Revelações

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Olá, pessoassss. Estou de volta com esse capítulo M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O, o maior até agora.

Sério, terá de tudo aqui, muitas revelações (Querem saber se a Lauren matou mesmo o Steven? Por que ela tem tanto medo do Richard? Onde ela esteve durante os três meses longe de Miami?), drama, flashback, e mais... Portanto, eu acho que mereço comentários.

O número de coments está diminuindo e são eles que me dão vontade de continuar escrevendo. Então comentem, meus lindossss, e não deixem de votar.

Boa leitura ;)



   O clima estava pesado, meu pai andava de um lado para o outro com o celular em mãos e minha mãe lutava contra as lágrimas assim como eu. Mike havia chegado há pouco tempo, depois que Clara ligara para ele e o pediu que voltasse o mais rápido possível para casa.
Agora, estávamos as duas sentadas no sofá enquanto ele tentava resolver as coisas.
 
   Engraçado, já teve a sensação de que sua vida, às vezes, dá voltas e voltas e sempre para no mesmo lugar? Bom, é assim que eu me sinto. Parece que quanto mais eu tento fugir, mais o meu passado me persegue, de uma forma implacável, incansável, feroz e destrutiva. E cada vez mais, as pessoas ao meu redor são atingidas com mais violência, como se as consequências dos meus atos fossem incapazes de acertarem somente a mim e insistissem em respingar neles sem dó ou piedade. Era quase como se eu fosse tóxica a todos que se aproximassem.

   - Tudo bem, John. Obrigado - Ouvi meu pai dizer antes de desligar o telefone e caminhar até nós. - Falei com o Johnny e expliquei tudo meio por cima, ele disse que em casos como esse o melhor é armar um flagrante. Iremos conversar melhor e discutir todos os detalhes amanhã.

   - Minha filha não irá participar de um flagrante de maneira alguma, Michael! - Clara protestou, quase entrando em desespero. - Eu nunca permitirei isso!

   - Calma, querida. Ainda não sabemos se é isso mesmo que vamos fazer, como eu disse, conversaremos amanhã - Mike tentou acalmá-la, sentando-se ao seu lado e acariciando-a as costas de forma carinhosa.

   - Mesmo assim, Michael. Participar de uma emboscada policial envolvendo traficantes? Isso é muito perigoso.

   - Mas talvez seja nossa única alternativa, meu amor - ele disse simplesmente, abraçando-a e consolando-a enquanto Clara se derramava em lágrimas.

   Observando-os, senti nojo de mim mesma por ser uma filha tão horrível. Eu criticava Michael e Clara por serem maus pais, mas, em parte, eu os forcei a serem assim.

   - Me desculpem - pedi em meio ao choro, minha voz em um tom baixo. - Me desculpem por tudo isso, eu... Eu realmente sinto muito.

   Soltando um suspiro cansado, Mike me encarou com um misto de decepção e amor.

   - Vamos dar um jeito nisso, Lauren. Vai ficar tudo bem, eu prometo a vocês duas - intercalou seu olhar entre mim e Clara.

   Soluçando, Clara levantou os olhos até mim e me fitou quase que com asco. Eu sabia que ao mesmo tempo em que me amava, ela me odiava pelo que me mostrei ser, pelo que fiz a nossa família. Seu olhar era cheio de acusação, e me machucava de uma forma infernal, cortando-me como uma faca afiada.

   - Mãe... - comecei, sendo interrompida pela campainha. Merda, quem será?

   - Lauren, atenda a porta e dispense quem for, por favor - Mike falou, e de pronto me levantei, enxugando o rosto e me recompondo.

   Respirando fundo, me aprumei e abri a porta, dando de cara com Camila.

   - Camz, o que está fazendo aqui? - questionei com minha voz mais rouca que o normal devido o choro.

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