Mais um trabalho..

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Quando vi que já estava morta, tratei de esconder o corpo, peguei um plástico preto e coloquei lá dentro, arrastei até um freezer que tinha colocado no porão, limpei todo o sangue deixando aquilo o mais limpo possível, fechei a parede secreta onde ficava todos os corpos, e subi as escadas limpando minhas mãos e minhas roupas, quando chego na sala encontro meu pai sentado em meu sofá.

-Mais uma vítima?- perguntou com um sorriso divertido em seus lábios.

-Sim, o que quer?- perguntei, ele nunca me procura, só quando precisa de um favor.

-Nossa não se pode visitar um filho - falou irônico, e eu olhei como se pedisse para ser direto - Certo, rolou um trabalho pra mim, só que como eu estou envolvido em outro pensei que você pudesse ir em meu lugar-

-E do que se trata esse seu orgulhoso trabalho ?- ele começou a rir.

-Filho, ainda tem rancor de mim por te ensinar meus dons, olha essa sua casa acho que você deveria me agradecer-

-Corta essa, e fala logo o que quer- disse e fui para cozinha, e ele veio logo atrás.

-Um empresário muito rico, perdeu sua mulher semana passada, ele descobriu que a mesma deixou uma herança de milhões, só que está no nome de sua filha, e só ela pode buscar o dinheiro.- falou se encostando na mesa.

-Ela ainda é de menor?- negou - tá e quanto que eu vou ganhar com isso ?-

- Meio milhão..- ri, e fui até a geladeira pegando uma cerveja para mim.

-Acho pouco -

-Não vai me dar uma?- neguei.

-por que não compra uma para você ?-

-É assim que você trata o seu velho pai-

- o que eu tenho que fazer agora, que dia ele vai entrar em contato comigo?- perguntei.

-Daqui dois dias - disse e foi até minha geladeira pegando uma cerveja -Você tem que parar de ser assim filho, sua mãe sente sua falta sabia -

-Não ligo - dei de ombros.

-Você tem que esquecer o passado- comecei a rir.

-Vocês estragaram a minha infância, a lembrança mais especial na vida de alguém, acha mesmo que vou esquecer? É melhor você ficar quieto antes que te expulso daqui.

-okay não falo mais nada - levantou as mãos como rendimento.

-O que eu vou ter que fazer para conseguir matá la?-

-Vai se infiltrar, sei lá, trabalhar na mesma profissão que ela.

-E qual seria?- perguntei.

-Investigadora- arregalei meus olhos e cuspi tudo que havia na minha boca.- ai que nojo moleque-

- Como assim ?-

-Ah filho você é bom e vai conseguir entrar, já vou indo, fica esperto daqui dois dias ele entra em contato- disse por fim e saiu.

Uma investigadora, não vai ser fácil dessa vez, sabemos muito bem como essas pessoas trabalham, elas mexem com suas mentes fazendo você dizer a verdade, eles sabem quando está mentindo. Vou ter que ser cauteloso sobre minha personalidade, tenho que ir já treinando para não cair em suas armadilhas psicológicas.

Subi para o meu quarto e fui tomar um banho quente, a água descendo me dava arrepios, me sentia aliviado, a água era como se levasse todo o peso na consciência embora. Enrrolei a toalha em minha cintura e sai do banheiro, fui até o guarda roupa e só vesti uma calça moletom, e me deitei na cama, liguei a televisão, e lá estava a foto da menina que eu havia matado, sua mãe chorava no noticiário, será que ela amava mesmo sua filha? Não Ligo.

Blood of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora