Capítulo 18

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Helena. 

Dou um beijo na testa da Tia Rê antes de sair correndo e cair em lágrimas, paro no caminho e me encosto em uma parede. Não consigo parar de pensar que ele se foi, não consigo parar de pensar que se eu não fosse embora talvez não acontecesse, não consigo parar de pensar que eu gosto dele e ele se foi pensando que eu não o queria ver. Me arrasto pela parede até o chão e choro, muito. 

Finalmente crio forças e caminho até a casa de João. Entro e o vejo, ele se assusta com meu estado. 

Pai - Me desculpa... - diz e corre me abraçar.

Eu - O que aconteceu com ele? - pergunto ainda em prantos. 

Pai - Lembra que eu tentei falar dele pra você pelo telefone? - assinto - Na invasão, tentaram atirar em mim, mas o Juan estava de colete e pulou na minha frente, - meu coração aperta e meus olhos fecham fortemente - a bala não machucou ele, mas quando ele caiu, bateu muito forte a cabeça e ficou inconsciente. 

Eu - Ele morreu? - falo meio pra dentro. 

Pai - Não...

Eu - Ah...- suspiro e um alívio corre por meu corpo - onde ele está? Pai eu preciso ver ele!

Pai - Ele está em coma Helena. 

Eu - Ahhh! - grito e me jogo no chão.

Pai - Meu amor, calma, precisamos ter calma. - diz e tenta me ajudar - Ele está no hospital, o mesmo que você ficou, fazem dois dias. 

Eu - Ele vai acordar logo? 

Pai - Eu não sei, mas acho que você deve visitar ele, depois de tudo o que ele fez. 

Eu - Do que você está falando exatamente? 

Pai - Ué, o Juan ia todos os dias te ver, ele passava noite no hospital, porém você dormia na maioria das vezes, ele dizia que você era marrenta e não queria ver ele. 

Eu - Nãoo...eu não sabia que ele fazia isso. - me sinto quebrada em pedaços -Eu vou ficar...- limpo as lágrimas - vou ficar com ele. Eu não vou voltar para São Paulo. - digo - Me leva até o hospital? Por favor... - suplico.

Pai - Levo. - ele me abraça. 

[...]

É difícil ver ele pelo vidro da porta, entro e caminho até ficar ao seu lado, seu cabelo raspado, pego em sua mão, com meus olhos cheios de lágrimas. Sua mão é gelada, sua pele parece mais pálida, mas ele continua com o mesmo ar-angelical, malicioso, só ele consegue. Dói vê-lo com a boca e os olhos fechados, seus olhos tão lindos, sua boca impossibilitando a visão de seu sorriso. 

Eu - Volta, por favor, preciso que você cuide de mim... - peço em um sussurro. 

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OMG!!



Filha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora