Psycho

Felizes para sempre?

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Depois de varias semanas, quase um mês, Luhan já tinha um plano de fuga em mente, mas não sabia se daria certo para ele, sabia somente que daria certo para Mina. Já Momo e Sehun estavam a todo vapor ocultando todos os crimes que cometeram e se unindo cada vez mais, sem contar que Momo deixava Joel cada vez mais ocupado, fazendo com que Alice tivesse que investigar na maioria das vezes sozinha. Sem contar que, Joel não podia pedir ajuda a Peter pois o mesmo estava ocupado e nem ao outro colega.
-Ellen por que não assumimos para todos que somos um casal? - perguntou Peter segurando as mãos dela na lanchonete.
-Porque não somos. - respondeu um tanto fria.
-Para de brincar, eu estou falando serio.
-E eu tambem, foi divertido usar você para me satisfazer, mas eu cansei. - disse se levantando e largando o rapaz sozinho. - Desculpa Peter, mas eu não posso te envolver nessa situação toda... - sussurrou para si mesma chorando e indo embora.
-Ellen... - Peter cobriu o rosto com as mãos e começou a chorar, nesse momento uma moça bem vestida sentou-se na frente dele e chamou a garçonete.
-Quero um milkshake por favor. - pediu ela ignorando Peter completamente no inicio, mas logo que a garçonete foi embora ela o notou. - Certo cry baby quem partiu o seu coração e por que? - perguntou Alice, estava com uma peruca ruiva longa e lentes de contato verdes, o vestido igualmente verde e rodado que chegava até os joelhos, porem não tinha mangas, e usava uma sapatilha branca.
-Quem é você? - perguntou Peter secando as lagrimas e observando a moça a sua frente.
-Amiga do seu amigo, pelo menos fingimos que somos, me chamo Alice. - respondeu com um sorriso simpatico e acenou. - Você é o amigo do Joel, certo?
-Sou sim, no que posso ajudar?
-Fiquei sabendo por ele que você mexia com computadores, era quase um hacker, mas quando precisou tomar um rumo na vida virou um policial. - respondeu ela ainda sorrindo, mas o olhar denunciava que ela estava prestes a socar alguem. - Então preciso do seu talento para umas coisas aí.
-Será um prazer ajudar uma bela moça como você que é amiga do meu amigo. - disse sorrindo de canto, nesse momento o sorriso dela se desfez de repente. - Disse algo errado?
-Na verdade não, meu ex está desfilando com a nova corna bem por aqui e isso me incomoda porque ele está usando ela. - respondeu encarando pelo canto do olho o ex e a namorada passarem em frente a lanchonete. - Voltando aos negócios, você basicamente precisa fazer uns documentos falsos, procurar a localização de algumas pessoas, destravar portas e bloquear outras, essas coisas.
-Quando farei isso?
-Preciso ver ainda, mas quando eu souber eu comento com você. - entregou um pedaço de papel com um numero de celular. - Aqui está o meu numero, me ligue sempre que precisar. - levantou-se e a garçonete voltou com o milkshake. - Obrigada. - agradeceu pagando a garçonete. - Esse milkshake é para você sair dessa tristeza que o colocaram, de nada. - saiu em seguida deixando o rapaz sozinho.
-Até que é simpatica. - comentou consigo mesmo enquanto tomava o milkshake.
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Na casa do Sehun, no porão, Luhan já tinha tudo planejado e estava só esperando o mais novo passar pela ultima vez antes da ação acontecer.
-Estou um pouco receosa Lu... - disse Mina coçando a nuca.
-Não precisa, a chances minimas de dar errado, confie em mim. - sorriu para ela e a abraçou. - E aconteça o que acontecer saiba que eu te amo, e amo muito.
-Eu tambem te amo Luhan. - retribuiu o abraço sentindo um aperto no coração, como se algo de ruim fosse acontecer.
-Assim que você fugir eu quero que diga aos meus familiares que eu os amo muito e quero que você denuncie esses vermes por tudo que nos fizeram, pode me prometer isso?
-Lu.. Eu não posso prometer sendo que você quem vai fazer isso, você dirá pessoalmente a eles. - soltou o abraço sorrindo largamente, mas seu coração apertava ainda mais.
-Só me prometa Mina... Por... Favor... - pediu ele olhando nos olhos dela com um tom serio e autoritario, mas que escondia a tristeza.
-Tudo bem, eu prometo. - ele então deu um selinho demorado segurando as lagrimas.
Não demorou muito até que o Sehun chegasse, assim que ele abriu a porta o Luhan o chutou e possibilitou que Mina conseguisse fugir, ela então correu pelo corredor mas parou no meio do caminho para esperar o Luhan, foi então que ela o viu pulando para baixo e o Sehun o pegando.
-Lu... - chamou ela em sussurro.
Foi então que Sehun e Luhan começaram uma luta corporal, não demorou muito até que se ouvisse um disparo e o mais velho olhou diretamente para Mina, todas as lagrimas que ele segurou começaram a cair. A garota entrou em desespero e pensou em correr até ele, porem antes que ela pudesse o fazer ele sussurrou fuja e sorriu em seguida, ela então por ele correu sem parar até o caminho que ele havia a explicado. Luhan então começou a enfraquecer até que simplesmente se foi nos braços do Sehun, o loiro se desesperou e começou a gritar o chamando, as lagrimas caiam de seus olhos como uma cachoeira.
-LUHAN POR QUE VOCÊ FEZ ISSO, POR QUE? - gritou ele ajoelhado no chão abraçado ao corpo sem vida que encarava o teto. - EU TE AMO TANTO!!! - abraçou o corpo molhando a fantasia de gatinho dele. - POR FAVOR NÃO ME DEIXA!
Enquanto isso Momo entrava na casa, estranhou por um segundo que a porta da frente estivesse escancarada mas não deu muita importancia, subiu então e viu a cena do amigo agarrado ao corpo de Luhan chorando como nunca havia o visto fazer, ela então ficou assustada e já imaginou que algo de ruim aconteceu.
-Não me diz que ele morreu Oh Sehun...
-O QUE VOCÊ ACHA QUE ACONTECEU SUA VACA? O QUE VOCÊ ACHA? ELE MORREU POR CULPA DAQUELA SUA PET, ELA FUGIU E QUER SABER? EU ESTOU POUCO ME FUDENDO PARA TUDO ISSO, SE ELA NOS DENUNCIAR EU NÃO VOU ME IMPORTAR DE VERDADE, EU VOU É AGRADECER!
-VOCÊ ESTÁ LOUCO? PERDEU A CABEÇA?! É SÓ VOCÊ PEGAR OUTRO PET E PRONTO ACABOU.
-COMO VOCÊ MESMO DISSE MOMO. - levantou Sehun deixando o corpo calmamente no chão e voando no pescoço da loira a esganando levemente e a deixando longe do chão. - VOCÊ É INCAPAZ DE AMAR QUALQUER PESSOA NÃO É MESMO, ENTÃO NÃO DEVERIA DIZER NADA SOBRE, DEVERIA CALAR A BOCA E FAZER ALGO QUE PRESTE... NÃO JULGUE ALGO QUE NÃO ENTENDE.
-Haha, amor é perda de tempo, olha para você Oh Sehun... Todo destruído por conta dessa maldita doença. - olhou no fundo dos olhos dele com um sorriso doentio. - Nem te reconheço mais, está tão fraco.
-CALA A BOCA SUA VADIA, QUER MESMO FALAR DE FRAQUEZA GAROTINHA MIMADA QUE SÓ QUER ATENÇÃO?! QUER MESMO?! VOCÊ NÃO SABE O QUE É SOFRER NA VIDA SUA PUTINHA EGOÍSTA. - gritou ele olhando nos olhos dela e começando a apertar o pescoço da loira.
-E chorar por esse vermezinho não vai faze-lo voltar... - disse começando a ter dificuldades para respirar.
-Queria te matar agora sua vadiazinha oxigenada, mas não to afim de sujar ainda mais a minha casa. - disse com os olhos semicerrados a jogando para o lado, ela passou a mão no local que o mais velho havia apertado. - Se quer fazer algo que preste limpe toda essa sujeira que eu vou atrás daquela outra vadiazinha, e quando eu a encontrar iremos para Dubai. - disse descendo as escadas deixando a loira sozinha.
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Joel dirigia calmamente enquanto voltava de uma ocorrencia quando parou bruscamente na frente de uma jovem desesperada e um tanto suja, estava descalça e usando uma fantasia de sailor moon. Ele ficou assustado ao ver a jovem e resolveu sair do carro para ajuda-la.
-Moça você está bem? Aconteceu alguma coisa? - perguntou ele se aproximando dela, ela ficou imovel e calada um tanto assustada, não sabia o que fazer exatamente. - Qual o seu nome? - ela então o olhou e o reconheceu, aquele cabelo ela viu pela frestinha no porão quando ele foi na casa vizinha.
-Me leve para a casa do Luhan, por favor. - pediu ela olhando para ele e depois para os os lados em um tom de sussurro. - Antes que eles me peguem.
-Eles quem?
-Por favor.
-Tudo bem, entra no carro, no caminho você me diz o que está acontencendo. - os dois então entraram no carro e seguiram para o endereço que ela disse, no caminho ela contou tudo o que aconteceu e ele ligou os pontos, ou quase todos.
Assim que chegaram no endereço ela correu para a porta da frente chamando pelos pais de Luhan, um casal de idosos saiu e a atendeu juntamente com o policial. Ela então contou ao casal o que aconteceu e eles quiseram ir a policia, mas a Mina os impediu, tinha medo que eles tambem morressem ou que a situação piorasse, deveriam esperar mais um pouco.
-Eles devem pagar. - disse a mãe de Luhan com ódio socando a mesa de centro de madeira.
-E eles irão, mas eu entendo o medo dela e precisamos pensar racionalmente, eles devem estar a procurando e se o fizerem podem leva-la para a longe e impedirem do caso ser solucionado. - disse Joel com os braços cruzados de pé ao lado de Mina. - Por enquanto eu só preciso de provas, afinal a testemunha e vitima já tenho, prometo a vocês que eles apodrecerão na cadeia.
-Bom, enquanto isso eu recomendo você minha jovem tomar um banho e dar uma descansada. - disse o pai de Luhan. - Senhor policial poderia leva-la até lá, fica la em cima no final do corredor.
-Claro senhor Lu. - disse Joel com um sorriso de canto. - Vamos Mina? - ela concordou e o seguiu até lá.
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Alice ficou repensando a cena que tinha visto ao voltar, aquela jovem correndo parecendo que fugiu de algo, ela tinha certeza que conhecia aquele rosto mas não conseguia lembrar, sem contar que ela lembrava a moça relatada na agenda da prima. Ela então resolveu contar para o Joel ligando para ele, o rapaz então pediu para que ela fosse na casa dos pais do Luhan pois tudo seria explicado. Ela foi e arrastou Peter com ela, pois para ela já que ele estaria ajudando deveria saber do que se tratava.
-O que ele está fazendo aqui Alice? - perguntou Joel desconfiado encarando Peter.
-Ele vai nos ajudar, então para ele nos ajudar ele precisa saber do que se trata pelo menos ne? - respondeu entrando. - Com licença Senhor e Senhora Lu, sou a Alice amiga do Joel e esse é o meu primo Peter. - anunciou olhando para os lados a procura do casal de idosos, enquanto o platinado apenas revirava os olhos. - Ue, cade os velhinhos?
-Sairam e logo voltarão, não se preocupe. - respondeu fechando a porta assim que Peter entrou tambem. - Enquanto eu explico para ele o que aconteceu verifica se a Mina está bem.
-Onde?
-Lá em cima no quarto logo a sua direita. - respondeu apontando para a escada.
-All right guys. - disse ela andando quase saltitando até as escadas, assim que chegou lá viu a Mina enrolada na toalha. - Você é....?
-Mina. - respondeu com um pequeno sorriso. - E você?
-Alice, amiga do policial. - disse em tom de zombaria.
-Parece que não é verdade. - comentou Mina observando a mais nova.
-Não somos realmente amigos, mas nos aturamos porque sabemos de um mesmo assunto que envolve você se não me engano.
-Entendi.
-Já que está bem estarei te esperando aqui do lado de fora, qualquer coisa dá um grito que eu entro correndo.
-Tudo bem. - sorriu entrando no quarto e fechando em seguida.
Nesse momento Joel contou toda a historia e Alice aproveitou para espionar os dois e ouvir tambem.
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Sehun procurou por toda a cidade e nada encontrou, isso durou exatamente um mês, Momo estava desesperada achando que descobririam e a cada dia que passava era dificil disfarçar isso, já Sehun mesmo estando nervoso conseguia disfarçar.
-Se acalme agora antes que faça um escandalo e alguem chame seus colegas e fiquemos em uma situação pior. - pediu Sehun acendendo o cigarro para Momo.
-Eu não consigo, mas que merda! - disse fazendo toda a fumaça ir diretamente para o amigo.
-Consegue sim vadiazinha, nem que eu te dê um tiro para isso. - disse ele tossindo em seguida e sentando-se ao lado dela.
-Tão doce. - fez careta.
-Mais doce impossivel, provavelmente ela está escondida na casa de alguem e ela não ficará escondida por muito tempo.
-Na casa de quem? Não consigo encontrar suspeitos.
-Eu sei lá, mas deve estar na casa de alguém e essa pessoa pode saber da verdade.
-Isso vai me acalmar como gênio?
-O que eu quero dizer é, se a pessoa sabe da verdade e está com ela escondida logo ela vai ir para a delegacia denunciar toda a historia, correto?
-Mas ela - ele a interrompeu.
-Ela não sabe que você é delegada, só sabe que eu sou médico e nem sabe exatamente em que area eu trabalho, o que eu quero dizer é simples e você já deve ter entendido.
-Na verdade não...
-PORRA! - respirou fundo e continuou. - Como uma mulher burra como você conseguiu ser delegada? Mas tudo bem, tudo o que vai volta, pelo menos é o que diz o ditado, por essa razão muito provavelmente ela vai voltar para nós por meio da delegacia e é aí que VOCÊ entra. - sorriu largamente ao perceber que enfim ela entendeu. - Preciso dizer mais alguma coisa?
-Não Mr. Gênio. - respondeu fazendo careta enquanto fumava. - Continuo a mesma coisa.
-Porem já tem uma pontada de esperança que eu sei. - a campainha tocou de repente interrompendo a conversa. - Pediu pizza ou algo relacionado a delivery?
-Que eu me lembre não e você?
-Tambem não. - se entreolharam preocupados. - Se esconda enquanto eu vou abrir a porta, e abra as janelas para eu me livrar desse cheiro horrivel de cigarro.
-Tudo bem Mr. Gênio. - fez sinal de continencia e ele revirou os olhos caminhando até a porta e a abrindo.
-Senhora...? - acabou esquecendo quem era a mulher a sua frente.
-Willow, Kathelyn Willow Doutor Oh. - respondeu com um sorriso sedutor, era uma morena baixinha, batom, vestido colado tomara que caia e salto vermelhos.
-Certo Senhora Willow, o que te trás aqui? - perguntou educadamente enquanto segurava a porta.
-Posso entrar?
-Eu..É... Claro. - forçou um sorriso dando passagem, tinha certeza que a Momo não estava mais ali.
-Que cheiro... Andou fumando? - perguntou a Kathelyn com um riso falso.
-Na verdade não, minha tia fumante passou por aqui não faz muito tempo e o cheiro ficou. - sorriu forçado mais ainda. - Sente-se e fique a vontade.
-Obrigada. - sentou-se no sofá e observou cada detalhe da casa.
-Não respondeu a minha pergunta.
-Vim fazer uma consulta.
-E por que na minha casa e não no hospital?
-Fui atrás do senhor lá mas não o encontrei, é que.. Eu só confio no senhor sabe. - respondeu com uma falsa tristeza ao cruzar as pernas fazendo o vestido subir um pouco.
-Certo, o que está sentindo? Sou somente clinico geral. - desfez o sorriso se aproximando da "paciente".
-Muita dor aqui Doutor. - colocou a mão no abdomen, ele então pediu licença e colocou a mão ali fazendo o procedimento padrão. - É um pouco mais em cima Doutor. - ele continuou serio e subiu um pouco a mão, quando ele não se deu conta ela pegou a mão dele e colocou nos seios dela e o fez apertar.
-MAS O QUE... - ele ficou assustado e tentou puxar a mão para si mas ela não deixou.
-Doutor você não imagina o quanto esperei por esse momento. - disse ela tirando a mão dele e tentando agarra-lo para beija-lo.
-Senhora Willow.. - com muita dificuldade ele se afastou e se recompôs. - Não sei como descobriu onde eu moro, mas só quero que saiba que deve ir embora antes que eu chame a policia e te denuncie por assedio.
-Doutor.. - o chamou em tom de gemido e ele revirou os olhos.
-EU SOU GAY CACETE. - ao dizer isso ela ficou com raiva.
-Para de mentir.
-Não estou mentindo, se não acredita problema seu. - disse a pegando pelo braço e a puxando para a porta da frente. - E de nada por não te denunciar. - a empurrou e fechou a porta a trancando. - Ufa! - ficou de costas para a porta encostando na mesma.
-O QUE FOI ISSO!? - gritou Momo o assustando descendo as escadas e rindo alto. - Eu nunca ri tanto na minha vida, ela realmente foi cara de pau a ponto de se fingir de paciente e vir aqui dar em cima de você?! Queria ter filmado, principalmente a sua reação.
-Para de me zoar, não foi engraçado.
-Foi sim e você não imagina o quanto, quero mais cenas assim, e parabens conseguiu me acalmar.
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Após saber a historia Peter lembrou-se de primeira na Ellen, e começou a repensar por que ele levou aquele fora. Já Joel estava com um pé atrás por ter contado a ele e principalmente porque Alice o trouxe até lá.
-Certo, então essa é a historinha da rapunzel? O que eu faço agora, mato o dragão? - perguntou Alice em tom de ironia.
-Como consegue ficar brincando com essas situações serias? - perguntou Peter encarando Alice sem entender.
-Ela usa dessas ironias para esconder seus medos e fraquezas, notei isso nela. - respondeu Joel recebendo um olhar cheio de ódio de Alice. - Portanto não se choque ou se importe muito com o que ela diga nesses momentos.
-Não gosto nadinha de você.
-Me importo muito com a sua opinião sabia? - disse em tom de ironia e ela fechou a mão em um punho.
-Sabe, vocês formam uma bela dupla para trabalharem nesse caso, sinceramente. - comentou Peter recebendo um olhar de raiva dos dois. - Serio, vocês realmente dariam muito certo juntos.
-Me poupe, se poupe, nos poupe Peter. - comentou Alice revirando os olhos. - Se não tem o que dizer fica quieto.
-Isso vale para você Alice. - disse Joel rindo baixo.
-Não falei contigo. - disse Alice sorrindo e subindo as escadas novamente.
-Eu e ela trabalhando juntos não vai dar certo nem se chover ovelha.
-Ouvi essa mesma frase de um colega meu e hoje eu e ele trabalhamos muito bem juntos. - sorriu de forma simpatica. - É tudo questão de convivencia e paciencia, alem de respeito tambem.
No andar de cima Mina já estava vestida e olhava os vizinhos brincarem lá embaixo, Alice entrou bem na hora e viu a cena, a observou em silencio pensando o quanto ela era forte por aguentar tudo isso.
-A quanto tempo está aí? - perguntou Mina sem olhar para ela.
-Alguns segundos eu acho, qual era a sua relação com o filho dos donos da casa?
-Eramos muito amigos, quase irmãos, pelo menos para mim. - sorriu e uma lagrima caiu. - Mas eu acho que ele não me via da mesma forma, afinal irmãos não se beijam, correto? Eu não conseguia ve-lo da mesma forma, não era culpa minha.
-Te entendo, já passei por isso. - sorriu tambem e se aproximou da mais velha se ajoelhando na frente dela. - Mas ele não se confessou?
-Digamos que ele não teve oportunidade de fazer isso, mas eu fui percebendo depois o que ele sentia e porque ele não teve oportunidade. - respondeu suspirando. - Se o Sehun descobrisse que o Luhan gostasse de mim ele me mataria, e sabe-se la o que faria com ele depois, por essa razão ele nunca se confessou.. Andei observando e percebi isso.
-Complicado... - virou o rosto um tanto sem graça.
-E você, qual a sua relação com o Joel?
-Não somos amigos, só estamos envolvidos nessa mesma situação. - respondeu voltando a olhar a jovem interessada na historia. - Ele não faz o meu tipo, não mesmo, e ele me irrita tambem. - Mina riu. - O que foi?
-Relacionamentos as vezes começam assim, conhece aquele ditado certo?
-NEM VEM! - Mina riu mais ainda.
-Opostos se atraem.
-Menos eu e ele por razões obvias.
-Ele é gay?
-Eu sei la.
-E você?
-Hetero.
No andar de baixo o radio de Joel emitiu uma alerta de um roubo na rua mais ao leste dali, ele então saiu para saber o que estava acontecendo exatamente, Peter ficou por ali mesmo sozinho, até que Alice desceu e resolveu mostrar as agendas para ele, mas para isso precisariam sair e ir para a casa da Robson. Foi então que o casal de idosos entraram, após as apresentações a dupla saiu deixando a Mina aos cuidados do casal como sempre. A garota desceu as escadas e os cumprimentou com um largo sorriso no rosto.
-Senhor e Senhora Lu, foi bom o passeio?
-Foi horrivel minha jovem, parece que a cidade inteira resolveu fazer compras hoje. - respondeu o pai de Luhan um tanto irritado.
-Mina eu acho que agora é seguro te levarmos para a delegacia e denunciar o caso agora. - disse a mãe de Luhan.
-Mas o Joel disse que - a senhora a interrompeu.
-Logo eles irão investigar formalmente e as provas surgirão, você não pode ficar presa para sempre.
-Está certa. - sorriu de canto.
-Vamos então? - a senhora sorriu tambem.
-Claro. - estava receosa mas confiante ao mesmo tempo de que tudo daria certo.
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