Capítulo 18

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Estava muito frio naquele fórum de justiça, mas mesmo assim Luiza suava frio, seus nervos e mãos estavam levemente trêmulos.

Ela estava intimidada por estar naquele lugar tão grande, um lugar que jamais pensou que poderia estar. Se sentia como um réu.

Por mais que acreditasse que ganharia àquela causa, sentia-se insegura e com muito medo.

Ouviu o som da grande porta se abrindo atrás de si, imaginou a cena mas nem quis virar, nem olhou para tras pois já sabia quem era.

Ouvia os passos se aproximando cada vez mais, e sua garganta ardeu, sentiu um inchaço tomar conta de seus olhos, suas narinas esquentaram com uma vontade muito grande de chorar, sua cabeça latejava a cada novo passo em sua direção.

Como ela pode deixar as coisas chegarem nesse ponto. Por que ela não sumiu enquanto era tempo? Por que ela foi tão imbecil e mais uma vez ingênua?

Percebeu que os passos pararam assim que chegaram a seu lado, não quis olhar, se sentiu ainda mais intimidada. Não queria de forma alguma olhae, mas seus olhos não a obedeceram e sua cabeça lentamente foi se virando para o lado em que se encontrava aquele sujeito com um terno de grife, muito caro para a ocasião.

Ele lhe olhou no fundo dos olhos e lançou um sorriso irônico.

- Luiza, Luiza, Luiza! Eu te avisei que as coisas não ficariam assim... Não finja que não sabia! -balançou a cabeça negativamente -Você sabe, querida -ele foi se aproximando, fazendo a respiração de Luiza falhar -, você sabe muito bem que a corda arrebenta para o lado do mais fraco.

- Não, você não vai ganhar isso! -Luiza diz incerta - Ninguém vai tirar a minha razão... E se eu soubesse, jamais teria ficado neste lugar. -ela cospe as últimas palavras. Sentia vontade de gritar, de chorar, sair correndo e levar Sophie daquele lugar. Jamais voltar.

Todas as suas emoções pioram quando ouve aquela risada alta e de puro deboche tilintar em seus ouvidos.

- Você acha mesmo? -ele ri outra vez, como se aquilo fosse a coisa mais hilaria que ele já tivesse ouvido na vida -Olhe bem para você, Luiza, olhe para a sua família - instintivamente Luiza olha para trás e vê seus pais, Dolores acenava para ela com muita simplicidade, Afonso apenas estava sério, olhando para ela com um olhar de vai dar tudo certo. Suas vestes eram muito simples e seu pai estava com uma botina velha, sentiu seu coração doer. -Seus pais não tem influência nenhuma numa cidade como esta. Eles são pobres, e você sabe que o que manda nesse Brasil, é o dinheiro. Já eu e meus pais... ah Luiza, eu já nasci em berço de ouro. Eu tenho tudo o que eu quero na palma de minhas mãos. E com a Sophie não será diferente!

- Não Cadu, não!

Luiza acorda aos berros:
-A Sophie não, Cadu! Não... -soluça- A Sophie não... - sua voz de gritos estridentes, se tornou um sussurro assombrado.

- Por Deus, Luiza! -Felipe a abraçou falando baixinho. -Está tudo bem? -em seu olhar existia muita confusão.

- Não Felipe... Não está nada bem! -ela diz e vê Sophie se mexer, sente vontade de a pegar nos braços, a abraçar, beijar e ficar o máximo que puder agarradinha a ela, mas não quer atrapalhar o sono da pequena. Apenas chora.

- Venha, vamos tomar uma água e conversar lá na cozinha. -Felipe diz a puxando da cama, com muito carinho.

- Mas, e Sophie?

- Não vai acontecer nada com ela. Fique calma, por favor.

Luiza ainda soluçava e sentia muito medo, medo de perder seu bem mais precioso, seu grande e verdadeiro amor.

Relutou um pouco, mas logo seguiu Felipe até a cozinha.

- Sente-se. - Felipe diz puxando uma cadeira para que ela se sentasse. -Me conte o que aconteceu. -sua voz era doce e terna.

- Eu, eu tive um sonho... um sonho horrível. Era o Cadu... -a voz de Luiza se tornou falha, e logo se transformou novamente em um choro incontido. Felipe com todo amor e paciência do mundo se colocou de joelhos em sua frente e a abraçou.

- Calma, tudo no seu tempo, meu amor. Quando achar que é a hora, me conte, não precisa se apressar.

- Felipe, você é maravilhoso. Você tem paciência comigo, obrigada! -Luiza chorava enquanto dizia.

- Não me agradeça por te amar, para mim, é o maior dos privilégios do mundo. -levanta sua cabeça para olhá-la e seca uma lágrima com seu polegar.

- Meu Deus... Você não existe! -sorriu fracamente.

- Não fique assim, seja lá o que foi que sonhou com aquele traste, não vai acontecer, ele não voltará a te perturbar, jamais. Confie em mim!

- Eu confio, mas é difícil... -Luiza chora mais com a lembrança do sonho. - Ele, ele ia tirar Sophie de mim... ele ia comprar a justiça e ia ficar com ela. Oh meu Deus! Eu não suportaria! - abraça o próprio corpo - Felipe, eu não conseguiria viver sem ela... Ela é parte de mim.

-Eu sei, meu amor... mas isso não vai acontecer, não tem por quê acontecer. Você é uma excelente mãe, ninguém pode tirar ela de você!

-Eu tô com muito medo, Felipe... muito medo!

- Não tenha medo, meu amor. Eu estou aqui com você! Não confia em mim?

- Sim, claro que confio em você, mas não confio em Cadu. Não confio mesmo nele. Eu acredito que ele pode fazer qualquer coisa para me ferir, assim como já feriu muito.

-Mas não vai. Para isso, ele terá que me matar primeiro.

- Desculpe... -Luiza diz, voltando a chorar.

- Pelo o que meu amor?

- Por isso... eu sou cheia de problemas, e você é calmaria... me desculpe por fazer você ficar preocupado, por isso tudo...

- Shiu. -Felipe cala a boca de Luiza com o dedo indicador, a beijando em seguida. - Luiza, eu quero você, do jeito que for, com ou sem problemas pessoais, eu te quero, completa... do jeitinho que você é. E nada vai mudar isso!

- Obrigada novamente!

- Já disse para não me agradecer...

- Desculpe.

-Não se desculpe também. Amanhã, você vai se mudar para a minha casa. Lá ele não vai te incomodar.

- Não, eu não posso. Tenho minhas coisas...

- Não estou te questionando. Esta decidido. Amanhã, certo?

Luiza assente e o beija com desespero.

- Amanhã!  -ela diz.

- Hey pessoal!
Tudo bem?
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Beijos no coree!
C

apítulo dedicado à linda da queen0f_theclouds Meus parabéns pelo aniversário flor! ♡

Para Sempre, Amor (revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora