Capítulo 22

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Helena.

Fico sem fala por um momento.

Eu - Estou indo para ai. 

Tia Rê - Helena... 

Eu - Logo chego ai.

Desligo e calço minhas sandálias. Saio sem trocar de roupa, pago o vestido e pego minha bolsa, saindo com Catarina.

Catarina - Helena! HELENA! - me viro.

Eu - Oi! 

Catarina - A etiqueta. - sorrio, ela tira e corremos para pegar um táxi. 

[...] 

O táxi mal para em frente ao hospital e eu abro a porta, saio correndo.

Catarina - Lena! - chama e paga o motorista, depois vem atrás de mim. 

Chego na recepção, paro e respiro fundo, coloco uma mecha de cabelo para trás da orelha e digo sorrindo:

Eu - Juan Rodrigues. - digo.

Recepcionista - Qual seu nome? 

Eu - Helena Sati Guerra e Catarina Goulart. 

Recepcionista - Colem isto em um lugar visível e sigam por aquele corredor. - diz sorrindo, entregando o adesivo com meu nome e apontando o caminho.

Seguimos até o quarto que eu já tão bem conheço. Ia abrir a porta quando Tia Rê saiu. '

Eu - Tia Rê isto é maravilhoso! - digo abraçando ela - Estou louca pra vê-lo e descobrir se ele ouvia as histórias que eu contava...

Tia Rê - Helena, tem um problema. 

Eu - Que problema? - digo me afastando e a expressão de animação se transforma em preocupação.

Tia Rê - Ele não se lembra do que aconteceu.

Eu - Como assim? - não entendo.

Tia Rê - Os médicos disseram que ele perdeu a memória parcialmente, mas não sabemos até quando ele se lembra e de quem ele se lembra. 

Eu - Então ele pode não saber quem eu sou? - pergunto triste.

Tia Rê - Eu sinto muito meu amor...- diz passando a mão em meu cabelo - Eles estão fazendo exames, vão dar o resultado mais tarde e se ocorrer tudo bem, ele vai receber alta amanhã. 

Eu - Eu vou lá fora, respirar um pouco e processar as informações, tudo bem? 

Tia Rê - Tudo, eu entendo... - percebo sua sinceridade. 

Pego na mão de Catarina que está assustada e caminhamos juntas para o jardim, me sento em um banco com ela e minha amiga não diz nada, continua encarando uma parede branca, assustada, como se procurrasse o que dizer e que palavras usar.

Eu - E se ele não lembrar de mim?! 

Catarina - Helena...

Eu - O que foi?

Catarina - Lembra do que você falou?

Eu - Quando?

Catarina - Hoje mais cedo, no Mc Donalds, sobre querer que ele te conhecesse de verdade, sem a opinião dos outros, sobre recomeçar...

Eu - Sim, o que tem?

Catarina - Pense comigo, se ele não lembra de você e você não contar que lembra dele, vocês dois não se conhecem e a história de vocês nunca existiu, você pode conquistar ele, uma segunda chance.

Eu - Ta, mas ele vai recuperar a memória algum dia. 

Catarina - Sim, ele vai, mas quando isso acontecer, ele ainda vai lembrar de tudo. Se ele sente algo por você, não importa se ele lembra ou não, vai continuar sentindo. 

Eu - Acho que você, estranhamente, de uma forma nada racional, está certa. 

Catarina - Até porque, o que pode acontecer? O não você já recebeu. Tente o sim amiga. 

Eu - Eu vou tentar. - sorrio - Obrigada amiga! - nos abraçamos. 

Me levanto e caminho para dentro do hospital. Encontro meu pai na recepção. 

Eu - PAI! - chamo e ele me olha. 

Pai - Oi! 

Eu - Preciso de um favor. 

Pai - Sabe que Juan acordou? - assinto.

Eu - Ele não se lembra de mim. Quero que você não fale sobre mim e peça para a Tia Rê fazer o mesmo. 

Pai - O que?

Eu - Por favor. - peço.

Pai - Tudo bem, mas por que?

Eu - Eu amo ele, mas da ultima vez não deu certo, dessa vez eu quero que dê. Você deixa?

Pai - Claro. Tome cuidado. - sorrio.

Eu - Vou tomar. - me estico ficando na ponta dos pés e beijo suas bochechas - DIga a Tia Rê que eu mandei um beijo. 

Pai - Onde você vai? 

Eu - Vou voltar a ser eu, não aguento mais essas paredes brancas, parece sua antiga casa. 

Ele sorri e eu deixo o local, encontro Catarina em frente ao hospital e me dirijo a ela. 

Catarina - E ai? 

Eu - Vamos trazer a Helena de volta!

Catarina - Vou amar fazer isso. - diz sorrindo.

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Ai que amor! Agora a história vai começar. O que vocês estão achando???? Por favor me digam!



Filha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora