Possessiva

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Já estou no lugar marcado esperando o pai de s/n, eu estou tão ansioso que cheguei mais cedo que o combinado, não havia dormido, estava muito preocupado e ansioso, olho ao redor e estava tudo um breu, não era pra menos se estou um pouco distante da cidade, vejo um carro chegar e o homem que esperava sair.

-Parece que alguém não dormiu hoje- disse sorrindo, e minha expressão já se deve imaginar não estava uma das melhores.

-Não mesmo será que você pode me falar logo- me escorei em uma árvore.

-Certo, não sei por onde começar - disse.

-Que tal pelo o começo?- ele riu.

-Tudo bem-

[Pai s/n]

S/n tem um problema psicológico e emocional, com isso ela tem complicações em dividir o lado racional e irracional.

Com 15 anos ela teve o seu primeiro namorado, eu e minha esposa estávamos felizes por s/n, só que depois se alguns meses, pra ser exato no mês de abril, no dia 17, ela chegou chorando em casa. Todos os dias perguntamos o que havia acontecido e ela se negava a contar, depois de um tempo a gente não insistiu, até que um dia ela chegou em casa toda alegre com algumas marcas vermelhas em sua roupa, ela falava que derramou picolé na roupa enquanto andava, mas algo em mim dizia que não era isso.

Depois de uma semana passou uma notícia na TV envolvendo a morte do seu namorado, s/n estava na sala e quando mostraram um pouco do corpo dele, ela ria como se fosse piada.

Um mês havia passado e ela ficou ainda mais agressiva, quase todos os dias chegava em casa com marcas de sangue em suas roupas, sem pensar muito pedi que a internassem no manicômio, e ela ficou lá por 1 ano e foi liberada por bom comportamento,no carro ela não olhava em minha cara, e nem ao menos pela a janela, o seus olhos estavam concentrados em um pedaço minúsculo de papel. Eu só falei umas 4,5 vezes com ela depois da morte de sua mãe, ela está assim deprimente por causa disso.

[Pai s/n off]

-Ta, tem como o senhor ser mais específico- ele assentiu.

-Ela se declarou certo?- assenti confuso.- só se cuide, porque pedi para se afastar vai ser impossível-

-E o trabalho?-

-sim, eu iria pedir para continuar com o trabalho, mas você vai matar ela por vontade própria, então boa sorte - deu tapas em meu ombro e foi embora, bufei e fui até ao meu carro saindo de lá.

“As aparências enganam “ ainda não caiu minha ficha sobre esse assunto, será mesmo que ela... Preciso conversar com alguém senão vou explodir.

Cheguei em casa e abri a porta, me assustei ao ver jungkook sentado no sofá da sala.

-Se sentindo a vontade?- falei cruzando os braços, e jungkook levantou assustado me fazendo rir.-Tudo bem você já é de casa né, como conseguiu entrar?- ele levantou um grampo coçando a nuca - olha você é esperto - fui para a cozinha e jungkook me seguiu.

-Desculpa hyung, é que eu achei que precisava conversar com você -

Peguei duas cervejas e lhe entreguei uma.

-E o que precisa conversar?- ele coçou a nuca sem graça.

-Você percebeu que eu não tenho matado mais ninguém esses dias-

-Sim eu até iria te perguntar o porque-

-Então, é que eu estou perseguindo uma garota, não como trabalho, mas sim necessidade -arqueei as sobrancelhas e ele ficou ainda mais sem graça.

-Certo, já está muito clichê, o psicopata se apaixona e muda por ela, estamos em uma história ou é impressão minha - ele começou a rir.

-E eu sou o que nessa história?-

-O amigo psicopata do personagem principal - dei de ombros.

-Amigo?Min Yoongi disse amigo?- revirei os olhos.

-Bom você entra na minha casa, se senta no meu sofá, bebe a minha cerveja, é caro, tem que ser um amigo mesmo- rimos.

-Mas porque não posso ser o personagem principal?-

-Você não tem tanto talento quanto eu - dei de ombros e sorri, sendo acompanhado pelo o jovem.- apesar preciso conversar-

-Fala fodão -

-Hoje fui conversar com o pai da s/n, descobri uma coisa que ainda não sei se é verdade - tomei um gole sendo acompanhado por ele.

-E o que descobriu ?-

-Eu pensei bem para chegar em minha conclusão-

-E qual é sua conclusão?-

-Ela é uma possessiva -

Blood of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora