O pior sentimento de todos é saber que você caminha para uma morte certa.
Luiza se sentiu num filme de terror, não sabia nada sobre o paradeiro de sua filha, não sabia de seu namorado, e a única pessoa que ela sabia como estava era Cadu, e seu estado era tão péssimo quanto o dela.
Por um momento, os olhos de Luiza e de Cadu se encontraram, os dois ficaram se encarando, e no olhar dele além de dor, existia um pedido de desculpas oculto. Um arrependimento brutal, que doía ser visto. Uma dor que doía além do psicológico, que doía materialmente.
Luiza percebeu que de alguma forma, Cadu estava perturbado, sua mente estava conturbada como a dela, mas não apenas pelo que ocorria momentaneamente com eles, mas algo muito traumático que aconteceu.
Luiza queria falar, queria perguntar onde estava Sophie, e como ela estava. Ela queria saber porquê Cadu estava com aquele olhar meio perdido, o que havia acontecido.
Tentou pedir para que tirassem sua mordaça, sua boca doía muito, de tanto aquela faixa de pano apertar e roçar dentro de sua boca, haviam se formado grandes assaduras. Ela não conseguia engolir muito bem a saliva, pois sua língua era pressionada.
Lembrou-se de qualquer coisa que tinha visto em filmes. Tentou forçar para arrebentar as cordas que prendiam suas mãos, mas elas eram muito mais forted do que representavam e com muito custo, conseguiu afrouxar, mas Débrah viu o que acontecia e deu ordens em francês para um dos homens que a olhou enfurecido, caminhou rapidamente na direção de Luiza, e ela tentou se soltar com mais rapidez em vão. Suas pupilas dilataram, temeu o que pudesse acontecer com ela, forçou mais e mais sem nenhum resultado. O homem que antes estava encapuzado a chutou forte na altura do quadril a fazendo cair com a cadeira por cima de si, machucando seus braços que estavam presos para trás.
- Luiza... -Cadu tentou se arrastar para ajudá-la, mas sem poder locomover com rapidez as pernas, demorou o suficiente para Débrah o barrar.
- Cadu, mon amour. -Débrah diz com tom de reprovação - Eu disse que você a veria morrer, mas não disse que você iria a ajudar... -ela segurou firme seus cabelos e o arrastou novamente para onde ele estava. - Ainda bem que você perdeu alguns kilos não é, querido. Se ainda estivesse pesando muito eu não conseguiria manipular esse corpo tão gostoso, tão bem! -Débrah usou um tom bem sensual na voz, um exagero totalmente desnecessário, que Luiza não conseguiu entender.
Débrah se voltou para Luiza, que gemia olhando para a sena.
- Luiza, você é muito mal criada! Dios, seus pais devem se envergonhar de você. Mas não se preocupe, cher, eu vou te educar, e eles não vão mais passar vergonha por você! -Débrah tirou uma faca de dentro de seu bolso, e Luiza ficou com muito medo do que viria pela frente - Sabe, você é realmente uma mulher bastante bonita, só é bem sem sal... -puxou o cabelo de Luuza força pra trás, a fazendo levantar a cabeça, colocou a faca sobre o seu abdômen e mesmo por cima da blusa, Luiza sentia o frio da lâmina. Vagarosamente Débrah foi subindo a faca, a roçando em seu seio esquerdo e seu pescoço. Luiza ficou tensa, pesou que Débrah fosse cortar seu pescoço e a deixar sangrar até morrer. Débrah apertou um pouco a faca e Luiza pode sentir sua pele arder com a pressão, seu pescoço começou a sangrar e ela fechou os olhos, apenas esperando o corte, mas não, Débrah apenas a machucou e começou a subir novamente a faca - Seu cabelo é tão bonito... -colocou a faca nos cabelos de Luiza, e num movimento único e brusco, cortou todo o cabelo, que antes estava no quadril, e agora acima dos ombros - Era!
Quando Luiza viu suas madeixas caindo ao chão, se desesperou. Do seu corpo, o que ela mais amava, mais zelava era seu cabelo, começou se debater e com isso acabava se machucando mais.
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Para Sempre, Amor (revisando)
Romance"Quando a vida se multiplica..." A vida é uma tragetória cheia de altos e baixos, cheia de curvas as quais não se vê o que vem em nossa direção. E é exatamente isso que acontece com Luiza, uma jovem médica, com uma filha de apenas quatro anos de ida...