Helena.Eu - Eu não sei o seu nome... - digo um tom mais baixo.
Xx - Fábio, mas me chamam de Binho.
Eu - Okay Binho. - digo e fico imóvel.
Nossa distância era pouca e nenhum dos dois se movia, não tentamos mudar isso. Binho tentou avançar, colocando a mão em minha cintura e me puxou, para mais perto de seu corpo. Fazia tempo que não sentia me segurarem assim. Nossos olhos não saíam um do outro. Não parávamos de nos encarar, por um segundo sequer.
Binho - Posso? - baixo meu olhar.
Eu - Eu sou complicada...
Binho - Também sou. Todo mundo é.
Eu - Não posso...
Binho - Tem namorado? - um filminho passou aos meus olhos e eu voltei a olhar para os seus, castanhos, claros, podia me ver em suas retinas.
Eu - Não. - afirmo esticando meu corpo para alcança-lo e passo minha mão por sua nuca, trazendo seu rosto para que pudesse me beijar.
E assim ele o fez. Um beijo intenso. Um beijo. Uma coisa que a tempos eu não sabia mais como era. Ao terminar, longos segundos depois, não nos afastamos. Suas mão continuavam posicionadas em meus quadris e eu que me sustentava na ponta dos pés, por conta da diferença de altura, agora relaxava mais meu corpo, ficando ainda mais baixa. Encosto minha testa em seu peito e agora suas mãos sobem por minhas costas, me envolvendo em um abraço.
Eu - É tarde...preciso ir. - digo.
Binho - Temos que achar sua amiga. - o encaro: LUISA!
Descemos e voltamos para o local em que estava rolando a festa, iniciamos uma busca por Luisa que não atendia o celular. A encontrei em uma sala, estava sentada em um circulo, fazia parte de uma roda de jovens, que jogavam algum jogo.
Eu - Hora de ir. - ela levantou.
Luisa - Tchau pessoal! Mamãe está chamando. - reviro os olhos ao ver que está um pouco alterada.
Eu - Vamos filhinha. - digo e é sua vez de olhar para o teto.
Passei meu braço por seus ombros e fomos para o carro, onde Binho já nos aguardava. Não demoramos para chegar nos alojamentos. Luisa desceu e foi em direção ao nosso quarto.
Eu - Obrigada. - digo.
Binho - Eu que agradeço. - pausa - Pela companhia. - sorrio.
Eu - Até. - abro a porta para descer, mas ele segura meu braço.
Binho - Calma, quero seu número. - ele me entrega o aparelho celular e eu coloco meu número, mas não faço questão de pegar o dele.
Eu - Boa noite Binho.
Binho - Boa noite Helena.
Saio do carro e caminho para o corredor, percebo que Luisa está brigando com a fechadura.
Eu - Posso te ajudar com isso?!
Luisa - Por favor. - suspira e desiste de acertar a chave.
Abro a porta e a mesma vai para o banho, percebo que fiquei com o casaco de Binho. Pego meu celular para olhar alguma rede social e encontro uma foto de Juan, com alguns amigos. Acho que, minha intenção ao aceitar o intercâmbio era encontrar novas pessoas e vivenciar novas experiências. Vou me permitir a isso. Bloqueio a tela.
Luisa saiu do banho e deitou, me aprontei, peguei a roupa escolhida e fui para o meu banho rápido. Logo que terminei, coloquei o celular despertar e me deitei.
[...]
O sinal tocou e eu sai em busca da minha próxima sala. Passo por inúmeras pessoas e enfim encontro a sala esperada. Entro e me sento, logo a sala fica cheia e o professor entra ao som do segundo sinal, acompanhado de alguns atrasados. Um deles, me chamou atenção, era claro, de pele, uma pele pálida, porém bonita, os olhos azuis angelicais, quase transparentes, brilhavam e contrastavam perfeitamente com seus fios pretos de cabelo, era alto e apesar dos olhos angelicais, seu sorriso mostrava que ele não era esse anjo. Sentou-se na fila ao lado da minha, algumas cadeiras atrás.
Quando a aula se tornou chata, virei meu pescoço e observei seu rosto, possuia os traços finos e quando sorria, suas covinhas apareciam, para lhe deixar ainda mais charmoso. Olhei novamente para a frente quando ele percebeu meu olhar no mesmo e sorrimos.
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Oxi, é cheia dos boys né.
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Filha do Chefe
Genç KurguHelena levava uma vida normal. Mas parece que agora tudo vai mudar, a partir do momento em que o pai aparece e leva a garota para "outro mundo".