Cap.18

149 10 0
                                    

Hoje acordei com um sentimento diferente. O sentimento de acordar e olhar para o lado e encontrar um bebê, ou pelo ao menos uma criança. Me viro para o outro lado da cama e encontro Naj, pego sua mão como se fosse de um bebê e começo a sentir o cheiro de seu forte perfume. Levanto e vejo minhas duas bebêzonas deitadas no chão(em um colchão tá!) e logo me veio na cabeça mais três bebêsinhos.
Sorri com esse pensamento, se o Brandon não aceita nem a Alessa nunca iria querer mais dois filhos. Suspiro. Vou ao closet encontrando May e Léo dormindo, pego minha roupa e vou ao banheiro. Hoje acordei cedo, novidade. Desso as escadas, hoje o dia esta triste, parece que algo de ruim vai acontecer. O meu coração começa a dar pontadas e eu o aperto, que coisa! Logo meu celular toca e meu coração acelera, minha mão treme e fico pálida. Atendo o celular e logo uma mensagem horrivel soa pela minha mente:
Dona Alice: Orfanato C.E.N dona Mariana?
Eu: sou eu sim aconteceu alguma coisa?
Dona Alice: Desculpa, mas é que a Maria Clara sofreu um acidente e dizem que segundos antes de desmaiar ela gritava seu nome.
Meu coração parou de bater por um segundo e meus olhos encharcaram de lágrimas. Desliguei o celular e fui para o hospital. Chegando lá disse o nome da paciente e mandaram eu ir ao local que se encontrava a mesma. Quando chego no 3¤ andar encontro ela deitada no único espaço colorido do hospital, a area infantil. Meus olhos não conseguiram evitar as lágrimas cairem e minhas pernas correram ao seu encontro ficando da altura da mesma, passei minha mão em seu rosto enquanto a outra segurava de leve seu braço que estava em um soro, vi seu braço e perna quebrada e logo seus olhinhos abriram.
Maria: Tia Mari...
Disse num fio de voz.
Eu: Shhh. A Tia não vai sair, vou ficar aqui, quando você estiver melhor você me conta o que aconteceu.
Seus olhos refletiam um GLÓRIA e tristeza, a enfermera bate na porta e vou a seu encontro.
Enfermera: Me desculpe, mas ela tem que comer.
Eu: Prometo alimenta-la, deixe eu ficar esse momento com ela...
A enfermera ciente do acontecimento da menina me entregou uma bandeja, com um prato fundo de sopa, um suco de laranja e uma maçã. Deixo a bandeja no seu colo e pego a cadeira mais proxima para apoiar o mesmo. Assim que coloco encho a colher de sopa e coloco a mão por debaixo da colher direcionando até a boca dela.
Eu: Quer suco?
Ela concordou com a cabeça e lhe dei um pouco de suco, voltando a sopa. Quando a sopa e o suco acabou lhe entreguei a maçã e ela ficou saboreando. Fiz carinho em seu rosto e ela fechou o olho, como se quisesse gravar aquele momento.
Eu: Olha, a tia vai ali na papelaria e já volta.
Seus olhinhos enxeram de lágrimas e uma dó constante bateu.
Eu: calma-fiz carinho em sua bochecha de novo-para provar a tia vai deixar a bolsa dela aqui e só vai levar o celular. Ela abriu um sorrisinho. No caminho até a papelaria liguei para o Léo explicando o que aconteceu. Na papelaria comprei uma caixa de lápis de cor, um caderno de desenhos para pintar e dois livros. Peguei dois DVD's infantis e pedi para o moço transferir no meu pen drive, para ela assistir no meu nootbook. Voltei ao hospital e ficamos fazendo as diversas atividades que comprei.
No dia seguinte.
Finalmente vão dar alta para  a Maria Clara. Alice apareceu pela primeira vez e vendo as condiçoes da menina(cadeira de rodas) me olhou:
_Me desculpa, mas os corredores do orfanato são finos, as portas são estreitas e é tudo muito alto! Como ela vai viver  conosco?
Eu: ela pode ficar comigo até se curar!
Ela soltou um sorriso involuntario no rosto e disse:
_ Você gosta muito dela, não é?
Sorri e concordei vendo ela brincar na cadeira de rodas.
Alice: Nunca quis adota-la?
Apenas sorri e neguei, tenho um bebê na barriga, não ia dar certo.
Fomos para casa e arrumei um colchão de solteiro para ela, coloquei no quarto da Alessa e enfeitei com bichinhos de pelucia.

 MÃE POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora