Despertar

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Olá, pessoas. Mais um capítulo, demorei e não pedirei desculpas dessa vez, ok? Os comentários, votos e visualizações caíram e isso me desanimou bastante.

Mas enfim, estou de volta. A fanfic está se encaminhando para o final (teremos mais dois capítulos, eu acho) e eu espero que aproveitem.

Beijos e até mais...

Ah! E oi para os novos leitores, espero que estejam gostando da história ;)



Lauren.


   É engraçado como as coisas têm a capacidade de mudar tão rapidamente, não é mesmo? Em um momento tudo está bem, você está quase transando com a garota que gosta em um banheiro e, no outro, tudo desaba e o que te resta são as boas lembranças e nada mais.

   Às vezes, acho que o destino, Deus, ou qualquer que seja a força superior que rege o universo, gosta de brincar conosco, moldando nossas vidas a fim de deixá-las atrativas para sua própria diversão, sem se preocupar com o fato de sermos ser humanos e termos sentimentos.

   Hoje, faz exatas duas semanas que Camila morreu, duas semanas que não sinto nada além de dor, tristeza e culpa. Todo dia acordo e me pergunto por que ainda respiro, ou então o que se deve fazer quando toda a sua vontade viver se esvai.

   O ser humano é movido por vários sentimentos, bons e ruins, e acredito que o amor e a esperança sejam os dois principais. Mas o que fazer quando se sente que todo o amor e a esperança dentro de si se extinguiram? Você sabe a resposta? Eu não sei.

   - Está mesmo cogitando esta possibilidade? - Ally me perguntou pela centésima vez. - Sair de Miami não fará essa dor passar, Laur.

   Era uma tarde de sábado, e minhas duas melhores amigas estavam no meu quarto, conversando comigo sobre minha vontade de ir embora. Não estava sendo fácil ir para a escola todos os dias, andar pelos corredores e não poder ver os olhos de chocolates que eu tanto amava. Sim, amava. É realmente incrível como o ditado que diz que você só dá valor a algo quando o perde, é verdadeiro. Depois de tantos dias sem ver o sorriso de Camila, sem ver seus dedos delicados ajeitando os óculos sobre o nariz enquanto ela me explicava algo, eu simplesmente não sabia como seguir em frente.

   A essa altura, todos na escola como na cidade, já sabiam do meu envolvimento com drogas. A candidatura do meu pai havia ido para o lixo, seus números de aprovação caindo cada vez mais nas pesquisas eleitorais.

   Todo dia, tanto ele quanto Clara se preocupam em dizer o quanto me amam. Acho que se teve algo de bom nisso tudo, foi a nossa reaproximação. O medo de me perder os fizeram voltar atrás nas suas atitudes. Eles agora aceitavam minha sexualidade, apesar de não estarem satisfeitos com ela. 

   - Eu sei, Ally - Fechei os olhos devido os carinhos que a pequena fazia na minha cabeça. Carinhos estes, iguais os que a minha latina costumava fazer em mim. - Mas talvez se eu me distanciar daqui as coisas melhorem. Eu... Eu só quero poder acordar sem sentir o desejo imenso de morrer. Eu só quero voltar a viver, e não apenas sobreviver.

   - Nós sabemos, Lo. Porém, acredito que está na hora de você parar de fugir, não acha que já fugiu demais? - dessa vez foi Vero quem falou. Depois que a história sobre Richard saiu nos jornais, eu contei tudo para elas, desde a minha saída de Dallas até a minha internação na clínica de reabilitação.

   - Já está decidido - falei com a voz firme. - Segunda vou até a escola resolver algumas questões sobre meu afastamento e até sexta-feira pretendo voltar a Dallas.

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⏰ Última atualização: May 12 ⏰

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