Marry Me, Not Her

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POV Harry

Assim que termino o banho e estou devidamente vestido, saio atrás de Louis pelo apartamento. Um leve cantarolar ecoa pela sala e cozinha, então caminho em passos silenciosos até lá. Encontro o menor colocando água quente em duas xícaras e fazendo chá, enquanto canta e mexe os quadris. Muito adorável, eu poderia me acostumar com isso.

Quando saí da empresa, uma hora atrás, não fazia ideia que tudo poderia mudar tão rápido. Eu estava triste, perdido, sem Louis e a caminho de um solitário apartamento. Agora tudo parece mais leve e melhor, apenas com sua presença. Lou sabe das ameaças e vamos poder resolver o problema logo, então quem sabe possamos namorar...?

É, isso seria ótimo.

- Como se sente, Hazz?

Pergunta carinhoso, notando minha presença.

Abro um sorriso e ando em passos largos até Louis, abraçando seu tronco e dando um beijo molhado em sua bochecha.

- Muito melhor.

Sussurro em seu ouvido, enquanto ele solta uma risada.

- Nenhuma dor, ou nariz entupido? E o corte na testa, parou de sangrar?

Insiste, se afastando com cuidado e segurando meu rosto. Louis analisa lentamente todo meu corpo, como se quisesse provar para si mesmo que estou bem. Por fim, ele parece convencido e então beija meus lábios devagar.

- Me assustou bastante hoje, Curly.

Diz, me entregando uma das xícaras enquanto deixa um suave encostar de lábios no meu queixo.

- Me desculpe. Estava correndo para fugir da chuva e acabei não vendo o carro.

Respondo, tendo noção que deveria ter sido mais cuidadoso. Eu podia estar a caminho do hospital agora, em uma situação muito ruim.

- Pois trate de se cuidar, Harry. Não quero perder você por causa de um acidente estúpido.

Cruza os braços sobre o peito e me lança um olhar penetrante. Abaixo a cabeça e concordo, fazendo um beiço com os lábios.

- Pare de ser tão bonitinho!

Gargalha, saindo da pose séria.

- Não consigo, sou bonito de natureza.

Pisco para ele e o mesmo revira os brilhantes olhos azuis.

Nós dois então vamos para o meu quarto, onde entramos debaixo das cobertas e ligamos a televisão em um canal qualquer. Louis se encolhe contra o meu peitoral e entrelaça nossas mãos, enquanto eu beijo seus cabelos lisos. Eles tem um cheiro doce, misturado com o forte perfume que o pequeno usa, tornando tudo muito agradável.

Por quase uma hora ficamos em silêncio, aproveitando a companhia um do outro. Apenas carinho, saudade, tranquilidade e sonolência. Mas, quando a programação acaba, largamos nossas xícaras já vazias em uma mesinha e Louis se vira em minha direção, parecendo mais sério.

- O que vamos fazer, Harry? Posso pedir para Lottie arrancar os cabelos de Eleanor, tenho certeza que daria certo.

Oferece, com o rosto firme. Ele não parece estar brincando, talvez eu deva ficar preocupado.

- Violência nunca é a solução, amor.

Digo, colocando Louis no meu colo e vendo ele assentir e cruzar os braços.

- Mas o que fazer então?

Decido apresentar a solução mais viável. Tenho orgulho do meu esforço e da minha competência como profissional, sempre há alguém disposto a contratar no mercado. Talvez em uma empresa menor e com menos prestígio, mas mesmo assim eu teria um emprego.