3 meses depois
Luiza estava ansiosa, suas mãos tremiam e suavam frio. Olhou para o banco de trás e viu Sophie dormindo como um anjo, isso acalmou seu coração.
A viagem era longa e cansativa, mas já estavam chegando. Pela primeira vez na vida, Luiza estava indo na casa dos sogros, que estavam loucos para a conhecerem. Certo que ela não tinha mais idade para ficar nervosa e essas coisas, mas fato é, que estava. Tinha medo de que os pais de Felipe não gostassem dela, se achassem que ela não era o que eles esperavam.
Olha para o lado do motorista, e encontra Felipe sério, concentrado em sua tarefa de dirigir o carro. Ele estava lindo, seus cabelos estavam bagunçados e existia um pequeno vestígio de barba aparecendo em seu maxilar largo.
Felipe era um homem que deixaria qualquer mulher maluca, só de olhar para ele. Daqueles que só se vê em filmes. Seus olhos, mesmo concentrados, mostravam um brilho forte e intenso, estava apertando os dentes de cima nos de baixo, essa era uma mania que ele tinha quando estava sério, forçar as mandíbulas.
Luiza olha para ele, se sente muito feliz, é como se Carlos Eduardo não existisse mais. Como jogou seu chip fora, não voltou a receber ligações dele, e não o viu mais.
Luiza sorri, e acaricia a face de Felipe, que sorri de lado, deixando sua namorada sem ar. Ele olha pelo retrovisor e se certifica de que Sophie está dormindo.
- O que foi? -Felipe sussurra, com um sorriso travesso brincando em seus lábios, formando uma covinha do lado direito, e fazendo seus olhos encolherem.
- Nada, ué. -Luiza diz, sorrindo apaixonadamente. Se sentia uma adolescente com os hormônios à flor da pele. -Acho que estou ansiosa...
- Ansiosa? -Felipe aumenta o sorriso.
- Sim, ansiosa. Nunca fui à casa de nenhum sogro, nunca namorei Felipe.
- Sabe? Me custa acreditar que não namorou, ou sequer saiu com alguém nesse anos todos... Meu amor, você é linda. Assim, linda mesmo. Sabe, daquelas de parar o trânsito? Sem óculos então, nossa!
- Ei, obrigado. Você também não é dos mais feios... -Luiza diz em tom de brincadeira.
- Obrigada, senhora convencida. Sei que não sou de se recusar! -Felipe brinca. -Mas sério Luiza, você nem saiu com mais ninguém? Tipo, nem um beijo?
- Por que está me perguntando isso? Não faz o seu feitio, gostar de saber dos caras com quem eu já saí. -Luiza diz, franzindo a testa. Ela não gostava desses assuntos, se sentia desconfortável e até meio criança, era esquisito o fato dela já estar quase na casa dos trinta e agora que começou um namoro sério.
- Não sei. Acho que é curiosidade mesmo. É que é estranho, sabe. -diz dando de ombros.
- É, eu sei. Bom, nunca namorei mesmo. Só tive o Cadu, que pensei que pudesse dar em alguma coisa -Luiza percebe que ele encolhe os olhos e morde mais forte. Ele não suportava nem mesmo o nome de Carlos. -Mas, na verdade, teve outro cara que saí uma vez, depois que Sophie nasceu, acho que é Jeff. Mas achei ele muito esquisito, e muito para frente. Saímos duas vezes e na terceira, ele queria me levar a um motel... nem nos beijamos, e ele reservou um quarto. Num motel. Não dá para acreditar né!? Odiei ele, e nunca mais o vi.
- Ainda bem que te esperei... -Seu tom era brincalhão.
- Ei, o que quer dizer com isso?
- Que se eu não tivesse esperado, muito provavelmente você ficaria para titia. Morreria solteira, eu diria.
Luiza ri e empurra seu ombro.
O relacionamento dos dois era sempre assim, cheio de brincadeiras e alegrias.
Felipe era muito apaixonado por ela, obviamente, não estava a esperando, mas por ironia do destino, hoje ele encontrava-se namorando a mulher de sua vida. Mesmo que a vida não os fizessem cruzar os caminhos, ele provavelmente continuaria apaixonado por ela. Luiza foi a primeira mulher que ele olhou como alguém que pudesse fazer um futuro junto, a única com quem ele quis formar uma família.
Felipe fazia dos dias de Luiza, os melhores, a fazia sentir-se segura. Plena.
Chegaram à casa dos pais de Felipe, que receberam Luiza e a pequena Sophie como se já fizessem parte da família a tempos. Foram super calorosos e isso fez com que ela tivesse mais certeza ainda sobre seu relacionamento com Felipe. Teve certeza que ele era o homem ideal para ela. Era isso que ela queria, e era isso que ela teria.
A casa de Inácio e Lurdes era simples, mas muito aconchegante. Luiza se sentiu muito a vontade, mas vendo todo o amor e carinho que os pais de Felipe davam a ele, sentiu falta de sua mãe e pai.
Quis poder estar junto deles, os abraçar, beijar, dar e receber todo o carinho que pudesse.
Ficou horas imaginando o que sua mãe estaria fazendo. Com qual roupa estaria, se estaria assobiando ou até mesmo cantando.
Dolores era uma mulher extremamente feliz e bem resolvida. Seu sorriso dificilmente saía de seu rosto. Sempre com bons conselhos para dar, sempre com a solução em mãos. Luiza sentia muita falta desses cuidados.
Agora, Luiza tinha por obrigação, repassar tudo o que Dolores ensinara à Sophie. Agora, precisava ser tão boa mãe, quanto a sua foi para ela.
Luiza precisou crescer e amadurecer tão rápido, que acabou ficando perdida no tempo e em suas ações. Era como se os anos tivessem passado, e Luiza não os tivessem vivido.
Luiza anda pela casa pensando.
Se dedicara única e exclusivamente à sua filha, tanto que se esqueceu de si própria. Já havia a muito tempo esquecido de como era beijar e ser beijada, amar e ser amada, esqueceu-se de que ela ainda era humana, que a maternidade não a transformou em um ser de outro mundo. Não. Luiza ainda era mulher, romântica, divertida, extraordinária. Só havia passado muito tempo na pose de super mulher, dedicada ao máximo à sua filha e profissão, que se esqueceu de algo que era tão importante quanto, o seu coração.
Se encostou na porta dos fundos da pequena casa e cruzou os braços, olhou para sua mão e viu o solitário dourado brilhando, esse era o símbolo que dizia que ela jamais voltaria para Cadu, e ainda mais, significava uma nova vida, um novo rumo, um novo amor. Significava, o homem que a estava fazendo feliz, que estava transformando uma mulher sem vida, em outra cheia de esperança e de sonhos. Felipe havia ressuscitado uma parte de Luiza que ela havia colocado para dormir a muito tempo.
Sentou um abraço forte por trás, seguido de um beijo atrás de sua orelha, e pode ver que agora estava completamente feliz.
-Obrigado! -Luiza diz virando-se para olha-lo nos olhos.
-Obrigado? Pelo quê? -os olhos de Felipe se encheram de confusão.
- Por me fazer sentir mulher. -Luiza diz e o beija arduamente.
-
Olá amores! Que saudades de vocês! Passei uns dias bem corridos, mas aqui estou novamente, e adivinhem?Eu vim para ficar! Hahaha
Tá, desculpem, me empolguei kkkk só estou muito feliz! Feliz mesmo.
Não esqueçam de votar e comentar!
Beijos no coree ♡
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Para Sempre, Amor (revisando)
Romance"Quando a vida se multiplica..." A vida é uma tragetória cheia de altos e baixos, cheia de curvas as quais não se vê o que vem em nossa direção. E é exatamente isso que acontece com Luiza, uma jovem médica, com uma filha de apenas quatro anos de ida...