Boca no trombone

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-É serio isso? - perguntou Peter ainda sem acreditar.
-Acha que eu zoaria com isso? - respondeu retoricamente.
-Mas nós não demos todos os dados necessarios para agirem com tanta pressa, a não ser que alguém mais tenha dito algo. - ficou então pensativo.
-Seja quem for agradeço, mas o que me preocupa é a Mina, se está viva ou não e onde está. - foi nesse momento em que Peter logo entendeu o que aconteceu.
-Por que eu não percebi antes? Quem nos ajudou está com a Mina ou sabe o paradeiro dela, por isso a agilidade. - abriu então um largo sorriso. - Algum palpite?
-Lembra da pessoa que capturou a Mina lá dentro? Eu acho que pode ser essa pessoa. - respondeu preocupada e o sorriso do rapaz se desfez.
-Torcemos então que ela esteja bem, mas você não tinha certeza de que ela estava morta?
-Tinha, mas depois de ter visto aquelas prisões eu tive duvidas sobre ela estar morta mesmo ou não.
Ellen subiu as escadas e foi até o quarto em que os dois estavam conversando, estava curiosa para saber o que ela precisava contar ao seu namorado as pressas.
-Posso saber? - perguntou ela.
-O que? - disse Alice.
-O que contou ao Peter.
-Vou deixar que ELE conte. - piscou saindo dali.
Ao descer se deparou com os ex-Pets conversando na sala como se fosse uma festa, o garçom era o Joel, eles resolveram fazer isso após a denuncia para acalma-los.
-Como está se sentindo? - perguntou a uma moça que estava sentada em uma cadeira de rodas.
-Muito bem, obrigada por perguntar. - respondeu com seu sotaque russo.
-COM LICENÇA! - gritou ela chamando a atenção de todos. - EU QUERIA ANUNCIAR ALGO E PARA ISSO PRECISO DE TODA A ATENÇÃO DE VOCÊS, AFINAL NÃO IREI REPETIR. - Joel parou e a olhou tambem, nesse momento ela ficou nervosa e respirou fundo para não gaguejar. - EU MESMA VI AS VIATURAS LEVANDO PRESOS A CONSTANCE E MAIS ALGUNS QUE TANTO NOS FIZERAM MAL, E ISSO NÃO FOI SOMENTE GRAÇAS A VOCÊS E AOS MEUS COLEGAS, MAS A ALGUEM MISTERIOSO QUE NOS AJUDOU INFORMANDO ALGO QUE NÓS NÃO SABÍAMOS. - nesse momento todos bateram palma. - AGORA SIM PODEREMOS VIVER EM PAZ, APESAR DAS PERDAS QUE TIVEMOS QUE NÃO FORAM POUCAS, APESAR DAS CICATRIZES QUE NOS DEIXARAM TANTO NO CORPO QUANTO NA ALMA... E LEMBREM-SE QUE SE PRECISAREM ESTAREMOS AQUI. - finalizou e curvou-se como se tivesse mostrando que o dever foi cumprido.
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Sicilia entrou no quarto onde estava a Mina a pedido do irmão, após uma pequena discussão tudo se resolveu por enquanto e ele pediu que a mesma fosse verificar o estado da Mina. Ao chegar viu um homem que parecia ser um medico ajeitando alguns equipamentos nela, acreditou ser alguma inalação.
-Você parece muito a sua mãe. - disse ele a surpreendendo. - Esses mesmos olhos verdes e esse rostinho.
-Quem é você?
-Um amigo do seu irmão que já teve contato com a sua mãe na adolescencia. - respondeu o homem, parecia ter uns 60 anos por aí.
-Então ela não teve tanta plástica?
-Não, era linda e encantadora. - respondeu com um pequeno sorriso, assim que finalizou o que fazia virou-se para ela e a mesma o reconheceu levando um susto. - Algum problema?
-Problema? Não, nenhum. - mentiu. - Já que ela parece bem eu irei informar ao meu irmão.
-Deixe que eu mesmo faço isso. - tocou no ombro dela e saiu em seguida.
-No que foi que você se meteu Jimin? - disse baixo enquanto olhava para a Mina.
Flashback On
Jimin viajou novamente deixando Sicilia "sozinha", afinal ficaria só ela e os empregados na mansão como sempre, antes do Jimin nascer era a mesma coisa, a unica diferença era que haviam babás que tornavam o ambiente menos solitario.
-Heniuta? - chamou a governanta.
-Sim senhorita.
-Sabe se meus pais irão voltar esse mês?
-Não senhorita.
-Merda, vou sair daqui a pouco então peça que passem a minha roupa, pode ser?
-Sim senhorita.
-Obrigada Heniuta. - saiu do jardim e entrou subindo as escadas indo para o quarto, foi então que voltou ao ouvir gritos abafados vindo do quarto do irmão, sempre teve uma audição excelente e se gabava por isso, a excelente audição sempre a alertava quando algo estava errado. - O que anda aprontando Park Jimin? - entrou no quarto e se aproximou da fonte do barulho, a parede que tinha o quadro de Santa Catarina, sentiu um arrepio percorrer o corpo quando os gritos aumentaram. - Com certeza é uma sala oculta, onde tem a porra de uma passagem secreta agora? - começou a tatear toda a parede e acabou apertando na lateral de ouro do quadro da Santa Catarina, fazendo com que a parede inteira descesse dando lugar a um corredor escuro e preto que dava para somente uma escada que parecia ser interminavel. - Por que o grito parou? - entrou e a parede subiu sozinha a deixando completo breu, mas não por muito tempo pois ela usou a lanterna do celular para enxergar. Seguiu andando até que encontrou uma maçaneta prateada em forma de chave, assim que a abriu foi cegada pela luz e o ambiente inteiramente branco e quando sua visão se acostumou com a luz e o ambiente acabou por se assustar, um homem estava fazendo algum tipo de experimento bizarro com varios homens nus, todos presos em gaiolas. - Deus! - exclamou tapando a boca com medo de ser ouvida, ao lado do homem estava um brutamonte vestido com uma roupa de sadomasoquismo de latex juntamente com uma touca.
-Cadê o Burkhard? - perguntou o homem velho.
-Eu não sei senhor, eu acho que ele está ocupado com a cobaia 0458. - respondeu o brutamonte.
-Não aguento mais ver isso, é horrivel demais. - disse baixo voltando para o corredor. - Merda e como que eu vou abrir isso agora? - voltou a tatear a parede e felizmente conseguiu abrir a saída, saiu praticamente correndo dali e a saida se fechou.
Flashback Off
Sicilia saiu dali e partiu diretamente para a piscina no quintal, queria esfriar a cabeça e não se meter em algo que poderia lhe trazer problemas tambem caso fosse descoberto.
-Darling? - ela então virou-se e viu o ex namorado que não largava do pé dela.
-Só pode ser efeito de algum entorpecente que eu usei na juventude, certeza, unica explicação para eu ver o diabo na minha frente. - reclamou ela indo até a beirada da piscina com os olhos semicerrados. - Quem te deixou entrar?
-Sou um velho amigo do segurança e ele me devia favores. - respondeu com um sorriso cinico se aproximando para beija-la, porem ela se afastou e ele acabou se desequilibrando e caindo na piscina. - Melhor ainda, está um calor e um banho de piscina só melhora tudo.
-Por que você não morre logo hein? Aproveita essa piscina aqui e vai.
-Tanto amor nesse seu coração. - se aproximou dela e a agarrou. - Eu tambem te amo darling.
-Se você não me soltar eu chamo a segurança e se não adiantar eu chamo o meu irmão. - seus olhos estavam cheios de raiva.
-Amo quando fica toda agressiva e bravinha.
-SEGURANÇA! - gritou ela e os seguranças logo vieram correndo. - LEVEM-NO DAQUI E SE EU SOUBER QUE DEIXARAM ELE ENTRAR EU DEMITO TODOS VOCÊS POR INCOMPETENCIA! - o ex então a soltou ainda rindo e saiu da piscina.
-Não precisam me tocar, eu sei andar sozinho.
-Se sabe então para longe daqui seu bosta, SOME! - ele então mandou beijo e saiu acompanhando dos seguranças. - QUE ÓDIO!!! - mergulhou tentando se acalmar, mas não adiantou de nada.
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Jimin sentou-se para tomar um café com o seu "amigo" no escritorio, somente os dois e eles não poderiam ser interrompidos.
-Você ainda pretende fazer isso? - perguntou o homem.
-Meu caro Geppetto eu não dei certeza de nada, se eles falharem eu irei recomeçar, mas se ela acordar independentemente dos resultados deles eu irei os finalizar. - disse com firmeza e serenidade.
-Será arriscado fazer isso.
-Eu sou rico Geppetto, mais do rico para falar a verdade. - sorriu. - Se eu quiser eu compro a justiça e oculto toda essa historia, afinal eu fiz isso antes e voltaria a fazer se necessario. - o homem engoliu em seco. - E você sabe muito bem disso porque eu te livrei de um escandalo da justiça um tempo atrás.
-Não precisa lembrar disso..
-AH EU PRECISO SIM! - mudou o tom e bateu a mão na mesa. - Se não fosse pelo meu dinheiro você estaria agora apodrecendo em alguma cadeia da Itaglia, implorando pela morte a todo instante. - sorriu forçado. - Eu sei porque não quer que eu finalize os meninos, porque eles são os seus brinquedinhos e sabe que se eu quiser poderei te descartar em um piscar de olhos ou te denunciar, mas saiba que não irei te descartar ou denunciar porque provavelmente encontrarei uma nova utilidade para você. - levantou-se indo em direção a ele e segurando em seus ombros. - Mas os seus brinquedinhos eu irei descartar sim independente do que você pense sobre isso, não quero ter monstrinhos perambulando pela minha mansão implorando pela morte. - soltou os ombros dele. - Pode voltar para o laboratorio do terror agora, mas tenha certeza de que ninguem o seguiu.
-Sobre isso, eu queria contar algo. - sentiu o olhar do Jimin o atravessar como uma espada.
-E seria o que?
-Alguns meses atrás a sua irmã invadiu o laboratorio... Eu só a notei depois que ela saiu. - engoliu em seco já se preparando para o ataque do mais novo.
-Não se preocupe com isso, irei conversar com ela. - sorriu forçado. - Agora volte para lá.
Assim que o Geppetto saiu, a Sicilia passou em frente ao escritorio, foi então que Jimin a chamou com um tom de voz encantador.
-O que quer? - perguntou ela.
-Tem algo para me dizer? - seu sorriso era acolhedor, mas seu olhar não.
-Não que eu saiba, a não quer que você devia reforçar a segurança dessa mansão.
-Verei, mas não acho que seja isso que você tem para me contar.
-O que está insinuando pirralho?
-Sente-se. - ela o fez enquanto ele fechava a porta e a trancava, em seguida sentou-se junto a ela. - Bom, fiquei sabendo que você acabou invandindo o meu espaço. - nesse momento ela gelou. - Queria saber o que exatamente você viu.
-Que historia é essa?
-Não minta. - seu sorriso se desfez e deu lugar a uma expressão sombria que dava medo em qualquer um.
-Andou tomando muito Toddynho é isso?
-Eu não estou brincando Sicilia, se não me contar por bem fará isso por mal.
-Ok... - ela então contou tudo o que viu, Jimin ouvia atentamente, assim que ela terminou de contar ele respirou fundo e disse o mais calmo possivel.
-Está tudo bem, isso é um estudo que o meu amigo está fazendo e não são pessoas de verdade. - forçou um sorriso mas ele pareceu natural. - São robôs de ultima geração, como ele não tinha um laboratorio eu resolvi oferecer o meu quarto para isso.
-Acha que vou cair nessa Park Jimin? Eu por acaso nasci ontem? - isso o surpreendeu. - Me poupe de suas mentiras porque eu não sou uma criança, eu quero a verdade.
-Existe um ditado, não sei quem disse mas só sei que conheço, que é bem assim. - deu uma pausa para lembrar. - Quando a verdade é descoberta ela logo é enterrada, algo assim. - ela semicerrou os olhos. - Então se quiser saber a verdade terá de assumir as consequencias.
-Eu tenho 30 anos Park Jimin, 30! O que você me deve é nada mais do que a verdade, principalmente porque sou a sua irmã e moro com você.
-Você quem pediu. - o sorriso desapareceu e levantou sentando-se na mesa e ficando na frente dela, contou então tudo o que aconteceu tanto no laboratorio quanto fora, ela não conseguia esconder o choque.
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Heriuta a pedido de Jimin foi até o quarto da Mina verificar o seu estado, continuava do mesmo jeito, ela então colocou a comida como lhe foi explicado e o mesmo foi direto para o estomago dela. A governanta sabia o segredo da família inteira, desde os avós do Jimin até o proprio Jimin, pois ela chegou na mansão juntamente com a mãe que veio trabalhar no local e assim que ela se aposentou tomou o seu lugar.
-Tão bonita, até parece a Sicilia na juventude. - sorriu ao olhar para a mais nova, lembrou-se então de quando tinha que cuidar da Sicilia quando voltava das festas bêbada e tinha de cuidar dela. - Apesar de tudo foram bons tempos. - saiu então dali e fechou a porta em seguida.
-Dona Heriuta? - chamou uma empregada e ela virou-se.
-Sim, Mia?
-Eu queria saber se posso sair mais cedo hoje, é que minha mãe voltou a passar mau e não tem ninguem para cuidar dela.
-Vá cuidar dela então, eu cuidarei de tudo por aqui.
-Obrigada Dona Heriuta. - ela sorriu de canto e saiu a passos largos para tirar o uniforme, Mia lembrava ela mesma na juventude quando trabalhava por lá tentando substituir a mãe, vivia dando duro mas sempre precisava dar uma saída pela saude fragil da mãe por conta da idade. Felizmente os patrões eram compreensivos e ela sempre dava um jeito de compensar.
-Poderia me trazer um café? - pediu o Jimin assim que a irmã dele saiu do escritorio e que a governanta passou.
-Sim senhor. - sorriu e desceu as escadas.
Para ela aquela mansão era um verdadeiro labirinto de segredos, afinal haviam varias passagens secretas para os mais diversos fins, tanto eitos pela mãe do Jimin, quanto pelo pai ou até mesmo pelo proprio Jimin e todos eles ela acompanhou pela tamanha confiança que a familia tinha nela.
Voltou com a bandeija em mãos até o escritorio, assim que entrou viu Jimin fumando um charuto, colocou a bandeija em cima da mesma e cruzou os braços.
-PARK JIMIN QUE PALHAÇADA É ESSA?
-Ai, desculpa Heriuta. - riu sem graça apagando o charuto e jogando no lixo.
-Você sabe que essas porcarias fazem mau para a sua saude. - disse em tom de preocupação.
-É que eu fico preocupado com a Mina, a moça que está naquele quarto.
-Sei como é meu filho, eu ficava assim com a minha mãe e me entupia de trabalho, mas não se encha com essas porcarias não. - se aproximou dele e ele a abraçou, Heriuta era como a mãe dele e da Sicilia, afinal foi ela quem os acompanhou crescer e que sempre esteve presente na vida dos dois. - Você precisa estar saudavel para receber ela.
-Agradeço todos os dias por ter você na minha vida. - disse ele beijando a bochecha dela, e a senhora apenas sorriu emocionada.
-Eu que agradeço por ter a oportunidade cuidar de você e da sua irmã.
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Passou-se os meses e enfim Mina acordou, inicialmente ela ficou assustada por estar em um local diferente do qual ela havia apagado, mas logo Jimin explicou o que aconteceu.
-Para te ajudar eu trouxe um amigo meu, se chama Geppetto e ele é medico.
-Eu estou onde?
-Por enquanto não precisa saber, mas logo tudo vai ser entendido. - fiz sinal para o Geppetto. - Agora eu preciso deixa-lo trabalhar, qualquer problema ou duvida é só me chamar.
Ele então saiu do quarto e os deixou sozinhos e foi direto para o quarto dele, entrou no laboratorio secreto e verificou o estado das cobaias, alguns deles já estavam prontos e outros nem ao menos chegaram perto disso, saiu então dali e foi para a sala, Sicilia estava lá assistindo TV.
-Alguma novidade? - perguntou fingindo desinteresse, mas estava muito curiosa para saber o estado da Mina.
-Quem eu trouxe acordou e está bem. - respondeu empolgado e a irmã o observou analisando sua reação.
-Primeira vez na sua vida desde a infancia que eu vejo algo verdadeiro em você. - disse com tom de frieza.
-Diz isso como se vivesse fingindo, mentindo... - disse falsamente ofendido.
-Mas é a verdade e nem adianta se fingir de ofendido. - ele riu.
-Não me importo de conseguir te enganar ou não, o que importa eu conseguir enganar quem vive fora daqui. - levantou-se se espreguiçando. - E eu vi o seu namorado ontem e ele te mandou um beijo.
-EX NAMORADO, terminamos faz tempo e você sabe disso!
-Não me importo se é ex ou não, só me importo com o que acontece na MINHA vida e agora na da Mina.
-Novidade... Cade aqueles seus amigos, o Kim Taehyung e o Jeon Jungkook?
-Florida com o namorado e o outro não sei, talvez morto. - respondeu friamente.
-Como assim não sabe, eram tão proximos?
-Você e o Luigi tambem, o que será que aconteceu?
-Você sabe seu pirralho!
-Não, eu não sei.
-Eu e aquele bosta terminamos porque ele me traiu na festa da minha melhor amiga pegando uma ex dela na frente de todo mundo!
-Só isso? Que idiotice. - provocou assobiando e saindo dali.
-Jimin! - chamou Geppetto no alto da escada.
-O que quer seu velho?
-Preciso levar a Mina para longe daqui se quiser que o monarca dê certo.
-Faça o que for necessario, pode ser que seja até mais seguro, e só um aviso - fez uma pausa - sem falhas.
-Sim senhor. - sorriu satisfeito.
-Que historia é essa de monarca? - perguntou Sicilia um pouco atrás de Jimin e o mesmo revirou os olhos virando-se para ela.
-Nada que seja da sua conta. - respondeu em tom de empolgação. - Na verdade, se quer saber recomendo que vá num lugar milagroso chamado GOOGLE, lá deve ter até vídeo.
-Já passou da hora de alguem te denunciar. - disse quase cuspindo as palavras de tanto nojo que sentia.
-E quem fará isso? - aproximou-se da irmã. - VOCÊ?! - apontou para ela diretamente no peito. - Se tentar me denunciar eu acabo com a sua vida, destruo sua carreira, sua vida social, amorosa e lhe deixo cicatrizes que nem o que você acredita pode curar.
-VOCÊ É UM MONSTRO!
-Agradeça ao nosso pai ou talvez nossa mãe, quem sabe aos dois. - sorriu de maneira doentia. -E você não é santa ou humana para me chamar de monstro, afinal foi você quem atropelou aquela mulher gravida enquanto estava bêbada uns anos atrás, fiquei sabendo. - a irmã tinha ainda mais nojo dele. - Não só atropelou como fugiu e ainda subornou os policiais para o processo não seguir, é o podre falando do sujo. - colocou os braços para trás. - Eu tive os melhores exemplos nessa casa para me tornar o que sou hoje, devo tudo a vocês.
-Você me enoja!
-Eu sequer sinto algo por você, então não me importo com o que você sente por mim ou não. - mandou o beijo no ar. - Agora preciso sair para resolver alguns assuntos, afinal sou um homem muito ocupado diferente de você. - ele saiu então e a deixou sozinha.
-Verme, como podemos ter o mesmo sangue?!
-Não deveria dizer isso do seu irmão. - disse a governanta aparecendo de repente e a mais nova a abraçou.
-Eu sinceramente não queria que ele fosse meu irmão, ele é um monstro Heriuta, um monstro. - as lagrimas começaram a cair. - Ele me disse cada coisa que eu nem acreditei que fosse possivel, mas eu não posso denuncia-lo porque eu tambem devo a justiça, é complicado demais.
-Peço que primeiramente se acalme e depois você pensa no que fazer, independente do que ele seja ou faça ele continua a ser o seu irmão.
-Infelizmente. - secou as lagrimas. - Algo me diz que ele fará algo comigo Heriuta, ele não parece temer nada.
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Jimin foi até o mercado e comprou um maço de cigarro, mas não era para ele, viu então o carro do Geppetto passando com a Mina dentro, ele então abriu o maço e pegou um deles colocando na boca e o acendendo em seguida.
-Se ele falhar eu acabo com ele. - disse baixo para si mesmo.
Uma mulher saiu do mercado e rapidamente tirou o cigarro da boca dele.
-EI, EU PAGUEI POR ISSO. - disse assim que a mulher jogou o cigarro no chão e pisou.
-Desde quando você fuma Park Jimin?! - perguntou a mulher e o Jimin a olhou e a reconheceu.
-Mãe.... Desde quando você está aqui?
-Desde hoje, agora responda a minha pergunta.
-Alguns meses e só quando estou nervoso. - respondeu guardando o maço e coçando a nuca. - Cadê o papai?
-Na banca comprando jornal, como estão você e sua irmã?
-Estamos bem. - mentiu com um sorriso doce. - Senti sua falta.
-Tambem senti. - abraçou o filho e o mesmo ficou preocupado quanto o plano que tinha.
-Quanto tempo? - perguntou ao soltarem o abraço.
-Quanto tempo o que?
-Vão ficar?
-Não muito, faremos show aqui e continuaremos a turnê. - respondeu. - Mas irei aproveitar o maximo com você e a sua irmã. - o celular do Jimin então tocou.
-Me dá licença?
-Claro.
Jimin então foi para o outro lado do mercado, mais especificamente no estacionamento e então atendeu o celular.
-Fala.
-Fiquei sabendo que nosso plano pode ser adiado. - disse Geppetto.
-Não será, eles só ficarão um dia, para a sua infelicidade.
-Estava falando com eles?
-Sim, até você me interromper no momento feliz. - disse de maneira sarcastica.
-Até parece que você se importa com a sua família.
-Parece mesmo e ainda bem que parece, agora eu preciso desligar para fingir ser um filho prodígio, depois precisamos resolver o assunto sobre a Sicilia como eu comentei na semana passada.
-Certo, acertaremos os detalhes na mansão. - Jimin encerrou a ligação e voltou para onde estava a mãe, dessa vez o pai tambem estava.
-Era um amigo meu que deu uma viajada. - disse Jimin com um sorriso doce. - Oi pai.
-O que aprontou dessa vez? - perguntou ele.
-Leeteuk... - repreendeu a mãe.
-Não se mete Milena, você sempre passou a mão na cabeça desse menino.
-Eu não aprontei nada Park Leeteuk, se quer saber. - não conteve a irritação e saiu andando.
-JIMIN! - chamou a mãe, porem o filho ignorou e seguiu andando.
A mãe é uma cantora de música pop muito conhecida pelo mundo e o pai é seu empresario, por essa razão eles vivem longe da familia a maior parte do tempo, gravando albuns, fazendo turnês, gravando clipes e raramente davam pausa na carreira da mãe. Os filhos se recusavam a serem reconhecidos na midia, por essa razão eles nunca eram vistos publicamente com a mãe. As unicas pausas que houveram foi quando ela engravidou da Sicilia e do Jimin, após isso não houveram mais pausas, apesar de tudo isso o pai era muito rigoroso, principalmente com o Jimin. Quanto a Sicilia ela era totalmente ignorada por assim dizer, enquanto um tinha atenção até demais de maneira rigorosa, a outra não tinha nenhuma por ser considerada quase adulta e por essa razão vivia se envolvendo em problemas. Assim que ele chegou em casa foi direto para o quarto, se sentia como na infancia novamente e não de maneira positiva.
-Está tudo bem Jimin? - perguntou a governanta.
-Ótimo, tirando que meu pai voltou a me irritar. - respondeu sentando-se na cama.
-Eu sei que ele é um pouco duro, mas é porque se importa com você.
-Queria eu acreditar Heriuta, mas eu acho que é muito além disso. - levantou-se. - Se perguntarem de mim diga que eu estou fora.
Na sala Sicilia ouvia as historias dos pais, mas no fundo sabia que eles estavam a usando como substituta do Jimin e principalmente como substituta de qualquer amigo que tiveram, afinal vivem ocupados e por essa razão não conseguem manter nenhuma amizade. A situação para ela já estava insuportavel, logo começaria a beber novamente e dessa vez não pararia mais.
-Seu irmão não está mais aprontando? - perguntou Leeteuk.
-Não pai, ele não está. - mentiu mesmo querendo expor o irmão, querendo que ele pagasse pelo que fez. - Na verdade está até sumido, vive ocupado e viajando.
-Isso é bom. - comentou Milena, mas o pai não estava satisfeito.
-Só digo uma coisa, NÃO se deixem enganar pelo que o Jimin fala ou faz. - disse o pai e as duas o olharam chocadas. - Desconfio que ele herdou algo do meu pai.
-NÃO COMPARE NOSSO FILHO COM AQUELE CORRUPTO! - gritou a mãe enfurecida levantando-se, estava a ponto de lhe dar um tapa.
-MILENA VOCÊ SE RECUSA A ENXERGAR, VIVE PASSANDO A MÃO NA CABEÇA DELE COMO SE AINDA FOSSE UMA CRIANÇA, SE ELE SE TORNAR UM MONSTRO A CULPA É SUA! - nesse momento ela lhe deu um tapa e saiu da sala enfurecida, Sicilia apenas observou a cena em silencio por saber que o pai estava certo, ele era identico ao Jimin porém bem mais velho, já a mãe era tão plastificada que não lembrava em nada a filha. - Tome cuidado com ele filha. - ela quase lhe deu uma resposta, mas se segurou.
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Milena saiu para o quintal para esfriar a cabeça, nesse momento a Heriuta apareceu trazendo um chá de Camomila e o entregou para ela.
-Obrigada, espera, sabe de alguma coisa que está acontecendo nessa casa Heri?
-Não senhora.
-Essa implicancia do Leeteuk está passando dos limites, meu filho não é igual aquele lixo! Como ele pode comparar a minha preciosidade com ele?
-Deve ser o medo dele senhora, dele ficar igual ao Senhor Park.
-MEU FILHO NUNCA SERÁ COMO ELE, PQ MEU FILHO TEM CARATER E É UMA BOA PESSOA. - tomou um gole e devolveu a xícara para ela. - POR CULPA DO MEU MARIDO O MEU FILHO SE AFASTA CADA VEZ MAIS DE MIM.
-É da idade, os jovens gostam de ter um tempo só para eles.
-Espero que sim Heri...
Nesse momento Sicilia ouviu a conversa e Jimin tambem, cada um de um andar, as reações que eram diferentes, a da irmã era de desapontamento pela ilusão da mãe, já do irmão era de satisfação pelo plano estar dando certo.
Passada algumas horas a situação se normalizou e a familia jantou pela primeira vez em tantos anos na sala de jantar, Jimin de frente para a Sicilia e Milena de frente para o Leeteuk. O jantar foi bastante animado e sem nenhuma discussão, mas foi cheia de culpa pela Sicilia, ela se sentia pessima por saber tanto e não falar nada, principalmente para a mãe. Após o jantar o casal foi para o quarto descansar, afinal fariam um show e logo partiriram para outro lugar, já Sicilia não conseguiu dormir e Jimin teve que sair para planejar o plano.
No dia seguinte o casal não estava mais na mansão, a situação então se "normalizou" na familia e Jimin não precisou fingir ser um bom filho de novo, mas a Sicilia pelo contrario queria botar a boca no trombone e o ameaçou, por essa razão ele precisou "limpar a casa".
-Geppetto, hora de arrancar as ervas daninhas. - disse pelo celular enquanto descia as escadas, a irmã estava na sala assistindo TV.
-Certo, enviarei o jardineiro logo, sua flor suprema está quase pronta para a colheita, estou a regando.
-Estou ansioso. - sorriu docemente e encerrou a ligação. - HERIUTA VOCÊ E OS DEMAIS EMPREGADOS ESTÃO DE FOLGA, PEÇA QUE SAIAM IMEDIATAMENTE! - gritou Jimin para que a governanta ouvisse onde quer que estivesse.
-O que está planejando pirralho? - perguntou a irmã saindo da sala e indo até a escada que estava o irmão. - Se pretende me matar esqueça, porque se tentar fazer isso eu publico na internet tudo o que eu sei, afinal eu deixei tudo salvo e caso eu morra uma fonte segura postará tudo.
-Interessante, ao menos uma vez na sua vida miseravel usou o seu cerebro, se eu sentisse alguma coisa diria que senti orgulho. - riu e a mais velha sentiu mais ódio ainda do irmão.
-A escolha é sua pirralho. - disse subindo as escadas e indo para o quarto.
-Eu já fiz ela, e você vai se arrepender de ter cruzado o meu caminho. - disse baixo ficando sério, nesse momento a campainha tocou, ele então foi atender. - Jardineiro?
-Sim. - respondeu um jovem magro e um pouco maior que o Jimin, tinha o cabelo colorido, piercing no septo e usava apenas uma regata branca, calça rasgada nos joelhos azul e um all star preto.
-Me espere na cozinha. - disse em um tom que só o rapaz ouvisse. - é logo a esquerda. - enquanto o rapaz ia até a cozinha, Jimin investigava quem era o cumplice dela e acabou por descobrir que era a melhor amiga dela. - Parece que hoje o trabalho vai ser duro para o jardineiro.
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Sicilia ligou para Katheryn, sua melhor amiga, para ter certeza de que ela tinha recebido o arquivo a mais velha ligou.
-Eu recebi sim, mas o que é?
-Algo muito pesado e que pode comprometer a vida da minha familia para sempre. - respondeu preocupada.
-Nossa amiga, bom, espero então não precisar postar como você me pediu caso algo acontecesse.
-Tambem espero. - Jimin ouvia tudo pelo aplicativo que comprou, tudo estava conforme o planejado.
Na cozinha Jimin explicou como seria o plano e o rapaz concordou, primeiramente eles precisariam limpar a extensão e em seguida a fonte, qualquer coisa eles tambem eliminariam as testemunhas, enquanto isso o Jimin iria para o esconderijo onde estava a Mina para saber como ela estava. Os dois então saíram para seus destinos, enquanto isso Sicilia falava com a amiga, agora sobre assuntos diversos e nada pesados como o outro. Heriuta e os demais empregados também saíram e só voltariam na semana seguinte como Jimin pediu, daria tempo suficiente para organizar a casa e uma mentira convincente.
Assim que Jimin chegou ao destino percebeu a gravidade da situação em que envolveu Mina, ficou preocupado com ela então e pensou se deveria ou não interferir no trabalho do Geppetto. O amigo então saiu da cabine telefonica inglesa e cumprimentou o rapaz empolgado.
-Fico feliz que tenha vindo. - disse Geppetto apertando a mão dele. - Entre! - apontou para a cabine. - Para descer disque 1930. - O rapaz então fez o que foi pedido e acabou indo parar em uma especie de refugio nuclear, lá sentada em uma cama barata estava Mina sentada encarando o nada.
-Ela está bem? - perguntou observando a mais nova muito preocupado.
-Sim, ela está quase pronta, só falta eu implantar a personalidade desejada, afinal você não me informou. - respondeu empolgado e com um largo sorriso, nesse momento o mais novo recebeu a mensagem do "jardineiro" informando que uma parte do jardim estava limpa. - Algum problema?
-Na verdade não, o jardineiro está trabalhando. - respondeu serio.
-Pois isso é ótimo.
-A personalidade que eu quero é...
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Sicilia ligava insistentemente para Katheryn e a mesma não atendia, isso a deixou preocupada e fez pensar que aconteceu algo com a amiga e logo aconteceria com ela.
-PORRA KATE COMO PODE NÃO ME ATENDER??!! - gritou desesperada quando caiu na caixa postal de novo, foi então que ouviu a porta da frente se abrir e sentiu um arrepio na espinha. - Os empregados estão de folga, Jimin eu não sei se está em casa... É melhor eu me esconder. - Ela então correu para o quarto do irmão e foi para o laboratorio, os homens então começaram a gritar, uns de dor e outros por socorro, parecia o inferno. - Por favor fiquem quietos que eu poderei salvar vocês! - pediu ela, mas não adiantou porque eles continuaram gritando. - Deus todo poderoso me proteja, me cobre com o teu sangue... - enquanto ela clamava por Deus, o tal jardineiro invadia o quarto do Jimin e foi direto para o laboratorio, ele estava armado com uma faca de açougueiro, ele então a encontra e abre um largo sorriso. - E o Jimin irá pagar por - fora interrompido pelo primeiro golpe de faca que se seguiu por varios outros, e os gritos juntamente com os sons de golpes se uniram ao grito das cobaias, foi então que o jardineiro parou satisfeito e enviou uma mensagem para o Jimin avisando que o trabalho foi concluido, o mais velho então pediu para que ele trancasse o laboratorio e quebrasse a maçaneta, assim o segredo morreria ali. O jardineiro concordou, mas antes deixou lá dentro o corpo da Kate, em seguida quebrou tambem o quadro que abria passagem para o laboratorio e saiu de lá.
-Mais um trabalho concluído como sempre. - acendeu o cigarro e o tirou usando os dedos indicador e o do meio formando um V assoprando a fumaça em seguida. - Essa gente rica é podre demais. - o celular então tocou e era exatamente de quem o jardineiro estava falando, ele então atendeu. - O que foi meu malvado favorito?
-Tem foto?
-Não, eu não tirei para evitar sofrimento, mas parece que você não tem nenhum sentimento dentro de você. - o rapaz riu do outro lado. - Mas pode ter certeza de que se ela estiver viva morrerá trancada lá dentro, afinal eu destrui a porta que levava para o mini laboratorio.
-Agradeço e isso lhe dará um bônus, e eu precisarei do seu serviço novamente mas não para agora. - disse baixo para que Geppetto não ouvisse.
-Certo, qual a planta da vez?
-Arvore centenaria. - respondeu olhando para o amigo ao longe enquanto ele trabalhava em Mina.
-Já imagino quem seja, começa com G.
-Exato, irei lhe informar quando será a derrubada da arvore, preciso desligar agora, irei entregar o dinheiro na mansão amanhã de manhã. - encerrou a ligação e o jardineiro sorriu largamente.
-Park Jimin, você lembra e muito da minha adolescencia... Na época que eu era uma criança cruel e que se divertia com cada morte, pena que hoje em dia eu não sinto mais nada por ter se tornado tão rotineiro. - tragou mais uma vez e sentou-se na escada e observou a mansão. - Sem contar que você não foi o unico a me contratar nessa mansão, só não lembro bem o seu nome mas lembro o seu rosto.
Flashback On
Ele levantou-se da cama do motel e a mulher ao seu lado acabou despertando.
-Filippo! - chamou ela enrolando-se ao edredom tentando falhadamente pegar em seu braço.
-Meu nome não é Filippo, e o dinheiro para pegar um taxi está dentro do seu salto. - piscou para ela vestindo a cueca box preta e em seguida a calça jeans preta. - Paola certo?
-É ANDRÉA! - irritou-se levantando tambem.
-Não importa, a noite foi ótima mas eu preciso ir! - sorriu largamente pegando o celular em cima da cômoda e saiu do quarto seguindo até as escadas, enquanto isso vestia a camisa, o celular então tocou e ele atrapalhadamente atendeu. - Ciao?
-Luca, preciso dos seus serviços. - disse uma voz misteriosa do outro lado da ligação.
-Quem é você e como conseguiu o meu número?
-Estarei o esperando no restaurante em frente a praça da cidade, não tolerarei 1 minuto de atraso, esteja aqui as 14:30. - a voz misteriosa então encerrou a ligação e Luca pode ver que horas eram, se surpreendeu ao ver que era 14:20.
-PUUUUUTAAAA MERDAAAAAAAA!! - gritou roubando uma lambreta e seguindo em alta velocidade até o tal restaurante, deu sorte de chegar no local 14:30 em ponto.
-Gostei da sua pontualidade. - disse um homem asiatico de cabelo preto como carvão tomando um Whisky, estava sentando do lado de fora do restaurante em uma mesa de vidro e a cadeira de tranças. - Sente-se. - apontou com o dedo do meio para a cadeira a sua frente e tomou um gole do Whisky. - Quer comer algo?
Luca pegou o cardapio e analisou os pratos que haviam ali, escolheu então um Carpaccio.
-Ótima pedida. - sorriu o homem satisfeito.
-Me contratou para qual serviço senhor? Eu trabalho de jardineiro mas ainda não sou tão experiente. - disse com um certo receio de dizer uma palavra errada que o insultasse e o homem, sem remorso algum pegasse uma arma e atirasse nele.
-Eu sei disso, sei de toda a sua historia e é por isso que o chamei aqui. - Luca se assustou e engoliu em seco. - Uma fonte segura me contou tudo sobre você Luca Castellani que nasceu em Viena, tinha três irmãos e era de uma família pobre. - tinha prazer em contar. - Por alguma razão que só eu, você e a fonte segura sabemos você assassinou sua família inteira e fugiu para cá.
-Quer que eu mate alguem então?
-Se quiser ter sucesso nessa área recomendo que utilize de códigos, como você trabalha de jardineiro utilize coisas como "arrancar ervas daninhas", "podar arvores centenarias" e etc. - sorriu tomando o ultimo gole da bebida. - Bom, eu quero que você arranque uma erva daninha para mim. - o garçom trouxe o prato pedido pelo Luca. - O endereço, as fotos e algumas informações básicas estão nessa pasta. - abriu a bolsa e retirou de lá uma pasta amarela a entregando em seguida para o mais novo. - Assim que terminar o serviço apareça aqui nesse restaurante na mesma hora e me ligue no numero que está no seu celular.
-Certo, precisa que seja para hoje o serviço?
-Não precisa ter pressa. - respondeu cruzando os braços. - Peça o que quiser, passarei aqui mais tarde para pegar. - levantou-se e caminhou para perto do rapaz tocando o ombro dele. - Sem falhas rapaz.
Após a refeição em que fartou abriu a pasta e verificou quem seria o alvo, uma mulher de 32 anos, vendedora de roupas e solteira, lá tinha a rotina inteira da mulher.
Serviço concluído e o rapaz voltou para o restaurante, deu sorte de ter encontrado quem o contratou.
-Castellani, cumpriu? - perguntou o homem com um sorriso encantador.
-Sim, eu poderia saber ao menos o seu nome já que sabe tanto de mim? - o sorriso aumentou de tamanho.
-Park Leeteuk. - respondeu.
-Pai! - chamou um garotinho correndo em direção a ele. - Posso comprar esse robô?
-Compre dois desse. - respondeu bagunçando o cabelo do menininho que parecia com ele e tinha o cabelo longo e preto tambem. - Ah, filho esse é meu amigo jardineiro, Luca Castellani. - o menininho estendeu a mão com um sorriso encantador e Luca apertou a mão dele devolvendo o sorriso. - Luca, esse é meu filho Park Jimin.
-Prazer em conhe-lo Jimin.
-Igualmente Luca. - o menininho então correu para fora dali empolgado em poder comprar aquele brinquedo.
-Seu filho parece ser muito encantador.
-Não se engane, ele é manipulador. - o sorriso se desfez e os olhos foram semicerrados.
-Por que está me dizendo isso?
-Digamos que irei te contratar para cuidar do meu jardim, jardim mesmo. - respondeu sorrindo. - Por essa razão te apresentei o meu filho.
-Quais dias da semana?
-Deixarei que você escolha, pois pode ser que esteja ocupado em um dia ou outro.
-Então eu preciso tomar cuidado com o seu filho?
-Sim, mas acredito que não tanto agora por ser uma criança.
Flashback Off
-Bem que você me avisou Leeteuk. - riu jogando o cigarro no chão e pisando. - Mas o dinheiro é quem manda nos dias de hoje.
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Jimin esperou Mina ficar pronta para poder sair de lá com ela, Geppetto inicialmente não quis deixar o mais novo a levar embora, por alguma razão se apegou a ela.
-Cadê os meus brinquedinhos? - perguntou Geppetto.
-Não sei, talvez estejam brincando por aí. - respondeu com um sorriso falso ajudando a mais nova entrar no carro.
-Estarei de olho em você rapaz... - disse Geppetto com os olhos semicerrados observando Jimin entrar no carro tambem e ir embora. - Sua cova já está sendo cavada.
Durante o percurso até a mansão Mina manteve-se silenciosa e observadora, Jimin estava curioso quanto as lembranças que ela tinha.
-E então, como foi a aula? - perguntou Jimin virando-se para ela rapidamente e depois voltando a atenção para a estrada.
-Foi boa, o professor Geppetto me ensinou política e como detectar um psicopata. - Jimin engoliu em seco e sorriu forçado.
-Interessante, mas o que uma coisa tem haver com a outra?
-Políticos mentem muito facilmente e são verdadeiros psicopatas, por essa razão ele me ensinou a identificar. - respondeu empolgada. - Acha isso desnecessario?
-Não, por que eu acharia? Ele fez o certo.
Chegando na mansão o rapaz estacionou o carro e pediu que Mina fosse diretamente para o quarto dela e ignorasse qualquer coisa que ela visse no caminho, afinal ele não sabia qual foi o tamanho da bagunça que Luca fez, e o quarto que seria dela seria o quarto que um dia foi o da Sicilia.
-Ela é bonita, foi por causa dela toda essa limpeza? - perguntou Luca no alto da escada com um sorriso de quem estava se divertindo.
-Talvez, aceita em bala?
-Dá logo o envelope seu mão de vaca. - os dois riram e o Jimin entregou o envelope.
-A arvore centenaria te espera. - sorriu piscando para ele.
-Se você não fosse meu patrão e eu não fosse hetero eu já estaria em um quarto agora depois dessa piscada. - comentou fazendo o rapaz rir e saiu em seguida.
-Oppa! - chamou Mina correndo em direção a ele.
-Sim?
-Estou com fome e eu acho que os empregados não estão aqui.
-Amanhã eles estarão de volta, eu sei cozinhar um pouco, se quiser eu faço algo para você. - ela sorriu largamente e ele retribuiu o sorriso. - Vai querer o que?
-Lasanha! - respondeu pulando nas costas dele.
-Certo, deu sorte que não é pesadinha, por que se fosse teria quebrado a minha coluna.
-Você é forte, olha esses musculos. - cutucou com o indicador o dedo o braço do rapaz e ele riu.
A preparação da lasanha foi cheia de bagunça, afinal os dois ficavam brincando de jogar os ingredientes um no outro, mas assim que ficou pronto resolveram tomar um banho para poder comer.
-Está linda! - disse ele assim que colocou a lasanha na mesa.
-Mas essa roupa não é minha... - disse ela olhando o vestido de perolas curto que usava, tinha ombreiras cirulares e um enorme decote em V nas costas.
-É claro que é, eu comprei para você faz um tempo e deixei lá guardado. - mentiu ele, aquele era o vestido que a Sicilia mais odiava e ganhou de natal.
-Bom, eu não me lembro, mas já que disse que comprou para mim será meu agora. - os dois sorriram.
A campainha tocou, os dois se entreolharam em duvida sobre de quem seria a visita.
-Deixa que eu atendo. - disse ela andando até o portão principal, assim que atendeu a porta ficou surpresa. - Posso ajudar?
-Procuro Milena Park. - respondeu uma mulher com o cabelo longo, liso e preto com uma franjinha, usava um longo vestido preto com decote em V e duas fendas nas pernas, além de um salto alto plataforma.
-Ela não se encontra, ainda está na turnê. - respondeu Mina com um sorriso doce. - Mas se quiser entrar fique á vontade.
-Com licença. - ela tinha a pele negra e os olhos cor de mel, tinha uma beleza que era reforçada com a maquiagem leve que usava.
Jimin então saiu para saber de quem se tratava, foi então que ficou branco feito papel.
-Puta merda. - sussurrou ele.
-JIMIN! - exclamou alegremente a mulher misteriosa correndo para abraça-lo, mas o rapaz desviou. - Sempre fugindo dos meus abraços, mas um dia eu irei te pegar rapazinho.
-Tia o que está fazendo aqui? - perguntou preocupado.
-Fiquei sabendo que seus pais estavam na cidade então resolvi vir para vê-los, mas cheguei tarde não é mesmo?
-MUITO por sinal, eles não estão aqui faz um mês.
-E quem é a bela moça?
-Minha amiga.. - respondeu com um sorriso forçado. - Miyou Mina, - a mais nova estendeu a mão para a mais velha. - Mina essa é a minha tia Elisa Park. - a mais velha apertou a mão da mais nova.
-Ela é muito bonita, de quem é parente?
-Uns amigos meus que moraram aqui por um tempo mas se mudaram de novo, por essa razão ela está morando comigo. - respondeu com um sorriso forçado.
-Eu tive uma ideia querido, que tal viajarmos nós três?
-Agora? E para onde? - perguntou Mina curiosa.
-Sim, agora e poderia ser para o Havaii, sinto falta de uma praia. - respondeu empolgada.
-Não sei se é uma boa ideia... - disse Jimin coçando a nuca.
-Vamos comer a lasanha e aí você decide se é uma boa ideia ou não, mas eu estou louca para conhecer o Havaii. - disse Mina pegando no pulso da Elisa e a levando até a sala de jantar.  

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