Capítulo 45

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Helena.

Desço da moto e logo Bruna aparece na janela. Tiro o capacete e Juan olha para mim, ele ri vitorioso, pois meu pai mandou que eu viesse com ele. Empurro o capacete em seu peito e ele mostra aquele maldito sorriso.

Juan - Te busco que horas?

Eu - Não precisa não, Bruna me leva. - ela abre a porta da pequena casa.

Juan - Se for muito tarde me avisa e eu venho.

Eu - Não vou precisar. - digo e viro as costas, mas ele me segura.

Juan - Essa marra toda por causa de um beijo que nem aconteceu?

Eu - Não é marra, as pessoas aprendem com os erros, aprendi com o meu.

Juan - Só não esquece seus erros, tentando concertar.

Eu - Pode deixar. - tento me soltar, mas é inútil - Pode me soltar?!

Juan - Não esquece quem você é Helena. - respiro e em minha cabeça passa "Você esqueceu" -É horrível não saber quem somos.

Apenas assinto com a cabeça e ele me solta. Caminho até Bruna.

Bruna - Tudo certo? - pergunta preocupada.

Eu - Sim. - ela sorri forçado e eu retribuo do mesmo jeito.

Fizemos o trabalho e depois fomos em uma lanchonete ali perto, comer alguma coisa. Já era tarde, quando resolvi ir embora e estava escuro.

Bruna - Quer que eu vá com você?

Eu - Não, tudo bem... - me despeço dela e saio em meio aos becos, em busca de minha casa.

Caminhei muito, então olhei na tela de meu celular e percebi que já havia passado mais de uma hora que eu estava andando sem um rumo certo. Pensei em ligar para Juan e dizer que estava perdida, mas não quis dar o braço a torcer.

[...]

Me sento em um banco e espero, olho para o céu, estava limpo e era possível ver as estrelas bem nítidas. 

Xx - Tá longe de casa hein princesinha da quebrada?! - me assusto ao ouvir sua voz e me viro lentamente - Acho que aqui, até seu papai chegar, vai dar pra se divertir um pouco.

Me levantei e fiquei frente á frente com ela, que estava cercada por mais duas garotas. 

Eu - Pode até se divertir, mas amanhã quem se diverte sou eu no seu enterro, se encontrarem o corpo.

Xx - Aqui você não mete medo em ninguém princesa... - ela se aproxima e eu olho para trás para correr, mas ela me alcança - achou que ia mexer comigo e sair bonitinha só por causa do papai né? Mas vou te contar uma coisa... - eu olho em seus olhos - você não é ninguém longe do JP, não sabe nem segurar uma arma de brinquedo. Grande filha do chefe que você é. - ela diz e me dá o primeiro tapa, em meu rosto.

Tento me soltar, mas não consigo e ela continua a me bater, enquanto as amigas me seguram, grito por socorro, mas não vejo ninguém perto. Sinto o sangue escorrer por meu rosto. 

Já estava pronta para cair no chão quando um carro se aproxima e eu não consegui identificar pois meus olhos se fecharam, enquanto eu me contorcia de dor. Elas simplesmente me soltam, fazendo com que eu caísse no chão e ouço o som de seus pés, contra o chão, correndo para longe.

Sinto então braços envolvendo minha cintura, me pegando no colo, sinto seu perfume...ele me coloca no carro e parte. 

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Filha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora