Monólogo

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POV Camila C

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POV Camila C.

Eu viajo entre o real e o imaginário, as vezes é difícil diferenciar os dois, emoções podem nos levar a caminhos perigosos principalmente quando você tem um problema como o meu, é tudo tão complicado, as vezes fico questionando.. qual a finalidade do meu nascimento? Eu mais vegeto do que vivo, são poucas as alegrias que eu tenho, sobra mais coisas ruins para se lamentar do que coisas boas. Eu juro que tento ser pelo menos uma pessoa agradável, mas não é todos que sabem lidar com o meu caos, não posso culpa-los por isso. Me sinto presa em um abismo criado pela minha própria mente, cadeias feitas por mim mesma pela qual não sei como escapar delas, as vezes fica até difícil de respirar, me dá vontade de quebrar coisas, machucar pessoas.. então para não descontar nelas o meu problema, acabo descontando em minha própria pele. Marcas.. as minhas já estão perdendo a coloração, eu tento esconder de mamãe, ela não gosta quando faço isso, mas não me julgue, você não sabe como é estar em minha pele e sentir o que sinto, você não luta todos os dias contra várias vozes dentro de sua cabeça dizendo que você é um fracasso, que sua vida não significa nada, é uma força maior que eu, a dor física então é o meu alívio temporário, ou é isso ou é o choro, mamãe não pode me ouvir, tenho que evitar, sei o quanto é difícil pra ela essa situação toda, então eu tento não chorar, mas as vezes, toda e qualquer tentativa é em vão, ai eu desabo.

POV Lauren J.

Minhas dores internas tem me sufocado, por fora sou apenas a garota que todos querem que eu seja, maquiada com um sorriso no rosto e uma pose de menina madura. Não é que eu não seja, mas... matar aula pra se embebedar dentro de uma das cabines do banheiro não é uma atitude muito sensata. Eu comecei a beber apenas pra esquecer as coisas que me afligem, era pra ser uma distração, uma diversão, eu pensei que estava no controle, mas estava enganada. Eu consigo me manter sem a bebida por um tempo, mas sempre vem a recaída. Apesar de ter uma casa bonita,enorme, e luxuosa, me sinto solitária, minha mãe está mais preocupada com seu trabalho, ela é advogada e passa a maior parte de seu tempo estudando seus casos, meu pai é praticamente a mesma coisa, quando está em casa fica conversando no celular sobre trabalho ou se tranca em seu escritório, sinto falta das tardes que passávamos juntos como uma família, já faz um tempo que não tenho isso, só tenho as lembranças como consolo. Eu quero sair do fundo do poço porque não quero ser uma fracassada, eu só preciso encontrar uma razão, um motivo se quer, só assim poderei mudar o quadro dessa minha amarga vida.


notas finais: dois extremos delicados :/

Esquizofrenia - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora