por ter o péssimo defeito de reconhecer o meu erro depois de perder.

Passei aquele dia inteiro tentar esquecer isso, mas logo recebi uma ligação que mudou ainda mais os meus pensamentos e fez eu me odiar por simplesmente existir. Depois que saímos do restaurante e a Eliza voltamos para praia e foi ai que recebi a ligação que mudou minha vida e fez ela virar de cabeça para baixo.

-Senhor Frederico Martins?

-Sim, quem fala?

-Aqui é o detetive João Miller.

Eu tinha contratado um detive para tentar encontrar meus pais biológicos, eu fui adotado aos 2 meses de vida, meus pais adotivos faziam trabalho voluntario no orfanato quando eu cheguei e como eles ainda não tinham filhos e já tinham algum anos de casados resolveram me adotar, pois “não é todo dia que se encontra um bebê branco de olhos azuis e cabelos lisos para adoção” foi o que minha mãe me disse uma vez.
Eu cresci tendo esse vazio  dentro de mim por mais atenção que os meus pais me desse nada me preenchia, nada me fazia feliz.

Passei anos indo a igreja apenas por ir, ficando com varias meninas por ficar, eu queria ter prazer, queria que algo me preenchesse e era na vida desregrada que eu conseguia isso pelo  menos temporariamente.

Resolvi encontrar meus pais biológicos pouco antes de conhecer a Eliza, mas quanto mais o tempo passava parecia que não havia um pista sequer de onde eles haviam ido parar. Depois do acidente a Eliza me levou de volta para Deus e eles preencheram o vazio que existia no meu coração.

Só que com o tempo o detetive ia encontrando algumas pistas aqui e ali e isso me deixava desnorteado porque não queria contar nada para ninguém, não queria dizer para Eliza que era adotado como ela havia me feito desde o primeiro dia de vida eu não aceitava isso tão bem quanto ela.

  Minha vida estava uma confusão por isso deixei de ir todos os dias aos cultos e não quis me envolver em nada, eu não conseguia pensar em mais nada além de uma solução para  a pergunta que eu mais tinha me feito na vida “Quem são meus pais?. Eu não queria ser um mal namorado eu realmente tinha aprendido muito com a minha ruiva e a amava profundamente, mas essa incerteza me fazia falhar.

Descobri o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora