Walking in the park

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Normani P.O.V

Tivemos uma conversa agradável durante todo o jantar, Dinah me fazia rir, ela era extremamente engraçada, seu jeito de ser era bem palhaço, eu gostava disso. O sorriso no rosto dela era lindo, e os nossos sorrisos juntos eram mais ainda. Meu plano não era bem esse, de ter uma noite extremamente divertida ao lado da loira alta e bonita a minha frente, pensei que apenas seria um jantar de negócios, mas parece que com Dinah tudo é uma caixinha de surpresas.

Terminamos de jantar e Dinah logo pediu a conta.

- Tenho uma ideia. -  Ela disse animada.
- Qual? - falei curiosa.
- Podíamos ir ao parque que fica aqui perto né? - Sugeriu.
- Sim, claro. Sempre quis ir naquele parque. - Falei mais animada.
- Então,  o que estamos esperando? - Ela disse e fomos.

Entramos no carro de Dinah e seguimos em direção ao parque. Em cerca de quinze minutos estávamos em frente aquele lugar maravilhoso e super iluminado, as luzes de néon contrastavam com a noite que deixava tudo mais lindo.
Fomos até a entrada para comprar os ingressos e assim que entramos pude ver o quanto aquele parque era mais mágico de perto, era algo surreal. Me sentia como uma criança encantada com as luzes e os brinquedos.
- Ai meu Deus, isso é incrível. Me sinto como uma garotinha prestes a ter o melhor dia da sua vida. - Falei observando em minha volta as pessoas e as luzes frenéticas que piscavam por todos os lados.
- Realmente aqui é maravilhoso. - A loira ao meu lado disse e sem que eu esperasse me puxou para mais adentro do parque.
Dinah entrelaçou seus dedos nos meus e me puxou em direção a barraca de tiro ao alvo. Sua mão quente e macia entre a minha fazia com quem me sentisse viva, protegida, eu gostava daquilo, de como o meu coração batia descompassado dentro da minha caixa torácica.
- Eu sou boa nisso, veja só. - Dinah disse para mim antes de começar sua sessão de tiros de mentira nas latas posicionadas na barraca em que estávamos. Quatros latas foram no chão e ela ganhou um urso de pelúcia,  ela escolheu um ursinho preto que segurava um coração vermelho escrito em espanhol "Te quiero" ela deu o urso pra mim, e me derreti toda com o ato e com aquele sorriso convencido que ela tinha.
- Podemos ir ali? - Perguntei pra ela apontando para um brinquedo onde tinha várias cadeiras e elas giravam, me lembrava minha infância, quando eu era pequena costumava ir no verão com minha família e esse era o meu brinquedo favorito.

- Claro, podemos ir em qualquer um. Há fichas o suficiente para brincarmos mais de uma vez em qualquer brinquedo. Mas depois eu quero ir na montanha russa, combinado? - Dinah perguntou.
- Combinado.
Pegamos a fila e esperamos até que pudéssemos entrar, Dinah ficou na cadeira a minha frente e sempre olhava para trás apenas pra me ver de olhos fechados sentindo o vento bater suavemente em meu rosto, em um relance pude ver que sorria ao me observar tão à vontade.
- Feche os olhos Dinah, sinta o vento em seu rosto, imagine coisas boas. - Eu disse para ela.
- Vou imaginar Normani, tudo o que eu puder. - A loira disse sorrindo com os olhos fechados e os braços abertos.
Saímos em direção ao próximo brinquedo, a montanha russa. Eu estava com um pouco de medo, confesso, mas era bom sentir isso.
- Está com medo? - Dinah perguntou.
- Um pouco na verdade. - Respondi.
- É legal, você vai ver. - Ela disse.
- Tenho medo de altura. - Disse olhando para baixo e encarando o chão.
- Eu vou estar bem do seu lado. - A loira disse levantando meu rosto e sorrindo para mim.
- Tudo bem.
Entramos no carrinho e travamos a tranca de segurança, minhas mãos suavam e meu estômago se contorcia por dentro. O carrinho começou a andar, ele subia devagar numa reta quase interminável, quando chegou no topo ele parou, eu sabia o que estava por vir.

- Normani abra os olhos agora!- Dinah disse bem na hora em que o carrinho desceu com tudo. Foi inevitável o grito que saiu da minha garganta no segundo seguinte. - Jogue seus braços para o ar Mani, o frio na barriga é inevitável. - Ela disse pondo seus braços para cima deixando o vento balançar eles.
Fiz o que ela disse e gritei, olhei para o meu lado e ela fazia o mesmo, gritava comigo também.
- Grite Normani, é bom.
- Aaaaaaaaaaaaaaaa. - Gritei e Dinah me acompanhou no grito. O carrinho descia, subia e fazia curvas violentas jogando nossos corpos para frente e para trás, fazendo nosso sangue queimar em adrenalina. No próximo minuto o carrinho parou e nós descemos.
- Que tal eu te comprar um algodão doce e depois irmos na roda gigante? - Dinah perguntou.
- Pode ser. - Respondi.
Caminhávamos lado a lado falando sobre nossas vidas, experiências, aventuras, sobre o que queríamos para o futuro, apenas compartilhando histórias. Dinah tinha conteúdo e era isso o que me impressionava, eu gostava de conversar, e ela me prendia na conversa com o seu jeito engraçado e divertido, com ela nunca faltava assunto.
- Que cor você quer, rosa, azul, verde ou amarelo? - Ela me perguntou se referindo ao algodão doce.
- Amarelo, minha cor preferida.
- Então, me dê um amarelo por favor. - Dinah pediu para o homem que estava dentro da barraca de doces.
- Aqui. - Ela me entregou o algodão doce amarelo que mais parecia o sol. - Podemos ir na roda gigante agora?
- É tão alto, você quer ir mesmo? - Perguntei.
- Quero, mas se você não quiser ir não tem problema.
- Eu quero sim, só tô com um pouco de medo. - Falei sendo sincera.
- É só não olhar para baixo, olhe para mim, okay?
- Okay.
Dinah e eu esperamos na fila por uns cinco minutos até ter uma cabine vaga, sentamos uma do lado da outra e logo senti o brinquedo rodar e subir com a nossa cabine, um frio na barriga se instalou em mim e minhas mãos suaram de aflição, olhei para baixo e agora as pessoas pareciam formigas.
- Olhe para mim, não tenha medo. Veja como as luzes da cidade são lindas daqui de cima. - Dinah disse tentando ter minha atenção para si.
Fiz o que ela disse, olhei para o horizonte e vi as luzes da cidade, eram lindas como pequenos vagalumes acesos.
- É lindo. - Falei perdia na vista do horizonte.
- Só não mais que você. - Ouvi ela dizer perto de mim, com uma voz arrastada e cheia de intenções.
Me virei para olhá - la ela percebi o quão linda Dinah era, e talvez o quão estúpida eu seria se desperdiçasse uma chance com ela. Era novo pra mim, eu não lidava com relacionamentos ou algo sério fazia um ano, não sabia se ainda daria conta disso, mas por segundos deixei de pensar no futuro que ainda nem aconteceu e passei a pensar no que eu queria agora, e eu queria beijá - la.

Dinah P.O.V

O rosto de Normani me estudava agora, seus olhos me transmitiam uma confusão e uma certeza, era difícil decifrar, por si só ela era um mistério total. Seus lábios carnudos e bem desenhados tinham minha total atenção, a noite toda minha cabeça vagou por aí imaginando como seria beijar ela, e agora nós estávamos frente a frente.
- O que você imaginou, naquela hora em que estávamos nas cadeiras? - Ela me perguntou.
- Imaginei como seria te beijar, e estou imaginando isso a noite toda para ser sincera. - Confessei jogando para o lado toda a vergonha que tinha.
- Estamos esperando o quê? - Normani disse e no seguinte piscar de olhos o seus lábios se encontravam sob os meus.
Minha mão repousou em sua nuca apenas para trazê - la para mais perto de mim com a intenção de não quebrar o beijo, nossos lábios moviam - se devagar e degustavam o gosto uma da outra, e o ato era bem melhor do que apenas o pensamento vagante em minha mente. Mordi seu lábio inferior trazendo - o para mais perto de mim e logo em seguida chupando, a língua da garota a minha frente deslizou para dentro da minha boca dando início a uma guerra de domínio que eu deixei ela vencer, o nosso beijo era calmo, mas minhas mãos inquietas, uma das minhas mãos apertava sua cintura enquanto a outra estava perdida em seu cabelo, a distância entre nossos corpos era mínima, em um desespero para tê - la mais perto de mim, minhas duas mãos puxaram sua cintura para o meu colo e sem quebrar o beijo a morena se encontrava no meu colo beijando - me com mais veracidade. Sentimos a roda gigante voltar a roda e percebemos que teríamos que nos separar, os beijos diminuíram e foram encerrados com selinhos.
- Poderia fazer isso o dia todo. - Falei vendo uma Normani envergonhada.
- Quem sabe você pode me levar pra sair outra vez. - A morena sugeriu.
- Como adivinhou que eu chamaria você pra sair comigo outra vez? - Disse me fazendo de convincente.
- Pela sua cara de trouxa eu sei que me chamaria. - Ela disse brincando comigo.
- Acertou em cheio, que tal assistirmos um filme lá em casa sábado? - Falei.
- Pode ser. - Ela disse topando.
- Então é um encontro? Oficial? - Perguntei.
- Talvez Srta. Convencida. - Ela disse me dando mais um selinho e piscando para mim.



Continua...

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