Meses se passaram e só faltavam dois para o casamento da Taciele e eu descobri que o Fred seria o meu par. Nós não conversamos mais depois daquele dia no shopping nossas conversas se resumiram a assuntos de trabalhos ou cumprimentos por educação.
-Vamos nos reunir hoje para explicar e ensaiar a entrada dos padrinhos no casamento. –A Taci falou animada.
-Precisa mesmo disso? Não é só entrar de braços dados e pronto? –Disse cansada do dia corrido que tinha tido.
-Não vou nem dizer nada Eliza!
-Desculpa amiga, mas essas coisas parece frescura demais para mim.
-Entendo, mas para nós é necessário então contamos com você para o ensaio hoje a noite.
A noite chegou e eu fui para igreja com meus irmãos e cunhados já que todos seriam padrinhos do casamento. Estava orando a Deus sobre a minha possível aproximação e amizade com o Fred eu queria ajudá-lo, mas ele sempre tinha segundas intenções.
-Só fala a Jéssica e o Hugo. –O Diego falou contando os padrinhos que já estavam na igreja.
Ele já tinha chegado, mas não havia falado ainda comigo esse é o problema da minha sinceridade acaba afastando as pessoas de mim e no final eu me odeio por isso. No caso do Fred não, porque ele ter se afastado foi bom para mim, mas com outras pessoas isso me machucava.
Os padrinhos que faltavam chegaram e a organizadora da cerimônia pediu para que os pares fossem formados e nós acabamos ficando um do lado do outro.
-Boa noite! –Disse para ele que ainda não tinha me olhado.
-Boa noite cabelo de fogo!. –Disse com aquele sorriso irônico que só ele tinha.
-Não gosto que ...
-me chame assim! –Falou tentando imitar minha voz. –Você é muito previsível professorinha. –Disse rindo.
-Não sei porque eu ainda insisto em ser educada com você. –Disse séria e voltei minha atenção ao que a cerimonialista falava.
O ensaio foi rápido e acabou nem sendo tão chato como previa.
-Vai com a gente? –O Victor falou se referindo ao carro dele já que eu tinha deixado o meu em casa.
-Não, ela vai comigo. –O Fred respondeu.
Lancei um olhar de interrogação no mesmo momento, quem ele achava que era para tomar decisões da minha vida? Que raios de intimidade era que achava ter comigo?
-Quem lhe disse isso? Eu não...
-você não vai com eles, vamos. –Falou me puxando pelo braço.
-Me solta Frederico! Se você quer ao menos o meu respeito me respeite. –Disse irritada.
-Tudo bem, desculpa. A senhorita gostaria de uma carona até em casa? –Perguntou com um meio sorriso.
-Sim! – Disse entrando no carro antes que mudasse de ideia.
"Lindo demais, não tem como negar essa voz grave e rouca fazem as palavras parecerem mais bonitas."
Despertei dos meus devaneios com sua mão repousada em meu rosto e não pude evitar fechar os olhos ao sentir seu polegar percorrer meu rosto e parando sobre os meus lábios acariciando com carinho e desejo. Ele me enlouquecia.
Tudo que queria era permitir que ele fizesse o que nós dois queríamos, mas que tipo de cristã eu seria se fizesse isso? Sim, era só um beijo, mas ele não era meu namorado, ele não tinha um compromisso comigo e isso não estava correto.
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Descobri o amor
EspiritualEliza foi abandonada aos 2 meses em um orfanato e adotada aos 4 anos de idade por Luana e Felipe, tem dois irmãos a Anna e o Silas e 5 amigos inseparáveis Diego, Evelin, Taciele , Rodrigo e seu melhor amigo Hugo. Ela é uma moça determinada e decidid...