Semanas depois...
Helena.
Caminho, ao lado de Stephan.
Eu - Estou cansada já. - digo passando a mão pela testa, retirando as gotas de suor.
Stephan - Pensei que era mais forte morena.
Eu - Também pensei, mas parece que não estou mais como antes.
Stephan - Vamos para um pouco para descansar então.
Ele me abraça e vamos até um quiosque. Estávamos a muito tempo dentro de casa, então resolvemos caminhar um pouco, Stephan vai embora daqui dois dias e estamos tentando aproveitar ao máximo, porque eu decidi ficar.
Pedimos uma água de côco e nos sentamos na areia para beber, olhando para o mar.
Stephan - O que aconteceu naquela noite Helena?
Eu - Em qual delas?
Stephan - Quando eu sai do seu quarto, você foi dormir, no dia do baile. Mais tarde eu ouvi vozes mas não quis atrapalhar. Era o Juan?
Eu - Ele me confundiu naquela noite. Não parecia ele.
Stephan - Mas o que aconteceu?
Eu - Eu disse para ele sem querer, no meio da nossa conversa, que não vem ao caso, que ele andava grudado comigo antes. Então ele ficou pensando naquilo e veio me perguntar, como ele poderia andar comigo antes do acidente, se nem me conhecia.
Steephan - Mas ele não conhecia?
Eu - Ele pensa que não conhecia. Eu fiz ele acreditar que não conhecia.
Stephan - Por que você fez o garoto que você ama, acreditar que nunca havia te visto antes? Helena! Você passou meses em um hospital ao lado dele!
Eu - Ele não queria ficar comigo. - digo e um nó se forma em minha garganta - Ele dizia que não podia ficar com a filha do chefe e eu pensei que pudesse ter sido algo que meu pai tenha dito. Mas, acho que não, porque depois de tudo, ele nunca se aproximou. Ele não sente nada por mim Stephan...
Stephan - Ele sente e eu tenho certeza disso. Porque sou homem Helena e sei como é. Ele não te olha como amiga, não te olha com malicia, ele te olha com um olhar puro, de quem ama.
Eu - Como ele pode me amar? Nós nunca sequer nos beijamos.
Stephan - Você ama ele.
Eu - Acho que sim.
Stephan - Não estou perguntando. Você ama Helena. Se não amasse, não perderia três meses da sua adolescência, dentro de um hospital lendo livros e tirando pétalas de rosas ao lado dele. Você não teria se importado de que desligassem os aparelhos, você teria raiva dele até hoje, mas a verdade é que você nunca teve raiva dele.
Eu - Talvez você esteja certo.
Stephan - Talvez ele nunca recupere totalmente a memória, eu tenho pena de você. Porque eu perdi a garota que eu amava, ela morreu e está morta. Você está perdendo o garoto que você ama, não está vendo, mas mesmo vivo, ele está morrendo pra você, mas o sentimento que você tem por ele não vai morrer, ele só vai esfriar e toda vez que seu coração esquentar, ele vai derreter e voltar. Espero que você não se culpe como eu, por não ter amado o suficiente.
[...]
Entro na boca e caminho até a sala de meu pai. Entro sem nem bater á porta.
Eu - Pai? pergunto e ele que checava uma especie de lista e me olhou por cima dos papéis - Onde eu encontro Juan?
Pai - Deve estar em casa, por que?
Eu - Obrigada.
Pai - Helena! - chama mas eu não dou ouvidos e o deixo para trás, caminhando para fora da boca.
Vou até a casa da Tia Rê, que também é do Juan. Entro no quintal e bato na porta. Logo Tia Rê abre.
Tia Rê - Oi princesa! Como vai?
Eu - Oi Tia Rê! Estou bem e você? - pergunto.
Tia Rê - Melhor agora, entre, vamos tomar um café ou alguma coisa.
Eu - Na verdade, eu queria falar com o Juan, ele está?
Tia Rê - Tá no quarto, faz dias que só fica lá o dia todo e de noite some, chega de manhã e não sai, repete isso todos os dias. Mas pode ir la.
Sorrio e agradeço, em seguida caminho até o quarto de Juan, bato a porta e abro em seguida. Vejo o moreno deitado de barriga para baixo na cama bagunçada, vestindo apenas uma bermuda. Com os cabelos bagunçados, de quem dormiu com eles molhados. Me aproximo e sento ao seu lado. Passo a mão em sua cabeça, fazendo com que meus dedos adentrassem em meio aos seus fios de cabelo negros.
Passo minha mão por sua pele bronzeada e tiro minhas mãos, me repreendendo. Fecho os olhos, respiro fundo e me levanto. Caminho até a porta, abro um pouco e ainda com a mão na maçaneta, ouço:
Juan - Á que devo a honra da filha do chefe vir me visitar?
Eu - Sou só a filha do chefe para você? - pergunto ainda de costas, porém me virando para fitá-lo.
Juan - Por que a pergunta? - ele vira para me olhar, ficando com seu abdômen para cima, me olhando fixamente, colocando os braços cruzados abaixo da cabeça, para apoiá-la.
Eu - Porque parece me considerar apenas a filha do seu chefe. Como se fosse uma mimada qualquer. - digo e fecho a porta.
Juan - Vai dizer que veio até aqui para se declarar princesinha do crime?
Eu - Se eu disser você não acredita.
Juan - Não mesmo.
Eu - Você mudou.
Juan - Você não me conhece.
Eu - Talvez. - o encaro por alguns segundos - E não sei se ainda tenho vontade de conhecer. - viro de costas.
Começo a abrir novamente a porta e ouço barulho de Juan se mexendo rapidamente na cama, como se desse um pulo. Puxo apenas um pouco da porta e ele á empurra fechando novamente. Acaba por me empurrar junto, me prensando contra ela.
Juan - Tem certeza? - pergunta em meu ouvido - Eu acho que seus pelos arrepiados dizem o contrário.
O garoto me vira de frente para ele e pela primeira vez tenta me beijar.
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AAAAAA! 999 palavras certinho. Um capitulo desses bixo. Fala sério né.
Gente, o que vocês acham? O Juan tá estranho ou não ta? O que vocês estão achando dele assim? O que será que mudou? Será que vai finalmente rolar alguma coisa entre eles?
Espere o próximo capitulo e descubra.
Comentem bastante por favoooor.
Bjbj.
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Filha do Chefe
Teen FictionHelena levava uma vida normal. Mas parece que agora tudo vai mudar, a partir do momento em que o pai aparece e leva a garota para "outro mundo".