Prólogo

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Prólogo

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Prólogo

Nesses últimos seis meses eu deixaria de ir para qualquer lugar ou a seguiria onde ela fosse. Faria o que ela quisesse. Nesses últimos seis meses eu tenho sido o namorado perfeito e tenho tido a namorada perfeita também. Tenho vivido momentos de tanta felicidade que nunca havia imaginado viver. Não eram apenas momentos felizes, era felicidade constante.

Ajoelhando-me lentamente, apoio as mãos em minhas pernas fracas pela decepção e passo os dedos por meus cabelos quase arrancando-os. As pessoas dizem saber o que é o amor – eu afirmei também – provei os dois lados dele. O doce e o amargo, a dor e o lenitivo, alegria e a tristeza profunda. Eu sabia como poderia ser doloroso amar, ainda assim dei a oportunidade de viver esse amor novamente. E com a mesma mulher.

Quem me dera eu tivesse tido forças para aplacar o sentimento dentro de mim, então talvez eu tivesse mandado esse amor ir embora junto com a mulher que novamente, dilacerou meu coração. As pessoas recebem as escolhas em suas mãos, exceto sobre o amor. Não se escolhe quem amar, mas se existe algo sobre escolhas é que a verdade deve sempre ser a primeira escolha. E isso ela não fez.

Fico encarando as palavras no papel até começarem a desfocar por causa das lágrimas que embaçam minha visão. Aperto os olhos e afundo a cabeça nos joelhos, aperto os papéis em minhas mãos até que meus ombros começam a tremer. Tento conter a raiva que cresce dentro de mim por ter sido enganado levianamente. Lágrimas traiçoeiras irrompem dos meus olhos violentamente. Me levanto e sigo até a gaveta de onde tirei esses papéis, há seis meses esquecidos. Pego a caixa que havia deixado lá para guardar o anel que eu usaria hoje à noite, para fazer o pedido de casamento a minha amada namorada. Tiro o anel da caixa e arremesso longe, ele bate na parede e cai no chão fazendo um barulho fraco de metal contra o piso. Pego um carro de minha coleção em uma das prateleiras do meu quarto e arremesso no reflexo do espelho, no homem mais idiota do planeta. Ver a fraqueza de minhas lágrimas me deixa ainda mais furioso.

Agarro o porta retratos com a foto dela sorrindo angelicalmente e arremesso contra a parede, os cacos do vidro se espatifam no chão assim como o espelho. É como está meu coração agora, sangrando e em pedaços.

- Como ela pôde fazer isso comigo? – Grito.

Eu poderia perdoar qualquer coisa, menos o que está escrito nesse envelope. Ninguém que faz algo assim e é capaz de viver sem culpa pode ser considerado ter um coração.

A porta se abre e ela aparece assustada, olhando-me com nítida preocupação. Os olhos dela se prenderam aos meus e eu senti ainda mais angústia, dor e raiva por amar tanto assim. Meu coração está despedaçado no peito. Meus lábios se abriram para falar, mas não saiu som algum deles. Ela se aproxima sem receio nenhum e eu me afasto, agora sinto nojo dessa mão que se estende em minha direção.

Antes, ela era meu tudo, meu coração. Minha alma não poderia sobreviver a nada sem ela. Se ela não estava no meu mundo, então o mundo estava fora de lugar e meu coração pararia, como parou durante sete anos sem ela.

- Amor, o que você tem? O que houve? – Seus olhos estão assustados e preocupados.

- Você mentiu esse tempo todo. – Aponto o dedo em sua direção. – E eu não vou te perdoar.

Dessa vez não cairia em suas mentiras. Estava ali, bem claro que ela não merecia nem um terço do que tenho oferecido a ela. Nada, nenhuma centelha do meu amor. Muito menos do meu perdão.


Olá, como prometido está ai o prólogo, o que acharam? Em breve posto o primeiro capitulo e vai ser surpresa. então fiquem ligados.

Beijosss

INTENSO E INESQUECÍVEL DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora